Capítulo 12 - Halloween

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Outubro traz consigo toda a excitação para o dia das bruxas. Minha mãe faz questão de ornamentar a casa e distribuir doces para as crianças da vizinhança. Tenho ótimas lembranças do Halloween. – Nós perdemos Thomas em sua primeira caça aos doces, mamãe nos confiou sua integridade, só que estávamos sem ele quando chegamos na rua de casa. Até hoje mantemos essa história em segredo. – Em toda a minha infância e adolescência sempre curti a data, é claro que à medida que fui crescendo passei a comemorar de formas diferentes.

Esta é a primeira vez que Leo e eu vamos pedir doces. Eu não vou permitir que ele encoste em tanto açúcar, mas ele vai participar de todo o ritual de comprar uma fantasia, sair na rua usando-a, bater na porta dos vizinhos e tomar alguns sustos.

- Então, Leo, qual vai ser a sua fantasia? – Pergunta Aaron colocando Leo sentado no balcão da cozinha.

- Homem de ferro... vampiro.

- Homem de ferro ou vampiro?

- Os dois. – Ele diz empolgado.

- Ele quer ser um homem de ferro vampiro. – Eu explico para o meu irmão. – Está falando nisso há uma semana.

Nós sempre fantasiamos Leo no Halloween, mesmo quando ele tinha apenas alguns meses de vida. Ele não deve lembrar de nenhum desses momentos, mas temos várias fotos. Mas esse ano é diferente, ele entrará na brincadeira de verdade.

- Como exatamente será essa fantasia, Leo?

- Quero um capacete do homem de ferro, capa de vampiro... – Leo começa a explicar toda a sua fantasia para o seu tio.

- Leo você não pode ser os dois, precisa escolher entre um deles.

- Eu achei que nessa família nós apoiássemos uns aos outros. – Diz o meu pai entrando na cozinha. Ainda está com a mochila estilo carteiro pendurada em seu ombro. Foi um dia desgastante de trabalho para ele. – O que o Leo não pode ser?

Meu pai gosta de dar uma de psicólogo com todos nós. Ele sempre fez isso comigo até eu chegar na adolescência e perceber os seus métodos. Então eu passei a filtrar muitas coisas que contava para ele. Hoje eu queria mais do nunca contar o que eu estou vivendo. O quanto Max faz diferença na minha vida em tão pouco tempo. Nos vimos durante todos os dias na última semana, mesmo na segunda-feira quando Leo ainda estava na minha casa. Transamos praticamente todos os dias. Estou aprendendo a dar prazer ao corpo de Max e ao meu corpo.

Mas não é só sexo. Ele e eu temos uma conexão verdadeira. Talvez por já nos conhecermos há algum tempo. Talvez devido a nossa antiga relação como treinador e atleta. Passar um tempo com Max, por menor que seja, já é o suficiente para melhorar o meu dia. E os meus dias não estão fáceis.

Os Vikings perderam o seu primeiro jogo no final de semana. Foi complicado de assistir. Abaixou a moral dos meninos e só amanhã poderei ver o tamanho real do estrago quando eu tiver o meu primeiro treino com eles. Já os Dragons ainda não foram derrotados, mas também não marcaram nenhum ponto nos jogos do final de semana. O meu principal atacante está em uma seca. Falta inspiração. O disco não entra na rede de modo algum. É frustrante. Eu sei como ele se sente.

Mas eu esqueço de todos esses problemas quando, a noite, encontro os braços de Max. Ontem passamos a noite deitados em minha cama. Max também jogou no final de semana e só pudemos nos ver ontem. Não fizemos sexo, apenas conversamos, ele foi embora perto da meia-noite e foi difícil dormir sozinho.

Não posso negar, estou apaixonado por ele. Eu o amo, sempre amei, antes como um filho, mas agora é definitivamente como um namorado. Não resta mais dúvidas. Se as nossas idades, ou a diferença delas, seria um problema, esses primeiros dias se provaram o contrário.

Good Daddy |Lovegoode livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora