A porta continuaria a ser esmurrada, até que a mesma caiu sobre o chão levantado uma pequena nuvem de poeira.
Da poeira, daria para ver duas silhuetas com alguma espécie de armadura, e talvez uma lança na mão de cada um.
Saíram da nuvem de poeira exatamente dois homens, daria para perceber que eram guardas reais provavelmente daquele reino.
A belíssima moça saltou para trás de mim, ela parecia apavorada, me senti no dever de protegê-la daqueles homens que pareciam maus.
Rapidamente peguei minha bainha que estava encima do banco rústico, me levantei rapidamente e puxei minha espada, colocando ela à frente, em posição de combate.
"Não posso deixar esses homens tocarem em um único fio de cabelo dela." Pensei, enquanto olhava fixamente para qualquer movimento brusco que a ameaça fizesse.
— Saia da nossa frente que tudo será mais fácil. — disse um dos guardas com um tom ameaçador, dando um passo a frente.
— O que vocês querem com ela?! — confrontei, dando um passo atrás, fazendo sinal para Bryana se afastar.
— Você não vai precisar saber se estiver morto. — disse o guarda real que estava mais atrás, dando um grito no final da sua frase, em uma tentativa de investida para cima de mim, tentando me atacar com a lança.
Me esquivei para o meu lado e o guarda passou direto, logo o outro em um instinto rápido, tentou perfurar diretamente meu peito com a lança.
Antes que pudesse me acertar, no reflexo consegui colocar a espada à frente da ponta da lança, fazendo a mesma quebrar ao meio.
O homem com armadura real atrás de mim tentou me atacar pelas costas, mas consegui desviar por pouco da sua lâmina, pegando de raspão em meu quadril, rasgando um pouco da minha pele.
Com um movimento rápido, levei minha espada para baixo batendo em sua arma, fazendo a mesma cair ao chão.
Por um momento de distração, o guarda real que sua lança havia sido quebrada pela minha lâmina, me capturou por trás me dando uma chave de braço.
O outro porém, vendo que não conseguiria me defender, começou a dar várias sequências de socos em meu estômago.
A minha visão começou a ficar embaçada, e eu fui perdendo a consciência, quando escuto um barulho bem alto.
Quando abri meus olhos, o guarda que estava em minha frente, estava desacordado com vários pedaços de um vaso de barro quebrado no chão, e logo atrás Bryana com um semblante assustado.
Juntei toda a minha força que restava e dei uma cotovelada em cheio no homem que me segurava por trás, bem no meio de uma das suas costelas, com a dor, ele acabou me soltando.
Logo me virando rapidamente para o mesmo, acertando um golpe em cheio da sua mandíbula, fazendo-o cair inconsistente.
— Você está bem? — corri até a bela moça que estava com as suas mãos sobre a cabeça.
— Sim... Sim... Eu estou. — respondeu com uma voz trêmula, certamente estava assustada com a situação que havia acabado de acontecer.
— Precisamos... levar a... princesa... — disse o guarda real enquanto se rastejava até a bela moça à minha frente.
Bryana logo pegou uma tigela de barro e novamente acertou a cabeça do homem, fazendo o mesmo desmaiar de vez.
Arregalei meus olhos pela coragem da mulher de cabelos castanhos claros, mas logo me lembrei da última frase do guerreiro real que nos atacou.
— Espera, ele falou "pricesa"? — perguntei esperando sua boa justificativa.
— Hm?
— Ele disse...
— Nós temos que fugir daqui antes que eles nos achem! — interrompeu minha frase, fazendo um rosto de preocupação.
Ela se aproximou de mim e pegou a minha mão, e olhou para mim com seus olhos castanhos claros, doces e meigos.
Não consegui resistir, fechei meus olhos e balancei minha cabeça concordando, sem pensar duas vezes.
Abri meus olhos e me afastei um pouco da belíssima dama, logo pegando as partes de cima da minha vestimenta, que haviam caído no chão pela luta.
Tudo aquilo ainda era confuso para um simples guerreiro como eu, dois guardas reais entraram em uma casa pobre para procurar uma princesa?
Mal sabia o que dizer, ou o que perguntar, apenas decidi agir, que as respotas viriam junto com o destino.
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Amoras, Vermelhas Como Sangue
RomansaEssa fanfic é destinada para a pessoa que amo, e continuaria amando mesmo que se nos conhecêssemos na era medieval. Que é o tempo dessa história, onde é contada sobre a vida de um cavaleiro solitário, único sobrevivente de um ataque que houve em sua...