12. Meus Deuses...

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Clarisse teve uma péssima noite.

Apesar de ter dormido com seu namorado, e ter caído no sono com ele fazendo cafuné, os pesadelos ainda vieram.

As imagens da batalha de Manhattan dominaram seu sono. Com o foco principal no chalé 10.

Em especial sua melhor amiga Silena, ela sempre estava lá. Parece que tinham escolhido todos os momentos que a menina quase morreu para estar em seu pesadelo.

Quando acordou percebeu que ainda estava abraçada a Chris, olhou para o seu rosto e viu o sorriso que a derretia, que a confortava quando estava triste, a acalmava quando estava brava. Um sorriso que só era destinado a ela.

-Bom dia. -disse sorrindo com a voz baixa.

-Bom dia. -ele acariciava seu rosto com o polegar.

Lentamente, foi se ajeitando ao lado do garoto de forma que sua cabeça deitasse em seu ombro e seu corpo estivesse aninhado ao seu.

O garoto um pouco surpreso pela ação, a abraçou e deixou um beijo calmo em seus cabelos.

-Dormiu bem?

-Não.

Aquilo o assustou. Será que tinha roncado? Ela tinha ficado desconfortável e não quis o acordar? A posição que estavam não estava boa?

Percebendo a inquietação do maior, Clarisse logo se explicou:

-Eu dormi bem, mas tive pesadelos. -o olhou nos olhos. -Com a Silena.

Ele a abraçou mais forte. Sabia o quanto as duas eram apegadas, e sabia o quanto a filha de Afrodite era importante para ela.

-Quer contar?

A guerreira respirou fundo antes de começar a falar. Era difícil falar esse tipo de coisa, já que nunca se abria com alguém. As únicas pessoas que conseguiram isso eram Silena, Chris e por algum milagre seu pai. Era até irônico seu pai que era um deus era mais próximo que sua mãe mortal.

-Eu vi... Todas as vezes que ela quase morreu na batalha.

-Amor... -ele a abraçou mais forte.

Ele a ouviu chorar, as lágrimas molhavam sua camisa mas não se importava. Queria a confortar. Dizer que ela ficaria bem. Dizer que ela era forte o bastante para sair viva. E dizer que Silena continuaria viva para seu casamento.

Com ele, claro.

-Ela vai ficar bem. Tenho certeza que ela lembra direitinho dos treinamentos que vocês tiveram juntas. Ela vai sair viva dessa.

As lágrimas pararam de descer lentamente. Sua respiração se controlando e o medo saindo de seu corpo.

-Vou lavar meu rosto. -se levantou da cama e foi até o banheiro.

***

Eles passaram a manhã inteira juntos no chalé 11. O café da manhã foi algumas besteiras que encontraram pelo chalé e uns energéticos que acharam.

Era saudável? Não. Ligavam? Claro que não.

Depois de comerem, fizeram o que qualquer adolescente do acampamento meio sangue com leves problemas mentais fariam: ficaram deitados.

Chris estava deitado e Clarisse estava deitada ao seu lado. Se beijavam lentamente, aproveitando o momento.

Ela amava essa suavidade do namorado. Era sempre carinhoso com ela, e seus beijos a desestabilizavam  facilmente.

Se separaram e então deitou em cima dele. Recebendo carícias nas costas.

-Clarisse?

-Oi.

-Eu te amo, lembra disso ta bom?

Ela olhou em seus olhos sorrindo e o beijou brevemente.

-Eu também te amo Chris, demais.

Se beijaram de novo, e a suavidade antes usada, foi deixada de lado sendo substituída por violência e desejo.

Os beijos estavam cada vez mais rápidos. Clarisse estava apoiada com os braços na cama, enquanto Chris apertava levemente sua cintura.

Estava ficando cada vez mais quente. E o fogo aumentava cada vez mais.

Afinal, estavam sozinhos no chalé, o que esperavam que acontecesse?

Os dois se sentaram e se separaram brevemente para Clarisse tirar levemente a camisa que não fazia ideia de quando o namorado tinha colocado, mas na hora queria que ela estivesse no chão.

Continuaram se beijando e o filho de Hermes abaixou suas mãos lentamente até parar nas nádegas da namorada.

Inconsciente, se movimentava no colo do garoto, gerando leves suspiros de ambos, pelo contato de seus corpos.

Se separaram e começou a beijar o pescoço do namorado, fazendo uma trilha da base de seu pescoço até a clavícula. Deixando leves chupões e algumas mordidas a cada vez que o ouvia arfar.

Aquele chalé estava quente demais, se beijavam loucamente, enquanto exploravam seus corpos com as mãos.

-Chris Rodriguez?

Assim que escutaram se separaram completamente corados e ofegando, tentando recuperar o ar que já não tinham a muito tempo.

-Vou lá atender. -ele disse quando se levantou e colocou a blusa.

-Melhor não, a não ser que você quer que descubram o que estávamos fazendo. -falou apontando para o próprio pescoço, indicando o motivo.

Ele foi imediatamente pro espelho ali perto e xingou em grego.

-Eu vou.

Então pegou uma bermuda do garoto e foi até a porta. Despina inveja o tom pálido que a garota assumiu ao ver quem era.

-T-treinador Hedge?

-E aí docinho? A gente pode conversar? -ele sorria como se soubesse o que tinha feito, e se orgulhasse disso.

-Ta bom, só vou me trocar.

Ele ficou esperando lá fora enquanto ela pegava suas roupas e ia pro banheiro.

Enquanto isso Chris olhava para um ponto fixo entre as caixas em baixo de sua cama. Será que seu pai sabia que isso ia acabar acontecendo? Só não contava com o empata na porta.

-Tenho que ir, o treinador Hedge quer falar comigo. -deixou um breve selinho em seus lábios. -Fica com as tintas, vai que a gente precisa.

Ela saiu do chalé e ele se jogou na cama, tinham realmente os interrompido, será que fariam mesmo se não os parassem?

-Empata foda aquele sátiro em? -se assustou ao ver seu pai nos pés da cama, todo machucado mas com o sorriso típico bem... Dele.

-Então foi por isso que me deu aqueles preservativos ontem? -perguntou indignado.

-A Dite disse que cuidaria de vocês e eu fiquei preocupado, sabe Ares não é um bom sogro, e é muito protetor. Só tô tentando evitar a morte de mais um filho. -se sentou no baú da cama rindo.

-Meus Deuses...

E os dois riram da idiotice daquilo tudo juntos.

Não sabia se escrevia algo assim mas não me matem por favor, ainda tem muita coisa pra acontecer antes disso.

"She fell for the traitor..."Onde histórias criam vida. Descubra agora