14 "Cervo"

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Após sair do quarto de Stella, vou para o meu escritório, fico por algumas horas lá, respondendo alguns e-mails, ligações e depois sigo para o meu quarto, tomo um banho demorado, visto uma roupa qualquer e pego o meu celular

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Após sair do quarto de Stella, vou para o meu escritório, fico por algumas horas lá, respondendo alguns e-mails, ligações e depois sigo para o meu quarto, tomo um banho demorado, visto uma roupa qualquer e pego o meu celular.

Já faz dias que eu não me alimento de sangue, preciso providenciar isso ou ficarei louco, aliás, não é só eu quem precisa, agora que Stella provou, se não for alimentada por muito tempo é capaz de devorar qualquer um que aparecer em seu caminho, assim como fez com o coelho que achou.

Saio do quarto depois de marcar com uma morena bastante conhecida por mim e passo pelo quarto de Stella, abro a porta e ela não está.

— Stella? — Chamo ao entrar no quarto.

— Oi. — Responde saindo do banheiro, enrolada numa toalha.

— Só pra avisar que não farei o jantar hoje.

— E o que iremos comer? — Pergunta confusa.

— Pizza, já deve está chegando inclusive.

— Pizza.

— Você vai gostar, todo mundo ama pizza.

— Tudo bem, eu vou me vestir.

— Certo, te espero na cozinha. — Falo saindo do quarto.

— Oliver...

— Sim?

— Penteia o meu cabelo...?

— Ainda não aprendeu? — Questiono entrando novamente.

Ela nega com a cabeça.

— Lá onde eu nasci, não deixavam ele crescer tanto, era como o seu.

— Tudo bem, eu vou te ensinar, só precisa ter paciência. — Pego a escova e faço sinal para ela se sentar na cama.

— Farei isso da próxima vez.

•••

Depois de comermos a pizza, que por sinal Stella adorou, ela quis ir para a biblioteca, então enquanto ela se distrai com os livros eu espero pela minha companheira da noite.

Mas não foi como das outras vezes, não me sentia saciado ao me alimentar dela. Eu a chamo faz algum tempo, e sempre no consigo me alimentar dela sem que ela perceba, ela sempre achou que fosse um tipo de fetiche meu, mas a questão agora é outra.

Por que eu não consegui me saciar com o seu sangue?

Eu preciso de mais, eu precisava de mais, e me sentia estressado por isso. Talvez seja pelo estresse dos últimos dias.

Então, contrariando a minha rotina, eu teria que sair para caçar, caçar por algo grande o bastante que pudesse me alimentar e alimentar Stella.

•••


— Que barulho é esse... Oliver! — Vejo Stella parar ao abrir a porta do quarto, e me olhar aterrorizada.

— Stella... Não queria que visse isso.

Eu estava prestes a entrar no quarto com a presa que eu havia caçado, mas antes que eu entrasse, ela me viu.

— O que é isso... O que você está fazendo?

— É desse cervo que iremos nos alimentar.

— Eu não vou fazer isso...

— Tudo bem se não quiser fazer direto, eu estava mesmo levando ele para extrair o sangue para você, não se preocupe, assim que eu acabar, levo e...

— Oliver... — Paro de falar quando percebo a expressão de medo de Stella.

Provavelmente ela nunca viu um animal desse tamanho, e morto na sua frente.

— Só confie em mim, tudo bem!?

E sem me dar uma resposta, ela entra novamente em seu quarto, fechando a porta.

Após extrair o máximo de sangue que eu consegui do animal, levo o pequeno balde com sangue para a geladeira daquele quarto.

Eu não guardo essas coisas na geladeira da cozinha, justamente para que ninguém chegue a ver, então tenho um quarto só pra isso.

Após distribuir uma quantidade em vários potes de vidro, e guardá-los no refrigerador, despejo um deles em um copo grande.

Mas antes de levá-lo até Stella, eu precisava de um banho, não podia amedrontar a garota mais ainda com meu estado, coberto de sangue de servo.

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