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4 meses depois...

— O que acha desse? — Millie me pergunta mostrando um berço numa loja.

— É lindo. — Digo alisando minha barriga que já estava grandinha.

Bom, acho que devo explicações.

Voltei para a minha cidade depois de tudo que aconteceu, pedi para que Aidan fosse enterrado aqui, na cidade em que nos conhecemos e começamos a nos amar.

Não voltei para a casa dos meus pais, eu vendi minha casa em Maldivas e comprei uma aqui, perto das minhas amigas.

Todos foram no enterro dele, até os meus pais foram, depois que eu voltei resolvi conversar com eles, eu não os perdoei totalmente, eles me pediram para eu voltar pra casa mas eu neguei.

Eu contei tudo a eles, sobre Aidan, sobre a doença e minha gravidez, por incrível que pareça eles não brigaram comigo, acho que eles sabiam que eu estava em um momento delicado.

Minhas amigas como sempre ficaram ao meu lado, todos os dias em todos os momentos, sempre me apoiaram, eu sempre podia contar com elas.

Elas ficaram muito felizes quando descobriram que eu ia ter um bebê, já queriam gastar dinheiro em roupinhas de bebê, brinquedos e mais outras coisas.

Eu podia estar feliz por fora e animada com a gravidez mas por dentro a dor me consumia, todas as noites eu chorava no meu quarto relembrando de seu rosto que eu nunca iria esquecer.

Eu o amo e esse amor nunca vai sumir.

Amanhã seria o meu chá de revelação, eu descobriria o sexo do bebê e o não menos importante, seria o meu aniversário de 18 anos.

— Você acha que vai ser menino ou menina? — Pergunto a Millie.

— Eu acho que vai ser menino. — Millie diz e eu dou um sorriso.

Pra mim tanto faz, desde que venha saudável, eu vou amar de qualquer jeito.

O quarto do bebê já estava pronto, eu resolvi comprar coisas tanto azuis quanto rosas, eu não ligava pra isso de azul para menino e rosa para menina, meu bebê iria usar várias cores.

Só faltava eu comprar o berço que seria todo branco.

— Eu acho que vou levar esse. — Digo mexendo no berço.

A moça da loja assente e vai até o balcão preparar a papelada para eu levar.

Pago o mesmo e saio da loja com Millie, o berço chegaria em provavelmente três dias.

— Eu vou pra casa Millie, eu to muito cansada e como você pode ver, essa barriga pesa. — Digo.

Millie me deixa em casa, entro naquela casa vazia e fria e me sento no sofá ligando a TV.

— Ai! — Resmungo de dor.

O bebê estava chutando minha barriga.

Olho para a barriga que as vezes se mexia um pouco, dava pra ver o seu pezinho empurrando, dou uma risada e começo a alisar a mesma.

(...)

— Filha. — Ouço minha mãe chamar.

— Oi. — Digo arrumando as decorações da mesa do chá de revelação.

— O balão com os confetes chegaram. — Minha mãe diz e eu suspiro nervosa.

Já era o dia da revelação e o meu aniversário, resolvi fazer tudo na minha casa, todos os meus amigos estavam aqui e os meus pais.

— Filha. — Meu pai diz chegando perto. — Posso falar com você?

Fico um pouco ressentida mas assinto.

— Eu queria te dizer algo. — Meu pai diz nervoso. — Eu sei que eu nunca vou ser o melhor pai do mundo e que desculpas não vão adiantar pelo o que eu fiz pra você, mas mesmo assim eu peço desculpas, eu era um homem muito bruto e nervoso, depois que você foi embora eu comecei a fazer terapia e eu estou melhorando aos poucos, eu estou muito feliz que você tá aqui conosco e muito feliz de ter um neto ou uma neta. — Meu pai diz e eu vejo sinceridade na sua voz.

Suspiro e dou um sorriso.

— Que bom que você se desculpou pai, mas você sabe que perdoar não é tão fácil assim. — Digo e vejo meu pai com o olhar triste. — Mas não quer dizer que eu possa dar uma chance pra alguém.

Pessoas merecem uma segunda chance.

— Que bom minha filha. — Meu pai diz. — Eu posso? — Meu pai diz querendo alisar minha barriga.

Assinto e meu pai coloca a mão sentindo o bebê chutar, meu pai estava emocionado.

Era a hora da revelação.

Todos estavam em pé na minha frente enquanto eu segurava o balão e um alfinete na outra mão.

— 1...2...3... — Diziam as pessoas ao mesmo tempo.

Estouro o balão e sinto confetes azuis em minha volta e gritos animados por todo os lados.

É um menino!

Todos os meus amigos vem me abraçar enquanto eu estava sem reação ainda.

Quando fui ver, eu já estava chorando.

— Aidan! — Digo sussurrando. — Ele vai se chamar Aidan.

(...)

Depois do chá revelação, minha mãe trouxe um bolo surpresa com uma vela de "18" em cima do bolo, cantamos parabéns e depois de algumas horas todos foram para casa.

Agora era só eu e meu menino.

Aidan ficaria tão feliz quando soubesse que seria um menino.

Eu estava deitada em minha cama pensando em tudo, minhas lágrimas já desciam novamente pelas bochechas.

Quanto mais eu lembrava dele, mais eu chorava.

S/n. — Ouço alguém me chamar mas a voz estava bem longe.

Olho para todos os lados e não vejo ninguém.

S/n, acorda! — Ouço a voz cada vez ficar mais alta.

E assim eu acordo.

Acordo no nosso quarto em Maldivas, e estava de manhã.

— Aidan? — Grito pela casa.

— To aqui em baixo amor. — Ouço Aidan dizer.

Suspiro aliviada e feliz.

E aquilo tudo não passou de um sonho...quer dizer, um pesadelo.

kkkkkkkkkkkk enganei vocês 😘vcs acham mesmo que ia matar o aidan? eu odeio fanfic que termina triste e então eu não podia terminar a minha desse jeito 🙈

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kkkkkkkkkkkk enganei vocês 😘
vcs acham mesmo que ia matar o aidan? eu odeio fanfic que termina triste e então eu não podia terminar a minha desse jeito 🙈

Tʜᴇ sᴜʙsᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴛᴇᴀᴄʜᴇʀ ᵃⁱᵈᵃⁿ ᵍᵃˡˡᵃᵍʰᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora