O inverno chegou tão rápido trazendo consigo as frias lembranças de um passado distante.–Jun, Eu vou te pegar.
Ele corria atrás de mim em quanto eu fugia com um sorriso travesso nos lábios.
-Te peguei.
Seus braços me envolveram em um abraço quente e amoroso, um abraço com gostinho de lar doce lar, mas o gosto adocicado logo foi trocado pelo amargo.
Ele agora corria comigo em seus braços e me levou para o sótão que ficava em baixo da casa, um esconderijo.
-Querido olha pra mim - suas mãos seguravam meu rosto em quanto as lágrimas escorriam por seu rosto e seus olhos entregavam o tamanho da sua aflição e com a voz falha ele me disse: - agora vamos brincar de esconde-esconde, você pode se esconder em qualquer lugar desse quarto, eu vou sair e o papai Kook logo vai vir te busca, ok?
-Tá bom, papai.
Deixou um beijo no topo da minha cabeça e me entregou seu medalhão que sempre carregava consigo.
-Não importa o que aconteça eu vou te amar para sempre querido.
Ele se afastou e eu corri para me esconder, as horas se passaram e foi a última vez que vi Park Jimin e não demorou até eu ser encontrado escondido em baixo da cama por Kim Taehyung que era melhor amigo do meu pai; e quanto a meu outro pai? Nunca foi me buscar.
Deitado na neve gelada eu havia lembrado de como era o som da voz dele e de seus fios loiros como o mais puro ouro, suas carícias em meu rosto me mostravam o quanto eu era amado. O que me restou foi apenas a doce alucinação de um passado feliz.
-JEON JUNSEO!
A voz do primeira capitão soava tão perto mais ao mesmo tempo tão longe, um tom recheado de autoridade, mas que no fundo escondia uma angústia e medo em meio a troca de tiros e barulhos de explosões.
-Levanta agora! Anda! - ele me puxa me fazendo sentar - eu prometi para o seu pai que você voltaria vivo e não pretendo quebrar essa promessa!
-Tio Nam - dei um sorriso debochado - vamos admitir que perdemos, a resistência está em maior quantidade.
-Aqui eu sou seu capitão! E hoje perdemos a batalha, mas não a guerra - ele rapidamente estancou o sangue de minha perna e foi meu apoio para levantar - ATENÇÃO! RECUAR, TODOS DE VOLTA PRA BASE!
Kim Namjoon ou primeiro capitão me ajudou a caminhar até chegarmos a base. A guerra estava em seu pico de explosão e nossa equipe foi selecionada para ficar na linha de frente com os inimigos.
As ordens eram de conquistar a zona norte de Busan, mas não contávamos com um armamento tão pesado afinal das contas a resistência não tinha a metade da tecnologia da matriz.
-Você se machucou bastante dessa vez criança.
-isso não foi nada.
-Você podia ter ficado sem uma perna Jun! Eu te disse pra não vir pirralho!
Kim Taehyung insistia em me chamar de criança e ainda dizia que não importava o quanto eu crescesse eu jamais deixaria de ser uma criança pra ele. Tae era da área de invasão e um perito em bombas e as vezes fazia um bico de enfermeiro.
-Foi apenas uns cortes pequenos.
-Cortes? - O primeiro capitão aparece atrás de Tae - você podia ter perdido um membro ou morrido! O que eu diria pro seu pai?
-O senhor Jeon estava na capital, ele não sairia da base principal apenas para o enterro de seu filho!
-Jeon Junseo!
Sou repreendido por Tae, mas que a verdade seja dita! Jeon Jungkook, Segundo Capitão e a quarta pessoa mais importante da matriz e pra minha infelicidade meu pai.
-Escuta garoto, sei que você e seu pai não estão se dando bem no momento e que você o culpa pela morte do Jimin, mas você é a coisa mais preciosa na vida dele então se esforce para sobreviver. Naquele dia você não foi o único a perder alguém importante.
Muitos soldados me contaram sobre o namorado de Namjoon, o médico Seokjin, o casamento estava marcado para o próximo mês e Tae havia encontrado sua alma-gêmea, Hoseok o melhor atirador da capital, e eles sumiram no mesmo dia em que meu pai. A mão Namjoon ficou apoiada em meu ombro por todo seu discurso mais a retiro assim que a última palavra é pronunciada.
-Importante? Onde ele esteve quando meu pai precisou? Onde ele esteve quando EU mais precisei? onde caralhos ele esteve nesses últimos 13 anos? Ou o fato deu ser parecido com Park Jimin o incomoda tanto?
Me levanto da cama rapidamente.
-Espera, suas feridas vão abrir...
Tae insistiu para que eu ficasse, mas saio da enfermaria; cada passo dado era uma dor intensa e forte queimação pelo meu corpo.
-Droga!
A dor foi ficando cada vez mais agonizante até que perco meu equilíbrio e vou de encontro ao chão, fecho os olhos esperando pelo impacto que não ocorre.
Meu corpo estava sendo segurado por outra pessoa ou especificamente Min Yoongi, o mais novo namorado de Tae.
-Você deveria olhar melhor por onde anda!
-Eu não pedi sua ajuda!
-Você sabe que sou seu superior?!
-Oh, me desculpe grande senhor Min.
Minha voz estava carregada de ironia; eu estava pronto para sair dali, se tinha uma pessoa com quem eu não me dava bem naquela base era com Min Yoongi.
Seus olhos estavam sobre o ferimento na minha perna.
-Ei garoto - olho uma última vez para ele - acho bom você limpar essa perna antes do seu pai chega!
-hahahah... - só então me dou conta da fala, Jungkook realmente estava vindo pra cá? - O que?
-Isso mesmo.
Com um sorriso no rosto Min concorda e se retira do local a passos rápidos em quanto fico em estado de choque logo atrás.
-Me-meu pai...
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Quem é vivo sempre aparece kkk, voltei pessoal.Por favor deem amor a essa fic 🥺
Vou rescrever gravidez ABO. Obrigado ❤️
CZYTASZ
Resistance (PJM+JJK)
RomanceJeon Junseo era um garoto de 13 anos que cresceu sem o amor, carinho e apoio de seus pais. Aos 3 anos perdeu Park Jimin, seu progenitor no começo da guerra, seu outro pai, Jeon Jungkook, não entrou em contato desde então, deixando o garoto aos cuida...