Capítulo 14 - E se ?

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Genevive Molina

Estar com Daryl Dixon era algo inexplicável.
Em um minuto estávamos nos beijando ardentemente e no outro estávamos no silêncio e sinceramente não havia necessidade de nenhuma palavra.
Apenas olhares eram o suficientes, e quando ele me deixou em frente a casa da Amélia não trocamos beijos ou palavras. Apenas olhares. Olhares cheios de significados. Isso me assustava de certa forma. Me fazia ter noção de que o que eu sentia pelo Daryl talvez fosse algo maior do que somente desejo.

Eu estava confusa. Não entendia como aconteceu. Céus! Eu estava completamente perdida.

Amélia e dona Marie não facilitaram para mim. Foram inúmeras perguntas, inúmeras indiretas e infinitos e “ e se”. E se, como eu odiava essas duas palavras juntas. Tão pequenas, mas tão grandes.

Por isso eu só falei que sim nos beijamos e foi inexplicável. Esse era o meu sentimento. Inexplicável, eu me sentia uma verdadeira e imensa incógnita . Acho que elas perceberam a minha grande confusão pois aceitaram facilmente quando eu disse que precisava ir para casa.

A noite iniciou. Minha mãe estava vendo um filme e disse que não ia falar nada ou perguntar pois segundo ela: eu precisava entender primeiro. E ela não iria me trazer clareza. Que ela era minha amiga, mas era minha mãe, me conhecia com a palma da mão. E o que eu precisava era apenas de uma amiga.

Então, eu liguei para Bonnie Andrews. E eu só precisei falar :  Preciso de você. E em exatos vinte minutos, ela estava na minha porta com uma caixa de bombons e uma garrafa de vinho. Com um enorme sorriso no rosto.

- Você é a minha salvadora! – digo enquanto me encosto na porta e abro um sorriso. Ela me da um beijo na testa e entra.

- É. Eu sei, sou demais! – ri da sua pequena síndrome de Morgan. – Oi tia Marie! Como a senhora está? – perguntou dando um abraço e beijo na minha mãe.

- Estou bem querida. Tudo como deve estar, agora que você chegou vai ficar melhor. – reviro os olhos.

- Alguém que reconhece o meu verdadeiro valor. Você é a melhor! – diz sorrindo e olha pra mim. – Agora eu preciso resolver aquele problema ali. – aponta com a cabeça em minha direção e minha mãe apenas ri.

- Espero que você tenha sucesso Bonnie. Pois eu estou louca para saber o resultado. – minha mãe diz e dou um passo e pego a garrafa da mão da Bonnie.

- Vamos logo Andrews! Qualquer coisa grita que eu venho mãe. – digo e dou um beijo em sua testa.

Caminho em direção ao meu quarto e Bonnie se atira na minha cama e abre a caixa pegando um chocolate. Ela me olha como se estivesse me analisando.

- Certo. Vou dizer o que eu acho. – morde o chocolate e eu abro a garrafa de vinho e dou um longo gole. – Acho que isso tem a ver com o caipira do Daryl. – apenas assinto e ela sorri. – Me conta! – pede e estende a mão para pegar a garrafa. Dou a mesma e pego um bombom. Me sento no chão e encosto na cama.

- Nos beijamos. – ela arregala os olhos. – Nós saímos, tivemos um momento, mas não aconteceu nada. E então eu percebi que fiquei frustrada pois, eu queria que tivesse acontecido. E então eu fui atrás dele perguntar o porque ele não quis me beijar e ai ele me beijou. – digo de forma rápida e ela senta.

- UAU! Isso é... nossa. Daryl Dixon! – ela toma mais um gole de vinho e me entrega a garrafa. – Ele beija bem ? Ele tem pegada ou aquela pose de dono do mundo é só fachada ? – pergunta e eu suspiro.

- O melhor beijo da minha vida. – digo suspirando e fecho os olhos. – Não é só pose, é tudo real. Aqueles braços! Meu Deus! Que braços! – digo e abro os olhos e Bonnie me olha com um sorriso malicioso.

In the name of love - Daryl DixonOnde histórias criam vida. Descubra agora