único;

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Desde que se entendia por gente, Kirari nunca teve o mínimo afeto com as pessoas ao seu redor. Sempre fora narcisista e egocêntrica. Nunca perdeu, sempre ganhou. Tinha seu próprio império feito no Hyakkao. Nada a detinha de fazer o que queria fazer, nada... até por os olhos em Sayaka Igarashi, seu total oposto.

Quando começaram a sair, as notícias se espalharam feito fogo, mas ao mesmo tempo ninguém ficou surpreso, pois pela primeira vez a Momobami agia como um ser humano desde que fez de Sayaka sua secretária.

Nada nem ninguém havia mexido tanto com Kirari quanto aquela menina fez. Uma necessidade de torná-la sua toda vez que a via corria descontrolavelmente por seu corpo como um maldito choque de adrenalina. Temerosa, evitou tocá-la, pois sabia que se fizesse não conseguiria ter controle algum.

Para seu assombro, Sayaka a queria tanto quanto ela. Era notável a total devoção pela presidente do Conselho Estudantil; sua submissão à ela lhe fazia uma peça fácil no tabuleiro de Kirari.

Mas Kirari nunca quis brincar com Sayaka. Pelo menos, não de um jeito ruim.

E mesmo que quisesse, Sayaka não ligaria pois estava completamente apaixonada pela presidente. Queria ser sua número um, queria receber mais de seus elogios, queria ser beijada, queria ser tocada por ela.

E quando a troca de olhares foi profunda demais para controlar o desejo inevitável, Kirari a beijou como ninguém antes havia feito. Na mesma semana, a presidente a reivindicou e todos passaram a temer a secrétaria do Conselho, mesmo sendo tão dócil e generosa - desde que não falassem mal de Kirari.

Chegava a ser engraçado para Kirari; enquanto todos achavam que Sayaka era tranquila, tímida e reservada, a Momobami sentia o contrário disso.

Por exemplo, ela daria tudo para ver a expressão na cara de cada um daqueles que desejam sua menininha quando descobrissem o quão suja Sayaka era, só para quebrar a auréola de santa que a Igarashi era vista por muitos - era a única coisa que desejavam em Sayaka: sua pureza. Como demônios atrás de um anjo para corromper.

Mas Sayaka já havia sido corrompida. E havia adorado isso.

Ambas amavam o poder que tinham uma sob a outra. Kirari, por ser a única a ter sua menina e realizar o que sempre quis; Sayaka, por finalmente não ter só a atenção da presidente somente para si como a adoração absoluta que a Momobami tinha por ela.

Quando estavam juntas nada mais importava. Kirari cuidava de sua princesinha e Sayaka adorava sentir seus cuidados.

Como naquele exato momento; a camisa social branca de Kirari era a única peça de roupa que Sayaka usava. Por estar sentada de uma jeito nada convencional, na coxa de Kirari especificamente, Sayaka não podia ver o rosto da Momobami - o que a deixava menos envergonhada, apesar que a situação em que se encontrava era de pura vergonha.

Sayaka se esfregava feito uma gatinha no cio, seu quadril parecia ter ganhado vida própria, ele ia para frente e ia para trás, ia para frente e ia para trás. Apoiou as duas mãos no joelho alheio e acelerou seu rebolado, em busca do próprio prazer. Seus gemidinhos manhosos escapavam naturalmente, o que lhe causava uma certa vergonha. Pôs o antebraço na boca, mordendo-o para se segurar.

Mas a Momobami odiava que sua princesinha esconde-se o fruto do prazer. Kirari poderia gozar somente com aqueles gemidos. Grunhiu com o ato estúpido de Sayaka e retirou o antebraço com ignorância.

- Não ouse! - rosnou em seu ouvido, causando espasmos ainda maiores na menor.

Kirari continuou a ficar sem mover um músculo. O fato de estar vendo de camarote a sua menina rebolar tão faminta em busca de prazer a enlouquecia. Os fluídos melecando sua perna, os gemidinhos burros, o jeito manhoso com que clamava por ela...

Like a Cat.Onde histórias criam vida. Descubra agora