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O TECIDO de linho branco se contrasta com os toques delicados do demônio sobre a pele da mulher. As mãos grandes lhe acariciam lentamente, prezando por explorar seu corpo sem nem mesmo lhe retirar a peça de roupa.
Segurando-a pelo queixo, Dabi avalia cada pequeno detalhe de seu rosto angelical, ele a admirava mesmo nas pequenas imperfeições. O tecido lentamente fora deslizando-se do corpo da alada, deixando-a nua por completo diante do moreno.
O beijo que lhe fora dado logo após lhe arrepiou por inteiro, algo tão sagrado quanto uma oração. Lábios juntos, desprevenidos de qualquer impedimento se misturavam em um ato doce e quente.
Ele segura seu rosto gentilmente ao longo do beijo, impulsionando-a lentamente para trás, novamente a deitando sobre os lençóis macios. Seus olhos a examinam como se estivessem admirando a mais bela das pinturas, o corpo da mesma desprevenido e pronto a lhe receber acendeu um fogo dentro de si.
Um sorriso sádico se forma em seus lábios, e seu interior brilhava em êxtase, mal podia acreditar que aquele ser tão puro e sagrado estava diante de si, sentindo talvez o mesmo sentimento ardente.
Suas mãos passam por seu corpo nu, sentindo a pele tão quente em contraste com a sua. Lentamente a acaricia por todo o caminho traçado por seus dedos, seu busto, seios, e ao chegar em suas coxas, as aperta com certa delicadeza, mas com tal intensidade que fez com que a alada arfasse.
O demônio se coloca por cima da mulher, e a beija novamente, selando seus lábios tão intensamente quanto da primeira vez, adorava sentir o gosto tão puro ao beija-la.
Seu polegar acaricia lentamente a intimidade da alada, que sente uma sensação gostosa lhe invadir, percorrendo seu corpo como uma onda elétrica; os toques ficam mais intensos, ele sabia exatamente o que estava fazendo.
Suas asas se arrepiam por segundos ao sentir seu corpo queimar, e os olhos azuis lhe observam atentamente, admirando as pequenas expressões de êxtase em seu rosto.
O rosto de Dabi se aproxima da intimidade da mulher, que suspirava rapidamente, sua língua percorre-a, apenas por um flash de tempo como se a provocasse, lançando-lhe um sorriso sarcástico.
Seus dedos acariciam seu clitóris, em movimentos leves e circulares, a alada treme por dentro, e a sensação do proibido lhe invade, a excitando pouco a pouco.
A língua quente do moreno entra em contato com seu corpo mais uma vez, e abrindo mais as pernas da mulher, sente seu gosto invadir seus lábios. Chupava sua intimidade devagar, como se prezasse por explora-la lentamente.
Suas mãos seguravam suas coxas, as abrindo para proporcionar mais prazer e êxtase à alada, que acaricia os cabelos pretos do moreno, sentindo sua respiração quente em contraste à sua pele. Sensação essa que lhe agradava muito.
Ele para, e sorri ao encara-la ofegante, e a beija rapidamente antes de prosseguir.
O moreno retira por fim suas roupas, e segurando a alada pela cintura começa as estocadas leves. Um gemido pode ser ouvido sair dos lábios da anjo, que agarra os lençóis sentindo a onda elétrica lhe percorrer.
[Nome] fecha os olhos, e apenas se entrega ao pecado mais uma vez. Seu corpo tremia por dentro ao sentir o membro do moreno ser introduzido aos poucos, causando-lhe arrepios involuntários e dor prazeirosa.
O olhar intenso de Dabi analisava cada mísera expressão de prazer, e seus ouvidos se deleitavam aos gemidos abafados da alada. Seu corpo entra em pura adrenalina, e suspirando lentamente ao estoca-la sente o suor descer de seu rosto quente, e a excitação lhe invadir.
A mulher se contorcia, sentindo seu corpo arquear um pouco, suas asas se arrebitam entre os lençóis, e seus lábios soltam gemidos ao senti-lo mais fundo.
A intensidade e rapidez aumentam, e Dabi arfa ao longo do ato, sua temperatura corporal se eleva, e uma onda de calor o percorre. A sensação de te-la em suas mãos o satisfazia absurdamente, àquilo lhe dava prazer.
[Nome] sente seu corpo tremer, e aos poucos o sente relaxar. Aos poucos os movimentos mais intensos foram se cessando. O demônio parou logo em seguida se deitando ao lado da mulher sobre a cama, ambos ofegantes com o que acabara de acontecer.
A alada se vira para o lado, e estica suas asas suspirando, aliviando a tensão de ambas. Dabi a observa, e a curiosidade lhe invade. Por algum motivo queria explorar este lado frágil da anjo, e assim o faria. Ele sorri com o pensamento e a assiste adormecer ao seu lado, sem demostrar ao menos um certo carinho.
Se levanta, e vestindo suas roupas, acende um cigarro, despreocupado. Ao olhar o ser tão puro sobre a cama, junto aos lençóis, sente os pensamentos lhe invadirem.
O moreno se recorda do que a mulher disse antes de a beija-la, algo sobre a pintura na qual não se importava tanto, até passar os dedos sobre o velho livro que estava sobre a mesa.
Expeliu a fumaça de seus lábios, e lendo as partes polêmicas daquele objeto, ficou intrigado e um tanto quanto surpreso com as declarações de amor descritas alí.
Algo lhe dizia que lhe ocultaram a verdade, talvez a origem do céu e inferno fossem uma mentira tão fajuta quanto as "novas" pinturas que substituíam a original.
Se sentiu estranho ao pensar no trato feito com aquele demônio, mata-la não seria muito radical? O que ela fez afinal? Isso lhe passou pela cabeça, porém o pensamento se esvaiu assim que pensou na possiblidade de ser morto se sentisse amor por ela.
Seus olhos vasculharam o livro mais uma vez, e segurando o cigarro por entre os dedos decidiu que descobriria a verdade. Porém quando pensou sobre a promessa de mata-la, não desistiu daquilo temendo o pior.
Não sentia nada pela alada até então, apenas o prazer lhe consumia tão ferosmente. Na verdade nunca havia sentido amor ou algo do tipo, não sabia ao certo como era, mas uma coisa era certa: ele não a amava.
O demônio isento de sentimentos poderia ser atingido com a flecha de um sentimento profundo? Seu coração gélido poderia ao menos sentir algo?
Não se sabe ao certo, porém o pacto entre os dois se intensificava aos poucos, e o segredo era revelado cada vez mais, o que a pintura escondia afinal?
