10. Aaron

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Nosso jantar acabou e nos dirigimos ao elevador. Um casal já idoso entra também . A senhora sorri para Gabrielle e depois para mim. Logo se volta para o marido.

- Não é um lindo casal, George?

A pergunta parecia retórica,  mas o marido respondeu:

-Sim e parecem apaixonados, como nós há 50 anos.

- Oh, George, nós ainda somos apaixonados. - a senhora ralha com o marido em tom de brincadeira.

Olhei para Gabrielle e a vi sorrindo para o casal.

- Vocês é que são lindos juntos.

O casal nos sorriu mais uma vez e desceu no mesmo andar. Encostei minha mão na base da coluna de Gabrielle e a conduzi para fora do elevador.  O casal se vira e nos sorri.

- Eu espero que vocês sejam tão felizes como nós.  - disse a senhora.

- Nós não... - ia dizer que na verdade não éramos um casal, mas Gabrielle me interrompeu.

- Obrigada. E nós desejamos que vocês tenham muitos e muitos mais anos felizes.

- Que mocinha linda. - disse o senhor- Não a perca, rapaz.

Eu sorrio para o senhor e os dois seguem seu caminho e nós nos encaminhamos ao nosso. A verdade era que eu não queria mesmo perdê-la, pelo menos não até saciar meu desejo insano por ela. Aqueles dois dias seriam suficiente e, então, eu partiria para a próxima.

- Por que deixou eles acreditarem que éramos um casal? - pergunto assim que entramos no nosso apartamento.

Gabrielle dá aquele sorriso que é tão dela.

- Eu não queria destruir os sonhos românticos de um casal idoso. - eu acabo sorrindo com aquela pequena e inofensiva mentira.

Então ela se aproxima como uma pantera e meu sorriso se esvai completamente dando lugar a inquietação em meu corpo.

- Além do mais, é o que nós seremos pelo menos pelos próximos dois dias. - então ela abre um sorriso trêmulo, provavelmente porque fiquei sério e ela não ser daquele jeito. Atirada demais. Nas poucas horas que nos conhecemos, percebi o quão contida ela é. - A não ser que você não queira mais.

Eu me aproximei mais e a ergui, colocando-a sentada sobre a beirada da mesa da sala, posicionando-me entre suas pernas.

- Não querer você, com certeza, não é uma possibilidade.

Tomei-lhe o rosto entre minhas mãos e fiz o que vinha desejando fazer a noite toda: beijei-a e deixei-me levar pelo desejo doce e urgente. Gabrielle arrancou minha camisa e vários botões pularam para o chão. Retirei o sobretudo juntamente com a camisa. Ela agarrou meus ombros, suas unhas fincando minha pele quente de desejo. Ela me desejava tanto quanto eu a ela.

Tiro meus sapatos com os pés e puxo minhas calças ficando somente com a boxer, mas não paramos o beijo em nenhum momento. Minhas mãos passeiam por seu corpo e acabo tirando seu vestido. Eu tinha que olhá-la e porra, se era linda pra caralho de lingerie imagina sem nada. Gabrielle me puxou para mais um beijo. Era muito bom tê-la. Senti-la. Instintivamente suas coxas nuas agarraram-me, e ela gemeu quando sentiu minha ereção.

Nossas línguas duelavam furiosamente, entre carícias e investidas. Meu pau pulsava e palpitava, querendo um maior contato com Gabrielle. Eu a ergui nos braços e a conduzi até o quarto que eu estava usando. Deitei-a na cama e fiquei olhando pra ela. Eu não sabia ao certo o que estava sentindo, já vi mulheres lindas, com corpos esculturais, mas ali, com ela, senti algo diferente. Ela sorriu e foi um sorriso lindo, sincero. Não aqueles sorrisos falsos, ou aqueles que tinham intenção de conseguir algo de mim. Era o sorriso mais lindo que eu já vira. O sorriso que veio da alma. Puro. Assim como ela. Gabrielle era a mulher mais linda que já vi.

- Você é linda... - minha voz saiu quase num sussuro.

Ela pareceu balançar a cabeça, como se estivesse pronta para negar, mas eu a impedi ao inclinar-me sobre ela, tomando-lhe a boca intensamente. Ela arfou. Passei as mãos sobre o tecido do delicado sutiã e o retirei.

- Os seios mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. - ela sorriu novamente, mas dessa vez seu rosto estava completamente corado.

- Você diz isso pra todas, senhor Jordan?

Acabo sorrindo.

- Só se todas forem você, senhorita Durand.

Não dou tempo dela falar mais nada, ataco a sua boca enquanto meus dedos deslizam para dentro da sua calcinha, acariciando-a. Seus gemidos estão me enlouquecendo, passei o dia todo fantasiando provar cada centímetro daquele corpo e foi exatamente o que eu fiz. Comecei me deliciando com seus seios, barriga e por fim, a força que fiz para arrancar a calcinha, fez a peça se partir. Eu lambi e chupei sua boceta como um desesperado, como se fosse água em pleno deserto. Mas não consegui esperar que ela chegasse a gozar.

- Eu quero tanto você que estou tentado a possuí-la agora, rápida e intensamente... Eu quero...

– Eu não me importo... - ouço-a dizendo.

Balanço a cabeça.

- Eu nunca quis uma mulher como quero você.

Escuto-me dizer e não creio em minhas próprias palavras. Estou espantado com aquela frase. Espantado com aquela verdade.

Preconceitos (em ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora