|6| Ato que pode mudar tudo

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e olha só ela aparecendo com att

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Não sei que horas são, mas sei que ainda é madrugada, contando pelas poucas horas que dormi. Acordei em um pulo, totalmente assustado com o barulho de um trovão. Uma fortíssima tempestade está caído lá fora, o que faz os vidros das janelas do quarto baterem. Então me sentei na cama tentando regular minha respiração pelo susto. Mas logo me assustei de novo quando ouço batidas na porta.

- Harry, está acordado? - a voz baixinha de meu avô soa por trás da porta, ele provavelmente está sussurrando para não me acordar. Vejo Harry se remexer na cama, e logo ele se senta, olhando para o meu lado e franzindo o cenho por eu estar acordado.

- Estou sim senhor Keith. - ele fala com uma voz grossa e rouca pelo sono, o que me faz arrepiar.

- Oh... Que bom. - olho para a porta e vejo ela ser aberta e meu avô entrar com calmamente, ele me vê sentado na cama e arregala os olhos. - Oh, Louis, eu sinto muito por você ter acordado com o meu barulho.

- O quê? Não... Vovô, eu acordei com o barulho da um trovão, não se preocupe.

- O senhor está bem? Precisa de alguma ajuda? - Harry volta a falar com sua voz rouca.

- É a Milka... Ela entrou em trabalho de parto mas o filhote não está nascendo, eu acho que ele está atravessando. - ele fala com uma voz triste e eu fico assutado no mesmo momento. - Ela está sentindo muita dor... Precisamos ajudá-la.

- Tudo bem. - o cacheado assente se levantando. - Eu vou apenas vestir uma roupa.

- Eu vou descer lá no celeiro com ela, vou lhe esperar lá. E tome cuidado, a tempestade está horrível, há muita lama. - assim que termina tudo o que tem que dizer ele sai pela porta.

Vejo Harry vestir uma skinny preta e logo suas famosas botas, caminhando até o armário para pegar uma jaqueta grande. Aproveito e me levanto rapidamente para me vestir, eu quero ajudar a fazer isso.

- O que você está fazendo? - ele pergunta quando volta já vestindo a jaqueta.

- Eu vou lá com vocês, eu quero ajudar. - falo enquanto estou calçando uma meia,eu não estou nem aí se estou de pijama, pelo menos ele é comprido.

- Não. - ele nega várias vezes. - Você vai ficar aqui. - termina com uma voz autoritária, o que me faz fechar uma carranca.

- Eu não vou ficar aqui! Sem contar que você está machucado. - bato meu pé no chão e vejo ele dar um sorrisinho sarcástico pelo meu ato.

- Eu nem estou sentindo essa merda. Agora me dê licença, e fique aqui! - ele sai do quarto fechando a porta atrás de si.

Se ele acha que eu vou mesmo ficar aqui, ele está muito enganado. Pego o meu celular na mesinha ao lado da cama e vejo que são duas e meia da madrugada. Corro para fora do quarto, sentindo o chão gelando no meu pé, sendo um pouco amortecido pela meia. Chego até a porta da cozinha vendo as botas de borracha de vovó, e agradeço por ser pequeno como ela para suas botas caber em meu pé, as coloco rapidamente. Abro a porta e sinto o vento gelado e molhado em meu rosto. Consigo enxergar que as luzes do celeiro estão acesas, pela claridade que está saindo das janelas e pela pequena fresta da porta. Coloco os braços para tentar cobrir minha cabeça e corro para fora, sinto meu corpo ser encharcado pela chuva, e o vento só piora tudo.

The Round Top • L.S •Onde histórias criam vida. Descubra agora