My Purple | MASON MOUNT🦋

{Chapter.04}

Eu não estava disposta a começar algo com ninguém, ainda tinha o coração partido.
Era inevitável pensar no Phil e em como as coisas eram boas entre nós.
Talvez Mason não fosse a pessoa certa naquele momento, eu precisava de um bom tempo para mim, não queria ser magoada de novo.

Ao chegar ao meu quarto de hotel, recebi uma chamada dele, Phil Foden, que me deixou em sobressalto.
- Olá Phil. - atendi a chamada.
- Olá Eva. - respirou fundo. - Sei que provavelmente não me queres ouvir neste momento. Mas... - Fez uma longa pausa. - Queria que soubesses que vou estar em Londres daqui a uns dias para a convocatória da seleção inglesa. Se quiseres encontrar-te comigo, estou disponível.
- Bem... - pensei em todas as possibilidades daquela proposta dar errado, mas não fui capaz de resistir. - Tudo bem, quando chegares avisa-me e marcamos algo. - respondi.
De facto, o mais certo era sair mais magoada daquele encontro, mas podia negar e depois me arrepender.
- Como estás? - questionou.
- Não nas melhores circunstâncias, mas bem. - sorri levemente por ouvir novamente a sua voz. Seria mentir se dissesse que aquela voz não me causava arrepios ou que aquele garoto já não tinha um lugar no meu coração. De alguma forma, eu ainda o amava.
- É bom saber que estás bem. É inevitável pensar em ti e em nós de vez em quando. Sabes que ainda és muito importante para mim. - falou.
- Não posso dizer o contrário. Quando vieres falamos melhor. Agora tenho que ir. - disse, evitando deixar cair alguma lágrima naquele momento.
- Ok. Fica bem. - E desliguei a chamada no exato momento.

Lágrimas rolaram pelo meu rosto, não consegui evitar.
Eu ainda o amo e isso é o que mais dói, porque por mais que não tenhamos terminado por algo grave, ele deixou bem claro que as coisas não iriam voltar.
Eu cheguei a essa conclusão da pior maneira, quando dois dias depois de eu ter ido embora, ele ter beijado uma garota.
Caí no fundo do poço nesse dia e prometi a mim mesma que nos próximos tempos, não me irei apaixonar por ninguém, mesmo que esse alguém seja ele.

(...)

- Quem te convidou? - olhei com os olhos semicerrados para Sarah, que esperava do lado de fora do meu quarto.
- Imaginei que irias querer uma visita esta noite. - piscou o olho e adentrou.
- E pelo menos trouxeste bebidas? - brinquei.
- Que tipo de amiga seria eu se não adivinhasse os teus desejos? - procurou rapidamente dois copos e encheu ambos com Gin.
- O Phil ligou-me hoje. - comecei por dizer.
- E o que ele queria? - perguntou, colocando um copo nas minhas mãos.
- Disse que estaria em Londres daqui a uns dias para a seleção e pediu-me para o encontrar.
- E vais aceitar? - arregalou os olhos para mim ao sentir a bebida deslizar pela garganta.
- Não tenho a certeza, mas provavelmente. - bebi um gole. - Acho que deixámos muitas coisas para falar nos últimos tempos.
- Já está na hora de conversaram como dois adultos. - comentou.
- Sabes bem que as coisas não fáceis para nenhum de nós. Talvez o tempo nos faça pensar melhor acerca de tudo. - para mim, o tempo realmente tinha-me ajudado a clarear alguns pensamentos.
- Vendo por aí, sim. - levantou-se e ligou a televisão. - Mas eu não vim aqui para falar do Foden.
- Então vieste aqui para quê? - ri.
- Para te animar. Vamos ver um filme e ter uma noite de miúdas. - respondeu.

Sarah escolheu um filme de comédia para vermos "Girls Night", uma verdadeira coincidência.
- Escolheste este filme de propósito? - brinquei.
- Nunca faço algo por acaso. - piscou o olho.

A noite foi calma, até o álcool subir à cabeça de ambas. Algo não muito difícil de acontecer e relativamente frequente.
- Eva, que horas são? - perguntou, com a voz abafada pela almofada.
- 2 da manhã. - respondi.
- Tenho de me despachar. - falou, debatendo-se contra os lençóis.
- O que tens para fazer a estas horas da madrugada. - olhei para o rosto dela que parecia pensativo.
- Sei lá. - e no segundo seguinte, caiu pesadamente na cama.

Talvez eu estivesse menos bêbada do que ela, o suficiente para a ajeitar debaixo dos lençóis e adormecer momentos depois.

(...)

2 da tarde, a hora precisa em que ambas acordámos, com uma forte dor de cabeça.
- Eva? Nós dormimos juntas? - olhou para baixo e observou os nossos corpos quase nus.
- Que eu saiba não! - rimos.
- Acho melhor irmos comer algo. - disse.

Vestimos e saímos do hotel, até um pequeno restaurante próximo.

- Eu posso jurar que vejo duas Evas à minha frente. - apontou na minha direção e riu.
- Talvez precises de óculos. - ri.
- Não podemos repetir estas noites muitas vezes. - levou a mão à cabeça, sentindo a dor.
- Tu exageras mais do que eu, depois ficas nesse estado.
- Tu nem me impediste. - falou. - Para além de que também bebeste imenso.
- Mas pelos vistos, tu aguentas menos.
- Não me chames de fraca. - semicerrou os olhos na minha direção.
- Nunca disse fraca, só menos resistente. - ri e a garota atirou um guardanapo na minha direção.
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LONDON
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