E pensar que era tão difícil conseguir um voo para Pembroke? Jamais pensei. Meu coração angustiado e cheio de ódio, palpitava em um ritmo desordenado, rápido e desordenado. Estava tão inquieto quanto o homem na segunda fileira de poltronas. Sim, preferi optar por lugares distantes, senão eu daria um jeito de jogar Vitor pela janela. Ou eu posso chamá-lo de Tyler?
As turbulências constantes e todos os acontecidos em menos de vinte e quatro horas estavam me deixando enjoada, eu só queria ir para casa, queria que tudo isso acabasse e que Artur nunca tivesse aparecido naquele prédio.
— Acho que precisamos pegar um trem, mas pelo visto, só pela manhã. — Vitor falou, enquanto mexia no celular e olhava um mapa, permaneci calada esperando a minha mala. — Tem um hotel aqui próximo, podemos pegar um táxi, comprar os bilhetes pela internet e embarcar amanhã. Não é tão longe de Cardiff para Pembroke.
— Olha, se você quiser se mandar pelo mundo, vai estar fazendo um favor. E se não se importar, eu prefiro ir sozinha. — falei, peguei a mala e sai pelo aeroporto simples e cheio de pessoas com cara de brava.
— Por favor, Chloe. Você não precisa agir assim, estou querendo ajudar?
— Ajudar por quê? A consciência pesou?
— Porque eu sei que você vai atrás dele mesmo não sabendo aonde ele está, então, prefiro ajudar. — suspirou.
— Você sabia aonde ele estava o tempo todo. — ri. — Eu estava desesperada e você sabia o tempo todo de tudo.
— O combinado não era esse, ele está em perigo e você também estava.
— O combinado? Agora eu faço parte do jogo da família Evans... — parei do lado de fora, olhei para os lados e chamei um táxi.
— Só queríamos te proteger. E você pode escolher, eu ou o Artur?
— É sério? — perguntei e dei risada. O senhor desceu do táxi e colocou as malas atrás, entrei e continuei olhando para Vitor, que estava sério e desconsolado. — Eu só quero matar vocês dois me terem me feito de palhaça.
— Eu estou aqui. — entrou no carro. — Você pode fazer o que quiser, dizer coisas horríveis, falar a verdade para o mundo inteiro, mas não precisa ir atrás dos Artur.
— Você tem medo? — perguntei.
— Para onde vão? — o taxista perguntou.
— O melhor hotel. — Vitor resmungou.
— O hotel mais próximo. Depois, você o deixa no melhor hotel. — o interrompi.
— Eu não tenho medo, eu só quero que fique longe disso. Se você quer acabar com isso, vamos acabar com isso. O Artur pode ficar aqui, se virar, você pode voltar para Nova York e seguir em frente.
— E você?
— Eu vou voltar com você. — engoliu seco. — Cuidar da Jade e visitar a minha avó.
— A sua avó morreu. E você não vai ficar com a Jade. Por que você está se iludindo com isso? Vai em frente, Tyler, o mundo é seu, você escolheu o mundo. Some de Nova York, some da minha vida, da vida do Artur. Não foi isso que você fez?
— Eu não quero que você fique com o Artur! — ele aumentou o tom de voz. — Eu não vou suportar saber que estraguei tudo, e te ver com ele vai ser... estranho.
— Estranho foi voce viver uma vida que não era sua, entrar em um personagem e conseguir fingir tão bem.
— Você pode desacreditar de tudo. Mas acredite no meu coração.
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Meu Inesquecível Vizinho
Romance•Livro 2 •Continuação do: Meu Misterioso Vizinho +18 O LIVRO 1 PASSOU POR ALGUMAS MODIFICAÇÕES E ESTE AINDS NÃO FOI EDITADO, ENTÃO TALVEZ ESTRANHE ALGUMA COISA FORA DO LUGAR POR AQUI, MAS NÃO SE PREOCUPE, O RUMO DA HISTÓRIA E A BASE SÃO O MESMO. ...