My savior (Shinkami/Kamishin)

• 7 • "achei que ia ficar tudo bem"

Pqp que demora, Né?!
Autore está se sentindo um lixo :D
Eu tô dormindo o dia todo, não tô conseguindo ser produtivo, a única coisa que tá bem é minhas aulas que graças a deus eu amo todos os professores e matérias e consigo me concentrar e aprender, mesmo que eu seja lerda.
Tô tão ruim que nem meus pronomes eu consigo decidir :-:
Pelo menos meus pais não tão brigando, olha :)

Eu que desenhei a capa :3

Então lá vamos nós...

/!/ TWs /!/
• Violência
• ofensas
• family issues (problemas familiares)
• homofobia
• sangue e machucados

( Começa em [!] Termina em /!/)
( Sobre sangue e ferimentos, eles aparecem até o final, mas não é nada muito pesado então o aviso acaba antes deles.)

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Andar por um caminho escuro, sabendo seu destino mas sem saber o que te espera lá, era o sentimento que Kaminari tinha nesse momento, não estava muito longe de casa e sabia que seus pais já estavam lá.

Por um lado parecia só um drama, "Porra Denki, seu problema nem é um problema de verdade, tem gente muito pior que você agora, para com essa merda." era isso que Kaminari repetia em sua cabeça até chegar em casa.

Como sabia que provavelmente aconteceria uma briga? Simples, o trabalho do seu pai e os remédios da sua mãe. Pessoalmente nunca entendeu porque essa combinação resultava em brigas, hematomas, e cicatrizes.

O caminho de menos de 10 minutos pareceu durar horas, não entendia o motivo das lágrimas já começarem a se formar nos cantos de seus olhos sendo que nada havia acontecido. Se contado no relógio, não demorou muito até chegar na frente de sua casa - mesmo que na sua percepção havia sido uma eternidade.

Já da porta se ouvia uma voz feminina e uma masculina discutindo, a feminina parecia desesperada e irritada, enquanto a outra estava brava e tentando mostrar algum tipo de dominância na discussão. Denki ficou segundos parados na porta, queria entrar, queria sair correndo dali e apenas esperar mais um pouco, ou apenas ficar junto de alguém que ouvisse tudo que falava sem se opor e nem discutir sobre nada.

Não havia muitas escolhas naquela situação, abriu a porta lentamente achando que o barulho atrairia a atenção dos dois adultos que estavam na sala de estar, mas isso não aconteceu, era quase como se sua presença fosse inexistente. Os gritos ficaram mais altos assim que entrou, era uma discussão em que Denki entendia as palavras mas nada fazia sentido.

Fechou a porta atrás de si e abaixou o olhar evitando o rosto dos pais - já que não era possível fechar os olhos para andar até seu quarto - com a visão baixa, via sua mãe segurando uma garrafa de vinho e seu pai com o celular na mão. Ignorou completamente, a porta de seu quarto fechada e os fones de ouvido resolveriam tudo. Tentou passar pelo canto da sala para entrar no corredor e enfim chegar ao seu quarto, mas o grito ainda mais alto da mulher loira fez com Denki parasse na entrada do corredor.

[!]

— Você acha que eu queria a merda de um filho pra me matar aos poucos?!

Era como se as palavras fossem balas e a pessoa que as profere fosse a arma, diferentes armas, diferentes balas e diferentes ferimentos. Aquela arma especificamente era a que mais doía quando disparava.

— seu primeiro problema não era eu? Agora seu filho também?! — Dessa vez o homem perguntou, não levantava a voz a ponto de gritar, mas aquela entonação era pior que os gritos que a mulher dava.

— ohh agora vai se fazer de santo? — dava de se perceber o quanto a mulher estava alterada pelo seu tom de voz e a provocação usada na hora errada, a garrafa de vinho era o que ela provavelmente estava bebendo antes — eu lembro o quanto você odiou quando eu falei que essa peste ia nascer.