Capítulo 14

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ANTOINETTE TOPAZ POINT OF VIEW

Eu estava em minha sala e faltavam apenas alguns minutos para o almoço, e como eu, sem nenhuma surpresa ou novidade, estava morrendo de vontade de transar, e com saudade da companhia de Cheryl, ela almoçaria comigo.

Eu me levanto de minha mesa e vou até o bar, servindo-me uma dose de Whisky e abaixando até meus seios o zíper frontal da camisa de gola alta que cobria meu corpo hoje. Eu sento em minha cadeira e começo a ver algumas coisas relacionas a empresa em meu computador, até que ouço o "bip" do elevador, eu rapidamente abro as câmeras, o barulho costumava soar segundos antes das portas se abrirem, portanto elas ainda estavam fechadas quando comecei a vigiar as câmeras de meu andar, mas não demoraram a abrir, eu intercalava meu olhar entre a câmera que mirava a mesa de Cheryl, consequentemente seu rosto, e a que revelava a porta do elevador, eu me encontro confusa ao ver os olhos da ruiva se arregalarem e logo serem revirados com um sorriso tedioso, quase como um " Não precisava" de quem gostou do ato. Eu sou somente um ponto de interrogação.

De repente, eu vejo sair por entre as portas de metal do elevador, uma mulher, negra, alta, com cabelos cacheados médios. Ela vestia uma calça jeans, uma camisa longline cor vinho de mangas longas, botas pretas com salto e como um enfeite em sua bonita juba negra, uma tira preta com duas, orelhas de gato? Okay, ela era linda, mas isso pareceu sumir de minha mente ao notar o pequeno buquê de tulipas rosas em uma de suas mãos, para quem caralhos ela daria ele?

Ela anda até a mesa de Cheryl com um largo sorriso, que sorriso feio... está bem, ele não era, mas o meu era muito, muito mais bonito. Ela o põe em cima da mesa de minha secretária e só ao ouvir o trincar de algo e sentir um dor aguda em uma de minhas mãos e retiro minha atenção da tela a minha frente a contragosto e arregalo meus olhos ao ver o meu copo de vidro quebrado entre as meus dedos e os mesmos sujos com meu sangue, eu tinha alguns cortes nas pontas dos dedos e um maior e único em minha palma... eu não percebi que estava apertando. Esse copo já estava rachado.

- Merda... - Murmuro para mim mesma e pego um lenço branco em uma de minhas gavetas, largo o resto do recipiente em minha mesa e enrolo o lenço em minha mão, soltando um resmungo, isso ardia muito.

Eu volto meu olhar para a tela e vejo a ruiva pegar sua bolsa e começar a se levantar, que porra era aquela?! Eu me levanto e grito seu nome.

- Cheryl! - Eu olho para a tela e a vejo paralisar, ela parece ter lembrado de minha existência, ela tem os olhos suavemente arregalados e olhava para a mulher e depois para a minha porta, ela parecia nervosa.

Eu ando até a porta e a abro encontrando mais nitidamente a cena estampada em meu computador, as duas olham para mim, Cheryl parecia mais branca e a mulher me olhava confusa.

- Srta. Blossom, será que pode... me ajudar com isso, e chamar um faxineira? - Seus olhos nervosos procuram o que há de errado e brilham em preocupação ao ver minha mão banhada do líquido vermelho escuro que ensopava o lenço, ela rapidamente se aproxima de mim, segurando a minha entre as suas mãos com delicadeza.

- O que houve? - Ela pergunta preocupada, eu me sinto confortada

- Um acidente. - Eu respondo mais rápido do que meu pensamento, queria chegar logo a uma certa pergunta. - Quem é a sua amiga? - Eu pergunto desgostosa e ela para de mexer minha mão e levanta a cabeça apenas para encontrar meus olhos, ela tinha os lábios entreabertos, como se procurasse uma resposta.

- É... - Ela tenta achar algo.

- Sou Melody, Melody Valentine. - Melody, Valentine. Que nome de puta. Eu decido ignorá-la.

- Bem... aqui é seu trabalho e não um barzinho para trazer suas amigas, que não se repita. - Eu digo com as sobrancelhas levantadas presunçosamente, a tal de Melody franze o cenho. Ela põe ambas as mãos nos bolsos de trás da calça e passa seu peso para outra perna, olhando para o nada.

NYMPHOMANIAC - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora