Capitulo 7

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Catriona pov
Como estavam sem acompanhantes, os dois optaram por uma carruagem aberta, e mesmo de noite, a leve brisa do luar a reconfortava, como se algo familiar a ela estive garantindo que estava segura.
Não que a presença de Thomas lhe passasse algo além de segurança e amizade, era um dos poucos em quem confiava. Porém a sensação que antes era apenas algo incerto, se tornou algo concreto quando a Deusa Lua apareceu sentada na frente de seus bancos.
Com sua forma translúcida, ela sorria para os dois. Thomas se assustou quando notou sua presença, com a formalidade e espanto de ver uma Deusa enraizado dentro de si, perdeu as palavras e olhou para ela procurando socorro, logo Catriona interviu para acalma-lo.

-Fique calmo Thomas, continue respirando, já disse que ela não gosta de formalidades.

-Não vou me acostumar tão fácil. -Disse a Lady e logo se virou para a Deusa- Desculpe vossa santidade, ela costuma não cumprimentar as pessoas.

Com um revirar de olhos, ela observou o espectro dar um sorriso tímido, ela adorava o rapaz, achava engraçado o modo como a tratava, não acostumado e despojado como a garota, mas temeroso e envergonhado. Seu rosto fitou os dois lado a lado e disse com uma voz de advertência :

-Tomem cuidado, o caminho é perigoso. E se não quiserem se casar, acho melhor não saírem sem acompanhantes contando apenas com o meu olhar ao relento, a nossa visão nos engana.

Tão rápido quanto surgiu, a mulher astro sumiu entre a escuridão da noite e os deixou as sós com o cocheiro que estava tão concentrado em seus cavalos que perdera o momento com a divindade, alheio a toda conversa, o que de certa forma era ótimo para a garota que provavelmente assassinaria o jovem Lorde após a frase que ele diria a seguir:

-Sabe George, eu estava pensando, estava pensando sério mesmo, eu não estou brincando dessa vez ...

-Diga logo Thomas, não é como se tivéssemos tanto tempo assim, estamos a cinco minutos da casa de Lady Brenda, agiliza.

-Não me mata, mas se nos casarmos, ia ser tão mais fácil, ninguém ia mais ficar nos incomodando, nos perguntando e nós continuaríamos amigos, não iria te proibir de nada, não ia mudar nada, o que você acha ?

-Primeiro, você não iria me impedir de fazer algo nem se quisesse, você sabe disso. Segundo, não quero me casar pelo simples motivo que eu não quero. Terceiro, toque nesse assunto com a minha mãe presente e eu queimo todos os seu livros e rasgo suas melhores roupas, entendeu ?

-Sim, senhorita. Você diz e eu obedeço. -Disse estendendo a mão para ajuda-la a descer do veículo.

-Quarto ponto, não tente me bajular, você sabe que isso também não funciona.

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A grande mansão de Lady Brenda era conhecida por ser palco das melhores festas e banquetes. Ela já estava saindo da casa dos 40 anos, recém viúva com um filho ainda criança, porém era uma mulher muito forte e determinada. Era de origem humilde e conseguira por meio do casamento se tornar parte da aristocracia do reino.
Havia várias especulações sobre seus poderes, diziam que sua voz era enfeitiçada e por isso fizera o grande lorde se casar com ela em uma semana, mas os camponeses sabiam que sua especialidade eram as flores, que quando seu falecido marido foi comprar flores para uma Lady que estava cortejando, se apaixonou pela florista que parecia fazer com que as flores brilharem nos mais lindo arranjos com apenas um piscar de olhos e sorriso. E apesar de dizerem que a admiração era apenas pela parte dele, todos os criados perceberam que as flores de toda a casa murcharam e se tornaram pretas pelo resto da semana que prosseguiu sua morte.
Descendo da carruagem, Catriona ainda tinha a cara um pouco emburrada pelo conversa que tiveram a poucos instantes. Já Thomas estava animado, adorava festas onde o decoro não era convidado na maior parte do tempo, juntando ao fato que se ainda estava vivo, tinha esperança dela aceitar seu pedido e acabar com a tortura de dançar com as belas e tolas jovens que queria casar com ele sem nem ao menos conhecê-lo.
Taitãnos, o grande lobo negro, seguia a carruagem escondido entre as árvores, não poderia entrar no baile mas nunca disseram que não poderia vigiar de fora da propriedade, talvez até tivesse alguma galinha ou carneiro deslocado para lhe fazer companhia na hora do jantar.
Subindo pela grande escadaria, o casal de amigos parou diante a um criado que anunciou seus nomes em uma voz grossa e alta que fez todos no salão se virarem para olhar os dois mais poderosos nobres.
Devido ao tamanho do nome dos dois, ficaram um bom tempo até que terminasse, olhando todo o salão de cima com suas belezas impecáveis e toda a magia que irradiava deles, muitos dos convidados sentiram que nem a presença do grande Rei seria tão contagiante quanto como a descida deles pela outra grande escada enquanto adentraram o baile prontos para atender o pedido da Deusa Lua e dançar menos o possível.

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⏰ Última atualização: Aug 30, 2021 ⏰

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A Magia das Sete Luas de Lady Catriona Onde histórias criam vida. Descubra agora