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🔥Eris🔥

Não é tão difícil ser um Grão-Senhor. Beron dizia que exigia muito dele, talvez porque ele seja fraco mesmo. Depois da Guerra contra Hybern, esperei cada segundo, planejando meticulosamente como eu iria matar Beron. O que eu não sabia era que a população da própria Corte me ajudaria com isso.

Enfim, agora estou no trono. Fico feliz de Lucien ter descoberto que Hélion era seu pai e foi viver com ele, por outro lado me sinto culpado por não ter cuidado dele do jeito que ele merecia. Sempre vou considerar ele como meu irmão, apesar de tudo o que fiz de mal para ele. Estou feliz sabendo que ele está feliz, principalmente com sua parceira.

Primeira coisa que fiz quando assumi o trono foi mandar meus irmãos para longe. Não quero eles aqui para me atrapalhar e ficar de olho na minha morte para assumir meu lugar, como fiz com nosso pai.

Governar a Outonal é bem mais tranquilo do que eu imaginava. Tirando algumas reclamações de sequestros e roubos, não há nada de errado com meu povo.

Esses eventos violentos são bem comuns aqui, considerando que com meu pai no trono era bem mais. Dei algumas ordens ao comandante, ordens que não foram mirabolantes, e quase tudo se resolveu. Estou trabalhando nos que ainda insistem em me desobedecer.

Levanto da mesa de jantar e encaro a fêmea à minha frente, ela sorri maliciosa e se levanta também. A coisa que mais gosto em ser Grão-Senhor? Todas as fêmeas querem dormir comigo e gargalho vendo elas brigarem por isso.

🔥 Hyrin 🔥

Mando uma carta para meu pai assim que piso da Corte Outonal dizendo que daqui a dois dias mandarei outra. Falo como a Corte Estival estava linda e sobre as pessoas que conheci, atualizo sobre minha saúde e digo que tudo está sob controle.

Depois de treinar por anos junto com meu pai e outras Valkirias, eu sentia necessidade de explorar Prythian. Cada Corte e cada pedacinho desse lugar. Fugir um pouco e conhecer lugares novos faria bem para mim.

Alguns me nomeiam como viajante, mas eu gosto de entender que eu só quero criar memórias. Ainda mais depois de tanto sangue e violência que aguentei para ser quem sou hoje  E não me arrependo disso, sou boa no que faço graças a meus pais. Sou forte e o único que me venceu até agora foi Nyx, aquele garoto enjoado. Mas agora é meu momento e quero fazer o que eu quiser.

Meu pai me fez jurar que mandaria cartas todos os dias e Rhys me ensinou um truque que usava com Feyre quando as coisas estavam difíceis para eles. O papel volta com a letra horrível de meu pai. “Não confie em ninguém da Outonal, sabe que Eris está no trono”. Meu pai não sabe escrever direito e fala o mínino que pode, mas é suficiente para mim pois logo depois minha mãe sempre manda uma carta enorme me atualizando sobre as coisas e me fazendo mil perguntas.

Cassian me deu uma pequena e resumida aula de história antes de eu iniciar minha jornada e sei um pouco sobre cada governo de Prythian. E aqui as coisas foram bem... complicadas. Eris matou o próprio pai para assumir o trono. Não entendi como alguém é capaz de fazer isso.

A única coisa que eu não tinha contado para meu pai é que o dinheiro que ele me deu havia acabado a meses e eu roubava algumas coisas inúteis para conseguir sobreviver. Percebi que sou uma ótima ladra. Geralmente roubo fios ou alguns casacos que as pessoas esquecem nas ruas, mas me tornei especialista em roubar jóias. Não de lojas, mas diretamente das pessoas. Minhas mãos são praticamente invisíveis.

Sei que se meu pai soubesse brigaria comigo, e minha mãe também, mas até agora não fui pega nenhuma vez. E se eu for...a pessoa estará morta segundos depois.

Vejo a cidade apontar ao longe e sorrio. Os 6 Sifões que herdei de meu pai brilham e me permitem ver mais adiante.

Alguns feéricos da Corte Estival me contaram que eu devia ser cautelosa na Outonal. Diziam que estava tendo uma onda de sequestros e eu ri. Ninguém conseguiria encostar um dedo em mim sem que eu quisesse.

Bebo um pouco de água e decido fazer uma parada para descansar. Seria estranho uma fêmea chegar, no estado em que eu estou, no meio da noite procurando abrigo. Fecho minhas asas e apoio a cabeça em uma árvore. As árvores daqui são diferentes, parecem terem sido queimadas. Seus troncos são avermelhados e não há folhas.

Pego um caderno, no qual eu desenho uma coisa diferente que encontro em cada Corte, e começo a desenhar essas árvores.

A Outonal tem tons de vermelho por todo lugar, o chão é de uma lama dura e seca e o cheiro é ironicamente de cinzas. Tenho a impressão que vou gostar desse lugar, minha cor favorita sempre foi vermelho e laranja.



notas da autora:
oiê gnt!!
Alerta de nova fic na área. Ainda nn sei se vou levar essa daqui para frente...mas eu sempre digo isso e acabo continuando KKKK

espero que gostem, beijos no popo

Cortes de Chamas e MemóriasOnde histórias criam vida. Descubra agora