No dia seguinte, alguns homens encontraram o corpo do velho caçador parcialmente devorado. Apenas encontraram seu dorso, suas pernas haviam desaparecido e seus órgãos e entranhas estavam por todo lado. Os outros, chocados com a cena se afastaram e apenas um deles, aparentemente o líder do grupo, se aproximou.
-Hum...santa Mãe de Deus, o que diabos houve aqui? Que tipo de animal faria isso?
Um dos outros se aproxima rapidamente dele, com uma expressão de medo e já com sua arma em mãos para o caso de a criatura ainda estar por ali.
-Foi um diabo, um lobisomem! Eu o ouvi uivando noites atrás. Nós estamos sofrendo ira divina!
- Não diga bobagens, Roy. Isso pode ter sido um urso faminto, não precisa ser o diabo para fazer isso a um homem.
Os dois parados ali, olhavam para toda aquela situação e permaneciam pensativos e ainda sem acreditar naquilo que seus olhos estavam vendo.
Mais tarde, naquela mesma noite, mais dois homens e uma mulher desapareceram e na manhã seguinte, seus corpos foram encontrados na floresta. Então, os homens do pequeno vilarejo de Hilda se reuniam em um grupo de caça e partiram para a floresta. Cinco foram os corajosos caçadores que partiram para floresta naquela tardezinha aparentemente pacata. Ao cair da noite, todos estavam reunidos em volta de uma fogueira tensos e apreensivos. Logo um som era ouvido ao lado, alguém corria, mas parecia ser uma pessoa e não o correr de um animal. Então, por entre o mato, surgia uma mulher, completamente ensanguentada, com as roupas rasgadas e totalmente apavorada.
- Me ajudem, por favor! Tem um monstro na floresta, ele matou meu marido e está atrás de mim.
A mulher estava totalmente desorientada e cansada de correr. Logo os homens acolheram-na e tentaram lhe acalmar.
- Senhora, eu me chamo Talbot. Você está segura agora, nós estamos aqui para caçar essa criatura.
- Não... Vocês vão morrer... vocês vão todos morrer...
Antes que Talbot pudesse responder, algo começava a rondar o grupo correndo e era grande. Todos se põe em alerta, com seus rifles apontados para todos os lados, preparados para disparar em qualquer movimento. A mulher, em choque, se arrastava para trás enquanto repetia a mesma frase com as mãos na cabeça e um olhar de Pânico. O grupo estava em alerta, todos olhavam para a floresta. Então a mulher assustou a todos com um grito, um grito de dor desesperado, fazendo todos olharem para trás e verem algo que nunca mais iram esquecer. Um monstro, enorme com quase dois metros, com uma aparência humanoide, porém coberto por pelos negros. Estava em pé sobre as patas traseiras, seu rosto tinha feições humanas, mas com presas e um focinho achatado. Ele estava de pé, erguendo a mulher pelo pescoço, com suas presas caninas cravadas nela e ele olhava fixamente para os caçadores com um olhar cheio de ódio. A mulher ainda viva, se urinava toda e agonizava até o monstro fechar a boca por completo, arrancando metade de seu pescoço. Todos os homens abriram fogo, mas o monstro era ágil e entrou no mato alto em volta deles. Então, todos foram atrás da criatura mato a dentro, atirando em tudo que se movia. Um dos homens ficará para trás para carregar seu rifle que já havia gasto suas duas munições. Andando mais devagar que os demais, ele seguia atrás do grupo, guiando-se pelo som dos tiros. Então, algo se mexeu atrás dele e prontamente ele se virou e atirou. Imediatamente após o tiro, uma mão enorme, com garras como facas, puxava sua cabeça para o lado e a criatura agarra sua cabeça com as presas e começava a mastigar sua cabeça. O homem gritava de dor e agonia, os outros ouviam e voltam para seu amparo, mas já era tarde. Tudo o que viram foi a criatura já com o crânio de seu amigo aberto. Então, um a um os homens foram sendo mortos por aquilo até que apenas sobrou Talbot, o líder do grupo que se encontrava sozinho em meio a corpos mutilados. Talbot corria daquele lugar como nunca antes, seu rifle já sem munição não lhe servia de mais nada. Tudo que lhe restava, era uma faca de caça, apenas. Então, ele avista um velho casebre de caça que estava abandonado ali e sem pensar duas vezes, entrou e se escondeu. Após cerca de dez minutos, um uivo era ouvido na frente da casa e logo depois, o cair da porta. A força da criatura era tamanha que com apenas um golpe, destruiu a porta e entrou sem problemas. Talbot, estava dentro de um armário que havia na sala, viu aquilo passar de ante de seus olhos. Olhando melhor, ele pode notar que a criatura vestia roupas rasgadas como se elas tivessem esticado demais. Suas pernas eram tortas para trás no final e cominavam em patas como as de um lobo. Então, aquilo parava na frente do armário e começava a fareja o ar e caminhar pela sala atrás do homem. Talbot, apavorado, começou a rezar e pedir a Deus por sua vida, enquanto o monstro jogava tudo para o alto e urrava de raiva. Logo, a criatura se aproximou do armário onde ele estava e encarou o armário como se encarasse a uma presa. Ele sacava sua faca de caça e se mantinha firme, rezando para não precisar usa-la, mas ao sacar a faca, a criatura ouviu e imediatamente enfiou a mão pela porta, o arrancou de dentro e o jogou contra a parede do outro lado. Talbot era arremessado contra a parede e se levantava rapidamente e segurava sua faca com as duas mãos, tremendo como um cão no inverno. E lá estavam, homem e fera de pé na sala se encarando. O monstro rosnava e olhava para ele com ódio no olhar enquanto, ele apenas segurava a faca tremendo e com uma expressão de Pânico. O ser saltou para cima de Talbot e o derrubou ao chão mordendo seu ombro e mexendo a cabeça para arrancar fora um pedaço. Talbot soltava um berro de dor, desesperado. Porém, o monstro logo parou e se levantou devagar mostrando que a faca de Talbot, havia penetrado seu peito no momento do ataque. O ser caminhava para trás e então como um lamento, soltava um uivo com todo ar que havia em seu peito e caia ajoelhado. O homem, encostava na parede e caia sentado com a mão no ferimento e desmaiava com a dor. Sua última visão antes de apagar, fora aquele monstro caído no chão com sua faca no peito.