Amo-a como filha

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Helena dormia calmamente quando o capitão se aproximou da cama e beijou-lhe suavemente a testa.
-Boa noite, doce Helena - o capitão sussurrou indo deitar-se no sofá.
Quando Helena abriu os olhos estava sozinha no quarto, o sofá estava desarrumado mostrando que o capitão levantara cedo.
A ruiva se levantou e arrumou o quarto, dobrou os lençois e saiu do quarto após se arrumar devidamente.
Suas roupas consistiam em um sobre tudo vermelho cor de sangue, uma calça preta, uma blusa branca e botas pretas, tais vestimentas haviam sido trazidas pelo capitão em sua ultima parada.
O dia estava otimo, nem tão frio e nem tão quente, estava na medida, logo Helena se encontrava na proa e Chad apareceu ao seu lado sorrindo.
-Bom dia, ruivinha, dormiu bem? - perguntou o loiro passando um braço pelos ombros da garota.
-Bom dia, Chad, dormi incrivelmente bem e o senhor?
-Muito bem, mas estou bem melhor agora que a encontrei - com um movimento sutil Chad deixou-lhe um beijo na bochecha - hoje lhe darei aula de como atirar.
-S-sim, senhor - gaguejou a ruiva sorrindo timidamente.
Um grunhido interrompeu a conversa de ambos que olharam para trás, encontrando um Henrique no minimo furioso.
-Bom dia pra você também, garanhão - provocou Chad apertando mais a garota contra seu corpo.
-Não vejo o que tem de bom, Chad - Henrique dá a volta em Chad e para em frente de Helena a trazendo para si - espero que suas mãos fiquem bem longe dela.
-Nossa, que garoto possessivo.
-Dá pra vocês pararem de agir como se eu não estivesse aqui? - murmurrou a ruiva se afastando de ambos.
Henrique olhou para a ruiva e a puxou pela proa até estar longe o suficiente de Chad para este não ouvir o que iria dizer.
-Ele fez algo contigo? - questionou o moreno em tom sério.
-Não, ele não fez nada - a ruiva cruzou os braços um pouco irritada com a forma que o outro a tratava.
-Ainda bem - Henrique segurou-a pelo rosto e acariciou as bochechas macias da garota - não iria aguentar se ele tivesse lhe machucado - dizendo isso Henrique colou seus lábios aos da ruiva com movimentos ferozes e agressivos, como se quisesse deixar claro sua dominância.
-Henrique, o que está fazendo com a Helena? - a voz grossa do capitão soou pelo navio e Helena se afastou envergonhada.
-Só estou deixando claro o que é meu por direito - Henrique se afastou da ruiva e encarou o pai sério.
-E quem lhe deu esse direito? Não quero você perto da Helena dessa forma, lhe pedi para ensina-la, mas se nem isso pode fazer então procurarei outro....
-Não! Eu posso fazer, e você não pode me impedir de ficar perto dela, pai, a não ser que me diga que ela já tem dono.
-O que está insinuando?
-Que você come ela toda a noite e... - Henrique não conseguiu completar sua frase, pois a dor e o barulho do tapa que levara interrompeu-o.
-Nunca mais torne a repetir isto, Helena não é uma qualquer, eu amo-a como uma filha, nunca que iria fazer tal atrocidade.
-Otimo, fique com ela como filha e me deserde, já que nunca fui bom o suficiente para suas expectativas - Henrique levou uma das mãos ao rosto e andou para longe do capitão.
-Voltem ao trabalho - gritou o capitão notando todos os olhares voltados para si - venha, doce Helena, é melhor ficar no quarto.
-Eu... Vou falar com Henrique - a ruiva não esperou resposta, saiu correndo e Chad a seguiu.
-Ruivinha, pra onde vai? - perguntou Chad quando a alcançou.
-Procurar o Henrique...
-E vai começar por onde se nem ao menos conhece o navio direito?
-Tem razão - a ruiva parou de correr e virou-se para Chad - se você fosse o Henrique para onde iria?
-Provavelmente para o quarto, vem, te levo até lá - o loiro andou a passos rápidos pelos corredores até que chegou a porta de seu próprio quarto - aqui estamos, senhorita, desejo-lhe sorte com esse cabeça dura.
-O-obrigada, Chad - antes de sair o garoto beijou-lhe a testa e sorriu, deixando a ruiva sozinha com a porta.
A mão da garota se fechou em punho e bateu levemente contra a porta, demorou longos segundos até uma pequena fresta ser aberta.
-É só você - murmurrou Henrique mais para si mesmo - entra - a porta foi escancarada revelando o rapaz apenas de calças.
-Eu... Poderia colocar uma blusa, por favor? - pediu a ruiva com a bochechas avermelhadas e fechando a porta.
-O que você quer?
-Eu queria entendê-lo... Primeiro você faz todas aquelas coisas e depois... Me trata como se eu fosse sua propriedade, não te entendo...
-Sente-se - Henrique apontou para a cama e a ruiva o obedeceu - sabe, quando você apareceu eu... Fiquei com raiva... Porque você fora a única que recebera atenção do meu pai... Depois que minha mãe morreu, então eu não queria que ela fosse substituida, ainda mais por uma garota mais nova que eu.
-E por que fazia aquilo comigo?
-Porque... Era uma forma de fazer você ter medo, de odiar esse lugar e querer ir embora, mas você... É tão doce que eu não conseguia ser cruel com você e... - Henrique se aproximou da garota e seu hálito quente podia se misturar com o da ruiva - você me enlouquece.
Com um movimento rápido os lábios de ambos foram coladas, em um beijo sofrego e necessitado.
Medo, confusão, insegurança, era tudo o que Helena sentia naquele momento, estava perdida, não conseguia decifrar o que sentia, e o medo de sofrer nas mãos daquele homem surgia cada vez mais forte.
Quando se afastaram a ruiva levantou a pressas e correu porta a fora do quarto, deixando o rapaz estatico e sem reação, sentia seu coração ser dilacerado por aquela rejeição escancarrada.
Um longo suspiro escapou dos lábios do homem antes deste se jogar na cama e fechar os olhos irritado consigo mesmo.
Helena correu pelos corredores e chegou a porta que tanto conhecia, com dificuldade, devido a suas mãos estarem tremulas, ela abriu a porta e pulou na cama, sentindo a lágrimas quentes escorrerem por seu rosto pálido e asustado.
-O que eu faço? Isso é tão confuso... E ele é tão assustador e rude e... - um soluço dolorido rompeu o silêncio do quarto - ele deve pensar que o odeio por fugir assim...
A ruiva adormeceu de tanto chorar e tudo ainda lhe era confuso, parecia dificil acreditar no que Henrique lhe dissera.
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Oiiii meus amores, amoras e amorecos, quero agradecer a todos que tem acompanhado essa estória, deixando seu comentário e até mesmo adicionando a biblioteca, obrigada mesmo, isso me da mais vontade de escrever.
Bom, eu estava pensando em marcar um dia para postar, o que acham de postar todo o domingo?
Se quiserem passar o numero de vocês no whats para que eu futuramente, quando tiver mais leitores, criar um grupo podem mandar.
Obrigada por lerem e deixem as notas de vocês, comentários, criticas, sugestões, o que quiserem.

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