Início com sinônimo de fim?

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olá, bem vindes ao mundinho caindo aos pedaços desses hyunin! dps de um tempão com essa estória guardada (e dps de ter postado e excluído) tomei coragem de fazer a capa e uma revisão completa. espero com todo o meu coração que gostem, acho que usei essa fic como um grandíssimo desabafo em tempos difíceis

AVISOS:
- haverá descrição (na maioria das vezes) explícita das cenas. incluindo violência e características que podem ser nojentas. se for sensível a algum conteúdo destes, não leia.
- a descrição dos sentimentos será crua. desespero, tristeza, dor, tudo. sem filtro;
- haverá uso contínuo de palavrões (palavras de baixo calão);
- apenas o prólogo conterá o ponto de vista do hyun (tem um motivo pra isso ein), TODOS os outros serão narrados pelo jeongin. em razão disto, não confiem cegamente em cada descrição exposta;
- a narração do jeongin será em parte diário e o presente atual dele, pode acontecer uma mistura dos dois. mantenham o foco em cada fato.
- os hyunin sobreviveram juntos, mas não necessariamente são próximos. vocês vão entender a seguir.
- o final será feliz, porém terá perrengue. :)

p.s.: comentários são mt bem vindos, vou ficar toda besta e responder com todo o amor do mundo
ENFIM se preparem, docinhos de coco <8 e boa leitura

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Respirando, mas estou morrendo por
dentro
Nada novo e nada parece certo
Déjà vu, então fecho meus olhos
Deixo os demônios cantarem uma canção de ninar.

Zombie — DAY6

PRÓLOGO

Estou entediado. Ou talvez só seja eu me sentindo novamente apático pra caralho. Esse quarto, ou seja lá o que é isso aqui, está me enlouquecendo. O som desses desgraçados que cercam a casa está me tirando toda e qualquer sanidade que tenha restado. Provavelmente não estou entediado, mas cansado. Exausto pela situação de merda que sou obrigado a viver. Eu queria fugir, queria uma alternativa que permitisse isso. Queria uma esperança, qualquer coisa que reacendesse algum espírito de sobrevivência e ânsia por mais.
Boto os fones, não há como pensar em algo que não seja a morte ouvindo o futuro que provavelmente me espera lá fora (zumbis famintos). Rodo o botão do rádiozinho no sentido anti-horário, depois de quase um ano nessa situação já ouvi todo tipo de chiado já inventado (se é que há tipos). É bom renovar às vezes.

Aumento o som e continuo tentando sincronizar no ruído mais estável que haja em algum dos vários canais que já foram populares tempos atrás.
Eu estou entediado. Eu não aguento mais.

Incrivelmente (graças aos meus sentidos anti-zumbis apurados) sinto, mesmo estando dividido e distante, Jeongin se remexer sobre os lençóis nada reconfortantes que forram o chão frio. Outro pesadelo, provavelmente. Encosto a cabeça sobre o concreto da parede sem graça, não consigo fugir da vontade insistente de fazer algo. Queria ajudá-lo, nos ajudar.

Foco no que ouço dos fones; mais chiado, não gradual do jeito que me acostumei, mas mais barulhento (?).

Novamente nada...

Ruídos e sons que ainda consigo ouvir do lado de fora da casa...

Mais nada...

Chiado. Mais alto. Como se alguém estivesse tentando consertar um dos canais da rádio. Volto a girar o botão minimamente, vou para próxima e retorno novamente. Estranho.

Eco...

Chiado...

Estabilidade...

Algum som aleatório de batida (murros) na porta. Zumbis desgraçados.

Chiado...

Uma voz?!

Não, não, não. Respiro fundo, devo estar esperando algo além do que é possível.

Mais ruídos, aumentando pouco a pouco.

Chiado que quase me faz rir, lembra vividamente uma censura em tv aberta para palavras de baixo calão. Piiiii.

Silêncio... Isso não é normal. Não há silêncio, não há vazio nisto aqui. Não pode haver!

Puta merda, é uma interferência?! Isso pode ser... De qualquer coisa. Claro, só pode ser algum zumbi atleta e exibido escalando a casa, mexendo com o que resta da antena.

Eco...

Chiado... Instabilidade, ruídos e mais chiado...

Eu gosto desse som (ou aprendi a gostar), me lembra a chuva. Como se, no fundo, ainda houvesse dentro de mim a esperança de um dilúvio, que acabaria com tudo logo. (Na verdade, gosto apenas por me lembrar alguém que não quero esquecer, mas ajo como se já tivesse esquecido.)

Ok, isso é triste. O chiado insistente e irritante também. Jeongin murmurando coisas que não quero ouvir (momentos íntimos demais, tristes demais) com toda certeza é.

Ruídos...

Voz falhada e interferência...

Espera, o quê?!

— Repetindo, estamos na cidade. Miroh. Bandeira-

Porra, não! Espera, volta!

Quase dou um pulo tentando de alguma forma voltar a sintonizar nesse maldito canal. Avanço, retorno, nada. Faço de novo e de novo. Quase grito e acordo Jeongin. Quase levanto e me jogo até os desgraçados que esperam uma quentinha em plena madrugada.

— Vermelha. Prédio. Cidade livre de-
Vai tomar no cu! Meu coração cavalga e se instala, impassível, em minha garganta. Cidade livre...

Provavelmente de zumbis. Miroh... Eu conheço de algum lugar... Caralho! O comercial, o antigo! A bandeira enorme vermelha, com um lindíssimo tigre pintado grande em quase toda a superfície do tecido rubro, pendurada como fachada daquele enorme prédio.

Uma solução... Não tão longe, mas com certeza não tão perto.

Uma esperança.

Sinto meu coração voltar a bater quando o chiado se estabiliza. Nada de novas tentativas de transmissão, apenas o chiado contínuo e quase insuportável.

Uma saída, ou a entrada para uma armadilha das grandes...

Foda-se. Estamos num fodido apocalipse, ainda tem como ficar pior?

🌼

como diria a vida: sempre tem como ficar piorkkkk bj bj até a próxima

Ei, tudo bem, esse não é o fim do mundo - HyunInOnde histórias criam vida. Descubra agora