Safe Harbor ⇢ 𝐍𝐨𝐚𝐡 𝐔𝐫𝐫𝐞𝐚

⇢ 𝐓𝐰𝐞𝐧𝐭𝐲-𝐅𝐨𝐮𝐫

Dias depois ...

Estavamos de volta a Califórnia. Durante a semana que estivemos fora, me fez muita falta esse lugar. Senti falta da Any, por mais que as vezes nós discutimos, eu ainda sinto muito falta dela, quando passo um tempo sem vê-la.

Chegamos na cidade ontem a noite. E foi tão cansativo que eu não tive nem energia para olhar a casa que iria ficar por um tempo até arrumar um jeito de me separar de Tristan.

Ontem, eu apenas entrei em cada quarto do andar de cima até achar o que ía ficar, e quando achei, deitei na cama e dormi, sem ter tomado banho ou escovado os dentes.

Hoje o dia está sendo um pouco diferente da minha rotina de quando ainda morava na casa com meu pai e Any. Eu passei a maior parte da manhã olhando cada canto dessa casa, eu estava curiosa e esperançosa de ter um cômodo secreto, para que eu possa ficar sozinha e Tristan não saiba onde estou.

Após observar a casa, tentei conversar com alguns empregados porém eles não queriam conversar, apenas trabalhar. Eles são como uma máquina, não param por nenhum motivo, a não ser na hora de pausa.

Quando me vi sozinha naquele imenso lugar, saí para a sacada, para observar a vista e passar um tempo sentindo o vento forte e o ar livre em mim. Até que encontrei um passarinho que pousou no parapeito e ficou me olhando, ele não parecia que queria sair do parapeito, então eu comecei a conversar com ele.

Falei da minha vida com o passarinho e de início ele estava parado sem reação, contudo eu não sei como decifrar a reação de um pássaro ele parece estar com a mesma feição sempre. De repente enquanto eu falava dos meus problemas ele começou a andar pelo parapeito de um lado para o outro e depois voou me deixando completamente sozinha.

Me apoiei do lado esquerdo do parapeito onde tinha vista para a lateral da casa, foi quando vi que tinha um jardim depois da piscina. Era uma área bem coberta com algumas plantas altas e tinha uma macieira em meio as outras, e só reconheci por ter algumas maçãs.

Imediatamente fiquei curiosa em ir naquele jardim, e assim fiz, fui até o jardim que parecia estar um pouco enlameado no início, acredito que tenha chovido hoje mais cedo, mas não percebi. Cheguei até a macieira e fiquei olhando para os galhos para ver se tinha uma possibilidade de eu conseguir pegar uma maçã.

Lembrei que quando criança eu subia em árvores com Payton e nós ficavamos andando em cima dos galhos, mas apenas dos galhos fortes. Payton sabia bem qual eram as melhores árvores para subirmos.

E agora eu tenho que liberar meu espírito de criança para subir somente   no primeiro e mais baixo galho, para pegar a maçã.

Amarrei meus cabelos e deixei o chinelo no chão e me segurei na árvore. Meu pé provavelmente vai ficar dolorido depois disso, porque está muito rígido e fica furando o meu pé.

Consegui me segurar no primeiro galho e puxei a maçã, em seguida acabei deslizando minha mão do galho e caí em pé no chão. Imediatamente veio uma forte dor no meu pé e eu sentei no chão. Parecia que tinha deslocado, mas meu pé estava bem, não é nada que gelo e massagem não resolva.