NATIESE EM: NOSSAS VIDAS

Capítulo 9

NATALIE NARRANDO...

Quando ela chegou, eu fiquei arrepiada. As sensações que ela me causava eram intensas e eu estava tão mexida que eu ficava com raiva de mim por isso. Meu foco não era me apaixonar, eu precisava trabalhar e trabalhar muito, pra ter minha casa e poder resolver situações pendentes na minha vida. A noite estava ótima até que meu celular tocou.

Eu: Oi Emily tudo bem?

Emy: Oi. Sim. Aliás, mais ou menos. Acabei de chegar do hospital... – me contou o que houve. Meu coração disparou eu disse que mandaria mais dinheiro pra ela. Meu coração ficou muito apertado e a Priscilla notou. Na cozinha ela me fez uma proposta de um projeto de uma pousada do pai dela. Ela não estava segura de que ia fazer isso, mas era a missão dela por mais que a tirasse da zona de conforto que ela estava. Eu me animei com a proposta, poderia ser o pontapé para o meu recomeço. Quando ela foi embora e nos abraçamos, eu não consegui segurar as lágrimas. Quase me abri com ela, mas não poderia fazer isso. Ela era minha chefe, eu não podia fazer isso. Quando entramos no elevador, Liz perguntou.

Liz: Está tudo bem?

Eu: Sim, está – suspirei.

Liz: O que aconteceu em São Paulo que sua irmã ligou e você ficou preocupada?

Eu: Ela está doente. Foi hospitalizada, mas já foi pra casa. Amanhã vou transferir o dinheiro pra ela, para tudo que ela precisar. Graças a Deus eu estou ganhando bem com esses trabalhos na produtora, e agora com essa possibilidade do arquitetônico da pousada da Priscilla. Eu estou morrendo de saudade Liz – voltei a chorar e ela me abraçou.

Liz: Eu sei que está amiga, e logo você vai poder matar essa saudade. – entramos em casa limpamos toda a bagunça e fomos dormir. Eu não conseguia dormir direito e quando consegui tive um pesadelo.

Pai: VOCÊ É UMA VAGABUNDA. O QUE PENSA QUE É PARA FAZER ISSO COMIGO? SÃO MEUS NEGÓCIOS. – gritava.

Eu: Pai, foi ele que me agarrou, eu não tive chance de me defender. Eu não tive culpa – chorava muito.

Pai: VOCÊ VAI SE LIVRAR DESSA SITUAÇÃO NATALIE KATE OU EU MATO VOCÊ. – me batia.

Eu: Mãe, por favor, fala alguma coisa. – chorava.

Mae: Quer que eu fale o que Natalie? Se essa historia vem a público nossas carreiras estarão destruídas para sempre. Tem noção disso?

Eu: Vocês são muito egoístas. Como podem acreditar nesse lixo desse homem e não acreditarem em mim? – falava com raiva.

Pai: JÁ SABE O QUE FAZER...

Acordei assustada e chorando. Não percebi que havia gritado até a Liz entrar no quarto.

Liz: Hei o que foi?

Eu: Eu tive um pesadelo. – chorava.

Liz: Calma, vou buscar água pra você – ela trouxe água, eu contei o que houve. – Nat, precisa ir pra terapia. Vai ser bom pra você. Sua vida tá melhorando agora, volta a se tratar, você sabe que sozinha não consegue.

Eu: Eu vou voltar, eu preciso estar forte.

Liz: Sim, precisa e você vai conseguir. Eu estou com você. – me abraçou de novo. Ela deitou comigo até que eu dormisse. Alguns dias depois fui fazer as fotos da campanha do pijama e no ultimo dia fui até o consultório da minha antiga terapeuta, Ana, marquei novos horários com ela já deixei pago e na manhã seguinte já fiz minha primeira sessão.