One Night Stand - Supercorp (G!p)

Cacos

NOTAS DO AUTOR

Voltei, trazendo mais um capítulo.

Espero que gostem e boa leitura!

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Logo após Lena sair, a loira pode sentir seu coração bater ainda mais forte. Guarda compartilhada em nenhum momento ela havia pensado naquilo, e agora sua cabeça dava voltas e voltas, não conseguia pensar em ficar longe de seu bebê que ainda nem havia nascido, era até demais pensar, mas não haveria outra solução. Pais separados faziam assim quando se tinha filhos e ela e Lena não estavam juntas, por ela ser covarde demais para se deixar estar em um relacionamento. O medo de se sair machucada era maior, mas ela já havia saído machucada dela. O que a fez ter a certeza de que ela e Lena não ficariam juntas.

Era inevitável, mundos diferentes, pensamentos diferentes, modos de agir diferentes a última coisa que a loira queria era se achar no direito de dizer como alguém deveria ou não deveria agir e ela já havia aceitado que Lena agia de outra forma, os livros que eram para ser lidos e não foram, o cigarro, as discordâncias e os desentendimentos. Se já estavam assim no começo era porque não dariam certo, mas o seu coração insistia em querer teimar consigo sobre isso e essa divisão entre usar o cérebro ou seu coração a deixava um completo caco emocionalmente e mentalmente.

Teria que aprender a lidar com o fato de não estar mais junta de Lena, de ter terminado tudo e de ser uma completa covarde com seus sentimentos. Teria que aprender a lidar que nem sempre sua filha estaria consigo mais sim com a outra mãe e que isso poderia ser facilmente resolvido se ela não tivesse medo dos próprios sentimentos que tem por Lena e a sua lógica irracional de que não dariam certo juntas.

Como Kara poderia imaginar que ir aquela balada com sua irmã acabaria transformando sua vida em uma completa bagunça onde ela não conseguiria ter controle dos próprios sentimentos, medos e forma de agir. Não era por impulso, mas sim o que ela achava ser o certo para evitar decepções mais lá na frente e ela teria que aguentar o peso dessa decisão.

Dizer que a loira havia dormido aquela noite seria uma completa e verdadeira mentira, porque o barulho que a sua cabeça fazia era ensurdecedor, os últimos momentos se repetiam e repetiam em sua cabeça desde ela colocando um ponto final em seu relacionamento com Lena até saber que dividiria a guarda de sua filha, ela sabia que era o certo só que seu coração de mãe não se via longe por um segundo do bebê que crescia dentro de seu útero e esse mesmo bebê que era o outro motivo por estar acordada, porque foi naquela mesma noite que a menina resolveu dar uma festa da barriga de Kara e chutes eram dados por todos os lados de sua barriga, era desconfortável e poderia ser considerado até uma punição por ter terminado tudo com a outra mãe dela. Era como Kara pensava com certeza a sua neném sentia a burrada que sua mãe havia feito e agora a estava punindo.

A manhã seguinte veio e como era de se esperar a campainha da loira tocou e assim que abriu a porta e deu de cara com sua mãe e com o abraço que tanto precisava ela desmoronou nos braços da mãe, porque tinha que ser tão complicada e covarde como era só fazia mais mal para si e sua mãe sabia disso.

Aquela tarde com dona Eliza havia se passado como um sopro, Kara conversou com a mãe e explicou tudo o que havia acontecido, recebendo uma bronca de sua mãe por ainda ter aquele peso pelo fato da morte de seu pai sobre si. Jeremiah não iria querer que ela ficasse presa a isso e ali estava ela, ainda sem superar a perda do pai.

- Se você gosta dela e ela gosta de você, vocês deveriam tentar mais uma vez meu amor. - Eliza dizia agora fazendo carinho nos cabelos da filha.

- Nós tentamos mãe mas eu .. não vai dar certo. - Kara dizia, sendo embalada pelo carinho que a mãe fazia em seu cabelo.

- Kara, quando duas pessoas se gostam e querem estar juntas, por mais que haja problemas que podem ser resolvidos e entendidos quando não se falta respeito, amor e carinho, elas podem fazer dar certo. - Eliza disse tentando trazer a voz da razão para a loira.