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  aquilo já fazia parte da rotina de shotaro.

dês que abriu uma pequena mercearia no fim da rua em que mora, virou rotina ir lá todos os dias. mas essa não era a única razão; claro que adorava não ter que apanhar dois autocarros só para ir buscar uma dúzia de coisas para o almoço e jantar. mas a outra razão, é o funcionário.

o rapaz que tem uma plaquinha escrita "sungchan", parecia ter a mesma idade que osaki, então, com alguma certeza que aquele negócio não era dele. mas sendo ou não, shotaro ficou de certa forma feliz por ele trabalhar ali.

não era como se pudesse vir a ter uma grande proximidade com o rapaz de cabelos castanhos. mas pelo menos, logo de manhã poderia, "lavar as vistas" como a sua mãe costuma dizer.

– mãe! vou à mercearia! - disse já com a mão na maçaneta, pronto para sair de casa.

– não ponhas conversa com o rapaz, tens que me ajudar a fazer o almoço!

– mãe! eu nunca pus conversa com ele...

no caminho para a mercearia, pensou no que a sua mãe disse. "pôr conversa com ele" seria má ideia?

assim que entrou no pequeno estabelecimento, sentia-se especialmente nervoso. colocar conversa ou não?

– bom dia! - disse sungchan alegre, como sempre estava.

"ele é sempre assim tão bem humorado? ou é somente para agradar os clientes?" pensou osaki.

– b-bom dia!

– o mesmo da segunda-feira passada?

– s-sim. - estava confuso. sungchan nunca lhe tinha perguntado algo do género.

– bem, está aqui! - levantou o saco que continha tudo aquilo que shotaro levou, na segunda-feira passada. era assim tão atento para que, mesmo depois se uma semana, se lembrasse do que o outro levou?

– o-obrigado. - aproximou-se para pegar no saquinho com alguns legumes e verduras. – n-não era preciso. - deixou o dinheiro no balcão.

– não custou nada! - sorriu meigo. e o coração de osaki apressou-se com as batidas.

shotaro queria pôr conversa, mas não sabia como fazer isso.

– bem... e-eu vou andando. obrigado.

– não tens que agradecer! bom almoço. - acenou, mas shotaro já tinha virado costas.

– ah shotaro! porque estás tão envergonhado!? é só um funcionário a fazer o seu trabalho e a garantir clientes com a sua simpatia... - refilou com os seus próprios atos envergonhados. – será que ele é assim para todos? - chutou uma pedrinha e respirou fundo mais uma vez.

  mais um início de dia, como outro anterior

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mais um início de dia, como outro anterior. mas nesta vez, no caminho para o pequeno mercado, questionou-se se sungchan teria preparado o saco com os alimentos.

my favorite grocery 𝐬tore. - 𝐬𝐮𝐧𝐠𝐭𝐚𝐫𝐨. Onde histórias criam vida. Descubra agora