. * ✦ . ⁺ . . * ✦ .
Tirados de seus berços em uma idade precoce, os Jedi eram levados até o centro da República até que seus destinos os obrigassem a se tornar cavaleiros segurando lâminas brilhantes nas mãos e o peso de cap...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A DESIGUALDADE SEPARAVA o povo de Coruscant. Camadas que encobriam os pecados dos níveis inferiores incapazes de ver a luz calorosa do sol ou o brilho cintilante da lua, encobertos pela podridão de gases e poeira emitidas por indústrias e motores de speeders roncando alto por entre arranha-céus. Era o ar que era o símbolo mais importante de poder e posse no centro da República. Só era curioso que o mais poderoso lugar político fosse corrupto pela indiferença e injustiça, era difícil saber se isso vinha ao conhecimento dos senadores, ou se não faziam ideia do que se passava em baixo de seus prédios faustosos.
Enquanto enricavam os ricos do topo, se equilibravam entre a linha tênue da miséria e criminalidade e a justiça a classe mais pobre da capital nos níveis mais baixos, se empilhando para erguer a pulcra terra política como tijolos de pirâmides. Tráfico humano e escravidão banalizados por velhos em seus jogos de azar e bebidas, cartas de baralho com naipes diferentes postas a venda; talvez era isso o que deixasse a bela e urbanizada Coruscant um covil de ratos ao olhar das autoridades. Eles não, as construções grandiosas, as placas neon deixavam a cidade parecer como estrelas artificiais que resolveram sair de sua solidão no espaço para se juntar aos mortais. A nobre Coruscant dos ricos era um lugar para se orgulhar e se espelhar.
E como tudo e todos, eles se esqueceram dos pobres coitados de baixo. Como esqueceram dela. A arquiteta do massacre juntamente com os poderosos Separatistas, sobrevivente de um planeta ensopado de sangue agora devastado pela guerra. Descartável quando se tornou inutilizável, mas alguém a observava naquela noite. A capa esvoaçando atrás do corpo, pés fincados em um chão elevado acima do lugar de onde Asajj estava parada, e ela fez de conta que não viu. A pele branca como ossos se tornava acinzentada pela poluição da noite, envolta em tecidos escuros como a noite, aquela visão a tornava doentia como um Sith.
A movimentação atrás de si, o barulho de algo caindo e a impressão de estar sendo observada mais de perto a fizeram se virar para encontrar uma mulher, cabelos envoltos pelo capuz de seu manto, pele brilhando menos anêmica que Ventress. O sabre ativado emitiu uma luz amarela que conferiu uma nova visão de seu rosto, olheiras nas pálpebras e pouquíssimas linhas de expressão espalhadas. Os olhos estavam delineados de raiva e fúria, antes que Asajj pudesse cogitar em ativar seus sabres a outra mulher já estava partindo para seu próprio ataque, demonstrando que sua raiva não era só algo estampado no rosto, era uma realidade.
