25. Preto

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— Você não tinha o DIREITO de fazer isso! – gritei, correndo pelo corredor para avisar aos outros enquanto Rosa não saía do meu encalço, tentando se justificar pela besteira que fez

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— Você não tinha o DIREITO de fazer isso! – gritei, correndo pelo corredor para avisar aos outros enquanto Rosa não saía do meu encalço, tentando se justificar pela besteira que fez.

Tudo bem, sabia que ele estaria com o Ciano até o fim, mas nunca pensei que se aproveitaria do caos ao nosso redor para agir pelas minhas costas. Aquilo era uma infração grave, ainda mais colocando os tripulantes em risco.

— O Ciano é nosso irmão!

— NÃO! – parei de andar para confrontá-lo. – Ele é meu irmão. E você precisa parar com esse pensamento infantil de que somos uma grande família feliz, porque as coisas mudaram, Rosa. O mundo acabou!

— Ele não é um assassino. Por favor, pense um pouco. Tenta descobrir quem mais poderia ter sido. – Rosa praticamente implorou.

— Eu vi com os meus próprios olhos o Ciano com a faca no peito do Amarelo. Do que mais precisa pra acreditar em mim?

Rosa não respondeu, apenas virou o rosto e me deixou seguir caminho até a navegação, onde a Branco estava.

— Temos um problema. – falei, irritado. – O Rosa libertou o Ciano.

— O quê??? – ela quase soltou um grito. – Céus, o que a gente faz?

— Aqueça os dutos ao máximo e fique de olho nas câmeras. Se o encontrar, acione o alarme.

— Tem certeza? – ela questionou. – Se aquecermos os dutos com ele lá dentro, podemos matá-lo.

— É um risco que temos que correr.

Deixei que Branco fosse em direção às câmeras e corri para procurar meu irmão: ou o Ciano iria atrás do Roxo ou do Preto, para terminar o serviço.

Como meu ex-namorado havia dito da obsessão dele, resolvi apostar no Roxo. Acelerei o passo em direção ao quarto do Roxo, não o encontrando em lugar algum. Depois voltei ao setor principal para buscar na elétrica. Nada!

— Pensa, pensa. – falei, nervoso. – Onde mais o Ciano poderia estar? – lembrei da relação do meu irmão e do Rosa e bati na testa por não ter pensado na Enfermaria antes.

Tentei correr mais rápido, quase deslizando pelo corredor para alcançar logo a Enfermaria. Tive que atravessar o refeitório e seguir caminho como se a vida de alguém dependesse disso — e talvez dependesse.

Parecia que a minha mente estava passando por um surto. A adrenalina atingia todas as minhas veias e me perguntava o que o Ciano poderia fazer caso não o impedisse.

Mas... E se o Rosa estivesse certo? E se meu irmão fosse inocente e eu estivesse sendo injusto? Quem mais seria capaz de fazer tamanha barbaridades?

Tirei aqueles pensamentos da minha cabeça quando digitei a senha da porta e entrei no ambiente mal iluminado. As luzes de lá haviam voltado a piscar, provavelmente isso significava que um dos setores da nave estava sem luz.

Among Us | Gay Fanfic +18Onde histórias criam vida. Descubra agora