AAAAA a beleza da Carolina n tem limites mds
"Mas por que você fez a tatuagem?". perguntei. "Para o meu pai saber que você o amava?"
Ela balançou a cabeça. "Não fiz pelo seu pai, nem por causa dele. Fiz principalmente por mim mesma, porque eu tinha certeza absoluta de que tinha aprendido a amar com altruismo. Foi a primeira vez que desejei mais felicidade para a pessoa que estava comigo do que para mim. E uma mistura das minhas duas coisas preferidas foi o único jeito em que pensei para descrever como era aquele amor que eu sentia. Eu queria me lembrar dele para sempre, caso nunca mais voltasse a sentir."
Não consegui ler a carta de suicidio que ela deixou, mas fiquei curioso se ela havia mudado de ideia sobre o amor altruísta. Ou se talvez ela só tivesse amado meu pai com altruismo, mas nunca os próprios filhos. Porque suicidio é a coisa mais egoista que uma pessoa pode fazer.
Depois de encontrá-la, verifiquei se ela estava realmente morta, depois liguei para a emergência. Tive de ficar ao telefone com o atendente até a polícia chegar, então não tive a chance de procurar um bilhete de suicídio em seu quarto. A polícia o encontrou e o pegou com uma pinça, colocando-o em um saco que depois foi vedado. Depois que o lacraram como prova, não tive coragem de perguntar a eles se podia ler.
Um dos meus vizinhos, o Sr. Olavo, estava aqui quando eles saíram. Disse ao policial que cuidaria de mim até meus irmãos chegarem, então fiquei aos cuida dos dele. Mas assim que os policiais foram embora, falei para ele que ficaria bem e que precisava ligar para alguns parentes. Ele me disse que, de qualquer modo. precisava ir correndo aos correios e que mais tarde voltaria para verificar como eu estava.
Parecia que meu cachorrinho tinha morrido e ele queria me dizer que ia ficar tudo bem, que eu arrumaria um novo. Eu teria um dalmata.
Será que estou em choque? É por isso que não estou chorando? Minha mãe teria ficado irritada por eu não estar chorando. Tenho certeza de que a atenção pesou na decisão dela. Ela adorava atenção, mas não de um jeito ruim. Era só um fato. E não sei se estou dando atenção suficiente a sua morte, se nem estou chorando ainda.
Acho que estou principalmente confuso. Ela parecia feliz durante a maior parte da minha vida. É claro que havia dias em que estava triste. Relacionamentos que deram errado. Minha mãe amava amar e foi uma mulher atraente até estourar a própria cabeça. Muitos homens achavam.
Mas minha mãe também era inteligente. E embora um relacionamento que ela julgasse promissor tenha terminado alguns dias atrás, ela simplesmente não parecia ser do tipo que tiraria a própria vida para provar a um homem que ele devia ter ficado com ela. E ela jamais amou um homem a ponto de sentir que não podia viver sem ele. Esse tipo de amor não é real, aliás. Se pais conseguem sobreviver à perda dos filhos, então homens e mulheres podem muito bem conviver com o fim de um relacionamento.
Quinze minutos se passaram desde que comecei a refletir sobre o motivo que a levaria a fazer isto, e não estou mais perto de uma resposta do que antes.
Decido investigar. Eu me sinto um pouco culpado, porque ela é minha mãe e merece privacidade. Mas se uma pessoa tem tempo para escrever um bilhete de suicidio, certamente tem tempo para destruir coisas que nunca quis que os filhos encontrassem. Passo a meia hora seguinte (por que Rafa ainda não chegou aqui?) xeretando as coisas dela.
Vasculhei seu celular e o e-mail. Várias mensagens de texto e e-mails depois, estou convencido de que sei exatamente por que minha mãe se matou.
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The Date~Volsher Adaptation~
FanficFinalizada "𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑒𝑙𝑒. 𝐿𝑒𝑣𝑒𝑖 𝑠𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑡𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑔𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑎𝑝𝑎𝑖𝑥𝑜𝑛𝑎𝑟." adaptação: Novembro 9 𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐡𝐢𝐬𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫 𝐢𝐧𝐞𝐬...