O Museu

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 Havia um mundo colorido, o mais colorido possível. Um lindo lugar onde tudo tinha um significado e todos possuíam sua própria forma física. Um mundo ideal, onde apenas os sentimentos bons existiam. Mas, em segundos, as coisas mudaram drasticamente.

 O indivíduo estava jogada em meio ao mar de aflições, um lugar onde não dava para se ter qualquer noção ou sensação. Era um lugar indiferente, vazio, mas cheio de vontade.

 O indefeso e frágil corpo estava imóvel e tampouco ela poderia confiar em seus sentidos. A sua consciência era vaga e os pensamentos desapareciam gradativamente ao vento. Tudo o que ela fazia era ficar parada ali, sem saber onde estava.

  - (...)

 Em meio à diversos feixes de luzes - fortes o bastante para fazer ela cerrar os olhos - uma figura meiga e delicada estava parada, em pé.

 A figura era de uma menina de aproximadamente 13 anos. Ela possuía longos cabelos negros, que se estendiam até sua lombar e brilhavam mais do que qualquer estrela. Sua pele era bastante clara e seus olhos vermelhos brilhavam mais que um rubi, deixando a garota bastante atrativa.

 Suas roupas consistiam em um estilo "lolita gótica". Uma blusa vermelha com gola, uma jaqueta negra e em sua cintura uma saia cheia de pequenos detalhes - era uma beleza única. A garota - que aparentava estar confusa - sacudiu a cabeça e escutou os sons do próprio coração inexistente.

 Uma extrema melancolia apertava seu peito, fazendo com que a garota franzisse levemente o rosto e levasse suas mãos até o próprio peito. Tomando força para olhar em volta, ela levantou a cabeça e logo sentiu uma sensação de familiaridade que não podia ser descrita com palavras. E quanto ao seu nome, era Minni. Apenas Minni. Um nome tão lindo, que lhe foi dado por [ele]

 ..........

 Enquanto caminhava pelos imensos corredores iluminados artificialmente pelas lâmpadas, a garota - Minni - observava atentamente ao seu redor.

 Várias pinturas de tamanhos e características diferenciadas, estátuas e armaduras segurando espadas, objetos antigos e artigos escritos por figuras históricas. Aqueles itens apareceram enquanto a garota mudava repetidamente a visão dos objetos ao seu redor.

 Aquela sensação desconfortável que existia no início, agora, havia desaparecido. Mas a estranha sensação familiar ainda estava lá, deixando ela um pouco confusa.

 Por onde andava, Minni acabava deixando um pequeno rastro no chão. Não era aparente a ponto de sujar o local - quilo era quase invisível. Ela achava aquilo estranho, mas seguiu caminhando sem rumo.

 De tanto andar, a garota acabou tendo que tomar uma escolha: Subir as escadas à sua frente ou seguir a direita para a ala de "peças antigas", como dizia a placa na parede.

 Olhando para cima, ela observava o escuro assustador que vinha do segundo andar. Então, ela acabou dando preferência para a ala à direta, que estava totalmente clara.

 Chegando lá, sua visão foi tomada pela grandeza da enorme estátua presente no meio da sala. Com a enorme figura canina, Minni sentiu um súbito frio e sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo. Imóvel, ela encarava a estátua com pavor em seus olhos.

 A figura de 4 patas possuía a aparência de um Beagle e apresentava uma feição amigável enquanto olhava fixamente para frente.

 Instintivamente a garota deu meia-volta e correu na direção de onde veio. No mesmo momento em que começou a correr, Minni escutou um resfolegar desconhecido junto ao enorme estrondo que fez com que as paredes dessem a impressão de que balançavam. Ao olhar para trás, a jovem se deparou com a visão do enorme cachorro correndo em sua direção.

MinniOnde histórias criam vida. Descubra agora