And you can wrap your fingers round my thumb And hold me tight

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Seamus não se lembrava de estar tão nervoso como estava agora. Sinceramente nem em seu casamento ele estava tão nervoso, como agora, sentado naquela sala de espera, no St. Mungus.

"Seamus! Juro por Deus, se você não se sentar eu vou te azarar!" — Isso acalma um pouco Seamus e ele se senta, mas sua perna volta a pular.

"Tudo vai ficar bem. Nós vamos conhecer nossa filha a qualquer momento, você precisa se acalmar." — Seamus respira fundo e agarra a mão de Dean.

"Por que você tá tão calmo?"

"Pelo menos um de nós precisa estar... o médico disse que ela está pronta para dar à luz há meia hora atrás. Ela pode chegar a qualquer momento, então eu preciso que você respire fundo e se acalme, okay?''

"Okay." — Seamus respirou fundo, soltando o ar lentamente pelo nariz.

Antes do que Seamus esperava, uma enfermeira entrou e olhou para todos na sala de espera, para depois se virar e encontrar Dean e Seamus.

"Vamos lá Thomas-Finnigan, vamos conhecer sua filha. ''

...

Os bebês são muito pequenos — esse é o primeiro pensamento que surge na cabeça de Dean quando a enfermeira coloca um recém-nascido pequeno em seus braços.

A filha deles parece absolutamente minúscula em seus longos braços, com seu narizinho de botão, os tufos de cabelo escuro e encaracolados em sua cabeça, o jeito que ela continua soltando pequenos resmungos enquanto segura seu dedo com a mãozinha.

Dean não consegue tirar os olhos dela, mesmo quando sua visão fica embaçada pelas lágrimas. Mesmo quando os braços de Seamus envolvem os dois, Dean apenas se move para empurrar com firmeza contra ele, o olhar ainda fixo em sua filha.

"Vamos lá, sua vez de segurar."

Dean desenrola do abraço e se vira para encarar Seamus. Assim que ele se acomoda, Dean passa a filha para ele, piscando os olhos para conter as lágrimas, enquanto a cabeça do bebezinho repousa no peito de Seamus.

O sorriso de Seamus para ela é radiante, e quando ele beija o topo cabeça dela, Dean se apaixona por ele novamente.

Os olhos de seu marido também estão cheios de lágrimas de felicidades, seu sorriso se estende de orelha a orelha enquanto seus braços embalam sua filha.

"Precisamos dar um nome a ela" — diz Dean acariciando a mãozinha da filha deles.

"Temos uma lista em algum lugar, não temos?"

E de fato tinham. A lista estava cheia de todos os nomes, que eles pensaram que poderiam ser adequados  para esta pequena pessoa que eles não haviam conhecido até agora — nomes de garotos, nomes de garotas, nomes unissex, eles listaram tantos que seria impossível escolher um.

O nome que vem a Seamus não está em nenhuma das listas.

"Isabelle'' — ele diz baixinho — ''significa pura, mas também é em homenagem a alguém que cuidou do pai dela no pior momento." — Seamus completa olhando para o bebê em seus braços.

"E quanto a Lavender para o nome do meio?" — Dean sugeriu, com lágrimas nos olhos.

Seamus fez uma pausa e desviou sua atenção do bebê adormecido para Dean em estado de choque.

"Mesmo?" — Perguntou Buck.

"Ela foi sua melhor amiga, eu sei o quanto ela significou para você e sem ela você não poderia ter estado aqui hoje.  Acho que ela ficaria honrada."

"Isabelle Lavender Thomas-Finnigan" — disse Seamus, pensativo — "eu gosto.  Eu acho que combina com ela."

"Ainda não consigo acreditar que fizemos isso" — disse Seamus.

"Bom, agora que ela já está aqui não tem mais volta. '' — Dean fala rindo, enquanto Seamus passa o bebê para ele.

"Ok pais, nós temos um nome para esse bebezinho lindo?" 

Evan, um dos enfermeiros, entra com uma agitação de papéis, colocando-os no balcão.

"Sim.  Isabelle Lavender Thomas-Finnigan." — responde Buck, levantando-se para preencher a certidão de nascimento.

"É um nome lindo, e vocês dois já são naturais com ela" - Evan ri da forma como Dean embala o bebe adormecido.  

"Eu tenho que levá-la para apenas mais alguns testes, e depois ela é toda sua."

Dean, relutantemente, entrega Isabelle e se vira para olhar para Seamus, os dois agora sozinhos no pequeno quarto.

"Conseguimos Dean" — sussurra Seamus, com os olhos brilhando.  

Dean se aproxima e o envolve em um abraço, respirando o perfume de seu marido.  Dean nunca imaginou sua vida dando as voltas que deu, mas por tê-lo trazido aqui, com sua primeira filha perfeita e um marido que ama profundamente, ele não pode reclamar.

Dada a força dos braços de Seamus ao seu redor, ele também pensa da mesma forma.

"Eu te amo." — Seamus diz enquanto eles se afastam, arrastando as mãos até o rosto de Dean.

"Eu também te amo" — sussurra Dean, dando um beijo no marido.  

Como nascem os paisOnde histórias criam vida. Descubra agora