Qᴜᴀɴᴅᴏ (Nãᴏ) Cᴏɴᴛʀᴀᴛᴀʀ Uᴍ Nᴀᴍᴏʀᴀᴅᴏ ᴅᴇ Aʟᴜɢᴜᴇʟ, NᴇᴊɪSᴀᴋᴜ

Mas Sasuke via as coisas de forma diferente

mas sasuke não queria ver que foi superado

— Você está começando a ficar muito abusado, viu, mi amore? — Embora o tom fosse de reclamação, a Haruno não tinha uma postura contrariada. Pelo contrário, estava aninhada nos braços de Neji, os dois estirados no sofá de Sakura, discutindo sobre qual pizza pedir do restaurante favorito da rosada, Ichiraku Ramen.

— Eu? Jamais, sua plagiadora. — O Hyuuga a beijou outra vez, calando qualquer protesto dela. Estavam há boas horas naquele ciclo: uma implicância, um beijo, uma resposta, uma provocação... definitivamente uma delícia, mas perigoso, na opinião dos dois.

Porque a cada risada, cada beijo, cada toque, acabava ainda mais com o controle que eles pensavam que tinham daquela situação. Mas era apenas orgulho, se muito. À sua maneira, ambos estavam inseguros, porque sabiam que — de alguma forma — algum limite tênue mas importante havia sido ultrapassado. Mas sinceramente, nenhum dos dois se importava mais. Tudo o que queriam fazer naquelas últimas semanas era aproveitar um outro, sem pensar em nada — contrato, iate, relacionamentos, nem mesmo em algum fim, se é que aquilo teria. Tudo o que queriam era ficar assim, conversando na sala de Sakura enquanto esperavam uma pizza e provocavam um ao outro, porque aquele havia se tornado seu passatempo favorito.

— Absurdo isso, eu não faço plágio, só pego emprestado! — A rosada protestou, apenas para assistí-lo negar com um gesto de cabeça. Antes que pudesse dizer algo, Neji a beijou de novo.

Beijá-lo era tão bom. A sensação dos lábios roçando, as línguas se misturando, as mãos do garoto que dançavam em seu corpo, o calor que a tomava, tudo era incrível. A forma como o Hyuuga puxava seus fios para trás, era uma pequena provocação, apenas porque podia, e podia mais. A forma como ela queria mais! Sabia que era orgulhosa, sabia que poderia simplesmente pedir, mas todas as vezes em que estava quase fazendo isso, se lembrava da tarde na piscina.

Queria muito fazer Neji engolir toda aquela pompa ao menos uma vez na vida — e o que mais a irritava era que sabia que o Hyuuga não estava sendo presunçoso, apesar do ar forjado de superioridade, o garoto apenas dizia a verdade. E ele sabia. Isso a deixava louca. Aquele era claramente um jogo, eles estavam medindo forças, mas aquilo perdia a importância a cada dia que se passava, porque Sakura o mandava embora às vezes pelo simples fato de ter certeza que não aguentaria mais um minuto nos braços de Neji Hyuuga.

Ele era como uma droga excitante e sabia disso. Odiava quando o primo de Hinata saia pela porta de seu apartamento com um sorrisinho sacana nos lábios, tendo a certeza de que estava deixando-a louca. Pior do que isso eram os banhos frios que ela tomava imediatamente, porque era simplesmente tentadora demais a ideia de se tocar, ou pior ainda: chamá-lo de volta.

Neji Hyuuga era um bendito sedutor. E Sakura o havia subestimado.

E agora estava simplesmente em suas mãos.

— Não faço empréstimos. — Segredou quando se separaram por falta de ar. O moreno selou seus lábios rapidamente antes de continuar: — Logo, a senhorita é uma plagiadora da pior espécie, que pensa que pode me distrair me beijando logo depois de roubar meu apelido carinhoso.

— E não distraio? — A rosada perguntou, o tom de voz meio risonho. Recebeu um beijo rápido como resposta, o que fê-la rir outra vez. Suas mãos foram para a nuca de Neji, embrenhando-se no cabelo do garoto, que retrucou antes de beijá-la de novo:

— Claro que distrai. — Um suspiro e o tom de voz que sempre deixava-a arrepiada estava lá. — Tudo de acordo com o plano.

— P-plano? — Sua voz falhou quando o Hyuuga mordeu seu pescoço suavemente, e ela praguejou internamente por isso. Pensou em perguntar outra vez, mas não confiou muito que seria capaz disso, já que o namorado decidira explorar aquela região tão sensível, beijando devagar, respirando fundo e rindo toda vez que a rosada arrepiava.