Prólogo

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A noite estava nublada sobre todo o território de Melien, ao norte da capital Voloina. Em algum lugar, entre o norte e o meio do vasto território, estava uma fazenda, localizada na grandiosa e densa floresta.

Não era uma fazenda muito grande, mas tomava uma boa parte do terreno, com criação, algumas plantações e duas diferentes casas conectadas por corredores.

Talvez quem não conhecesse, achava que a família que ali vivia, eram poderosos senhorios. Porém a realidade podia ser dura e cruel.

Na maior das casas que ali tinha, dormia uma jovem, em sono profundo.

Aysha Beaumont, como se chamava, era dona de uma beleza única. Seus cabelos ruivos e longos se destacavam em sua pele escura, e seus lábios carnudos mantinham um tom misto do rosa e do avermelhado. Sua sobrancelha, mesmo que consideradas mais grossas, para o padrão de beleza, combinava perfeitamente com o formato de seu rosto e eram delicadamente desenhadas.

Também tinha um corpo esbelto, que podia-se imaginar, apenas pela silhueta que o fino cobertor fazia. Ela se revirava na cama, não só o frio a incomodava, porém ar gélido que penetrava o quarto, fazia a jovem se encolher mais.

Ao seu lado, estava um livro ainda aberto, mostrando que ela lia antes de cair em sono profundo e aterrorizante. Na qual, parecia que estava em pesadelos. Era mais um de seus estranhos sonhos, da qual traziam mistérios para sua vida.

Nesse, Aysha se via em um local escuro, na qual apenas o vento frio a rodeava, tornando aquele lugar mais real. Enquanto a água abaixo de seus pés, deixava o local úmido.

Porém, ela não sabia a direção do vento e nem sequer ouvia algo ao seu redor. Ela queria pedir ajuda, mas sentia dificuldades, pois sua voz não saia.

Indignada, ela tentou caminhar, sair daquele lugar, buscar pela luz, mas era tudo em vão. Pois se sentia no mesmo lugar, até que sentiu seus joelhos tremendo e o equilíbrio lhe faltando, e em um instante, seus joelhos colidiram com o chão.

Ela fora derrubada pelo vento, em meio ao que parecia ser um terremoto, que trazia consigo um barulho ensurdecedor de pedras desmoronando.

O vento que a atingiu com ferocidade era quente e confortável, quebrando o frio que aquela escuridão lhe trouxera.

Ela logo olhou para trás, de onde veio o vento, e ali, sentada no chão, viu que havia agora um enorme corredor, de onde ecoava uma bela melodia.

Ela já escutou essa música antes, na igreja. Talvez ela só se parecesse, ou talvez aquele era algum salão da igreja. Ela precisava descobrir.

Enquanto se levantava, pode perceber os candeeiros decorando o ambiente, enquanto as paredes, iluminadas, revelavam grandes decorações feitas de ouro.

Porém, do lado contrário, era notável grandes janelas abertas, com arcos em seus topos. Elas davam a escuridão novamente, trazendo desconforto para Aysha, que sentia vazio com a cena.

Ela caminhou pelo corredor, observando cada gravura desenhada na parede, na qual contava histórias. Ela não compreendia a mensagem, mas avaliava cada um dos detalhes.

Ao que parecia Deuses, criaturas mitológicas e povos nativos, em seus rituais e vidas. Venerados, caçados ou em guerras com outros iguais. Era a vida primitiva de seus antepassados.

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⏰ Última atualização: Sep 03 ⏰

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