11 Capítulo

3.3K 422 130
                                    

“Eu sempre achei
Que minha vida poderia ser 
Como uma fantasia
Cada dia uma aventura
Uma nova emoção 
Terá sido só… Ilusão?”
Cinderela, Muito mais que sonhar.
  
                  **************

Família Luthor

Acordei com o celular tocando na cabeceira da cama. Por ter chegado tão tarde, não dormi muito, então atendi ainda grogue de sono.

– Bom dia – disse mamãe alegremente. – Como você está, filha?

– Com sono. – E dei um risinho. – Pensei que vocês tinham me esquecido, porque ficaram uma semana sem me ligar.

– Na verdade seu pai ligou, mas só deu caixa postal. Como sua irmã disse que você estava viva, não me preocupei muito. – Claro que não, pensei.

Conversamos por uns 15 minutos, tive que me despedir pois precisava me arrumar para o almoço na casa de Nia.

– Você vai almoçar na casa dos meus pais? – perguntou Lena, colocando a cabeça no vão da porta que tava entre aberta.

– Vou.

– Minha irmã quer saber se você quer que ela venha buscá-la – falou fazendo careta.

– Quero sim.

– Ótimo, porque ela já saiu de casa – riu. Ninguém dizia “não” para essa garota?

Embora eu não tivesse nenhum motivo concreto, queria ficar apresentável, por isso, vasculhei o guarda-roupa até encontrar algo que me agradasse. Calça jeans, sapatos e uma blusa estampada. Tomei banho (sem ninguém mandar) e fiz uma maquiagem básica com olhos esfumados.

Antes que tivesse a chance de terminar, Nia invadiu meu quarto, fazendo Krypton ter um ataque de êxtase. Ele vinha se mostrando tão apaixonado por ela, que eu começava a ter ciúmes.

– Você não vai com essa blusa – ela me recriminou, abrindo meu guarda-roupa.

– Bom dia para você também.

– Oi. Você não vai com essa roupa – tentou novamente.

– O que tem de errado com ela?

– Você parece um suco gigante de frutas cítricas. Seu cabelo, mesmo que seja lindo, não está valorizando sua blusa nesse momento. Toma – disse, jogando para mim uma blusa justa nos seios e na barriga, mas com mangas mais largas. – Coloca essa.

– Ok. – Não tinha como discutir sobre roupas com a ela, né?

– Terça à noite você vai fazer alguma coisa?

– Depende do que estiver passando na televisão. – Embora parecesse, não era brincadeira.

– Você precisa sair mais. – Jura? – Vamos ao shopping comprar umas roupas novas, você também precisa de uma mudança de visual. – Percebendo minha expressão indignada, ela completou: – Sempre melhora o ânimo das pessoas mexer no cabelo. O que você acha?

– O que eu acho de me tornar um experimento nas suas mãos? Tentador, mas, não.

– Farei você mudar de ideia.
Eu não duvidava.

Chegamos à casa dos Luthor. Nia foi entrando e eu fui atrás como um ratinho assustado. Conhecer os pais delas me deixava insegura, o que era bobo se parasse para pensar. Uma senhora na faixa de uns 50 anos veio ao nosso encontro, saindo da cozinha, e sorriu para mim. Os mesmos olhos.

– Olá, você deve ser Kara – cumprimentou-me, com um curto abraço apertado. – Ouvi muito sobre você.

– Coisas boas, espero. – Disparei meu melhor sorriso em sua direção.

A Garota dos Olhos Verdes - SupercorpOnde histórias criam vida. Descubra agora