My Purple | MASON MOUNT🦋

{Chapter.01}

O motivo ao certo eu não sabia, na verdade, eu não queria acreditar na realidade dura e cruel.
Dois dias se passaram desde que eu e o Phil discutimos seriamente, virámos costas e seguimos caminhos diferentes.
E bem, a minha maneira de ser não me deixou permanecer mais do que meio dia em Manchester depois do ocorrido e decidi hospedar-me num hotel no centro de Londres.

Os meus olhos mal se abriram com o bater de porta do empregado do hotel:
- Bom dia, está aqui o seu pequeno almoço.
-Deixe na entrada. - respondi grossamente.

Se pudesse descrever o meu humor matinal, diria que é incompreendido.

Obriguei-me a mim mesma e levantar da cama e comer algo para finalmente puder sair daquele quarto de hotel.
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Londres é das cidades mais encantadoras que eu conheço, apenas atrás de Munique, onde eu nasci e vivi até aos meus 18 anos.
A minha cidade natal pode se descrever como um conto de fadas em que a beleza está nos lugares mais invulgares.
Desde que me conheço por gente que amo Munique, mas os meus sonhos falaram mais alto e viajei para Manchester a fim de ingressar num colégio inglês.

Hoje, com 22 anos posso me considerar uma mulher concretizada, terminei o meu curso de psicologia.
Não tenho nada decidido na minha vida neste momento, mas tenho a certeza de que pelo menos tenho um futuro em algum sítio deste mundo.

Sai por entre as ruas da cidade londrina e fui ao encontro de uma amiga num café próximo.

- Pensava que te tinhas perdido. - Sarah é como uma irmã na minha vida, somos inseparáveis.
- Não é como se conhecesse a cidade inteira. - brinquei, dando um abraço na garota.

Fizemos os nossos pedidos e ali ficámos por um tempo, à conversa.
- Tens algum plano para os próximos tempos? Quer dizer, agora as coisas mudaram totalmente na tua vida. - fez referência ao término.
- Eu não tinha nada planeado em Manchester, então as coisas não mudaram totalmente nesse sentido. - Mal tinha terminado o meu curso, a verdade é que as coisas ainda estavam um pouco instáveis.
- E quanto ao Phil? Falaste com ele desde aquele dia? - olhou-me curiosa.
- Ligou-me ontem de madrugada, talvez estivesse carente. - acordei de madrugada com o telemóvel a tocar, mas não quis ouvir a voz dele, não naquele momento. - Eu realmente não sei o que ele quer de mim, mas ainda não estou preparada para ouvir a voz dele.
- Eu entendo, mas vão ter que falar em algum momento.
- Eu vou adiar esse momento o máximo possível. - respirei fundo.
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O resto do dia foi calmo até receber um convite de Sarah para sair um pouco naquela noite.
- Vai ser divertido e vais esquecer de vez aquele idiota. - falou do outro lado da chamada.
- Eu não sei, nem estou preparada para sair. - olhei-me de relance no espelho e vi o estado deplorável em que me encontrava, com uma camisola grande que me chegava aos joelhos e o cabelo atado num coque.
- Tens 10 minutos para te arranjares e eu passo por aí para te pegar. - e antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, desligou a chamada.

Ganhei coragem e coloquei um vestido (cor) e uns sapatos simples, levando nos braços a minha mala e um casaco fino.

- Onde é que me vais levar? - perguntei já dentro do carro.
- É surpresa! Um lugar onde vais dançar, beber e deixar a mente esvaziar. - falou sem desviar o olhar da estrada.
- Tanto mistério!
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(...)
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O lugar não era muito longe do meu hotel, um pequeno bar no centro da cidade londrina, já cheio de gente.
Adentrei, seguindo a minha amiga e indo em direção à mesa de bebidas.

- Não bebas muito, sabes que ficas insuportável. - mencionou quando levei o primeiro copo à boca.
- Conheço alguém bem pior. - brinquei.
- Anda dançar. - pegou na minha mão e levou-me até ao centro da pista.

A música invadia a minha mente de uma maneira indescritível, uma sensação que precisava para relaxar.
Dancei e bebi durante longos minutos até decidir sentar numa cadeira próxima.

- Já estás cansada? - perguntou desacreditada com o que via. - Não pareces a Eva que eu conheço.
- A Eva que tu conheces está a começar a ver o mundo às voltas. - a bebida já fazia algum efeito na minha visão.

Permiti-me levantar mais uma vez, mas para ir à casa de banho.
Em meio a passos balançados, fui de encontro ao corpo de alguém.
- Desculpa. - respondi, sem levantar o olhar.
- Não faz mal, a culpa foi minha. - e foi nesse momento que o meu olhar levantou e se deparou com os olhos castanhos mais lindos que alguma vez vi. Um garoto alto, moreno olhava diretamente no fundo dos meus olhos.
O seu olhar hipnotizava e obriguei-me a desviar-me dele, caminhando em direção ao meu destino.
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LONDON
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