Me senti humilhada!

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(...) Casa dos Min's (...)

Mais um dia estou eu acordando na força do ódio por ter que trabalhar em pleno feriado. Atrasada como a todos os dias acorda me jogando pra fora da cama correndo desesperadamente até meu minúsculo banheiro que ficava ao lado do meu quarto. Me olhei por.im breve momento e notei olheiras fundas nos meus olhos e respirei desanimada e logo me despi liguei o chuveiro e entrei sobre a água gelada. Sim! Como eu gosto de sempre tomar banho quente....Sou campeã em queimar resistências e ainda é começo de mês e eu não tenho direito pra comprar outra.
- Guinho eu já estou saindo, tem almoço na geladeira e vou chegar um pouco mais tarde hoje! – Como sempre minha vida era muito corrida e chegar no trabalho cedo era uma das minhas prioridades. Meu chefe não era muito flexível com os horários e se eu chegasse um minuto atrasada já recebia meu salário pela metade.
Peguei minha mochila coloquei de qualquer jeito nas costas e sai fechando a porta. Corri pelos corredores do apartamento caindo aos pedaços. Era o único lugar que meu dinheiro dava pra sustentar ou era ali naquele muquifo ou era na rua.
(...) alguns minutos depois(...)
-Chefe cheguei! – Após correr quase o quarteirão todo pra pegar o ônibus que só passava aquele horário cheguei ao meu destino. Ainda respirando pesado apoiei minhas mãos no joelho olhei rapidamente para o relógio e percebi que tinha passado alguns minutos.
- Quantas vezes vou ter que pedir pra não se atrasar sua vádia?
-Me desculpa eu prometo não...
- Cala a boca e vai colocar logo a sua roupa que os clientes estão chegando logo cedo. – Mark era a pior pessoa que existia nesse mundo. Um ser humano arrogante egocêntrico só por que era dono da boate mais famosa da cidade de Seul.
Engoli o choro que queria pular pela minha garganta, sequei uma lagrima que escorreu no canto do meu rosto com a manga da minha blusa, desviei do seu olhar julgador sem o responder e fui ate o meu vestuário tomei um banho rápido e vesti minha roupa de guerra( pra não dizer que aquilo era roupa de puta).
A muito tempo estava procurando um emprego pra poder pagar as contas de casa e conseguir me manter na faculdade mas não encontrava nada e sempre me diziam “Não “. A única sai da foi procurar pela boate e por incrível que pareça consegui de primeira, não julgo mas daria tudo pra estar em outro lugar. Não me prostituia pois meu trabalho era só ser uma bartennder “gostosa" e está aí uma coisa “menos pior"
Não sou do estilo de mulher sexy que tem um corpo marcante. Me sinto uma garota comum com um corpo comum nada que eu possa enchergar em mim algo inusitado. Não me sinto feia, nem bonita...Tá já deu pra entender né?
(...)
Como era quinto dia útil a boate estava cheia logo cedo, algumas pessoas bem vestidas a maioria eram homens e eu e minha colega de trabalho e melhor amiga Suly já estávamos a postos só esperando os pedidos.
-Prontinho!- Disse me virando com a bebida pronta entregando-a a um rapaz a minha frente que tinha um sorriso curto.- E aqui está seu troco .- Disse esticando minha mão pra lhe entregar o restante do dinheiro. O homem deixou por um instante a bebida em cima da bancada pegou em minha mão que ainda estava esticada em sua direção.
- Pode ficar com o troco, boneca!
-Mas a nota que o senhor me deu foi muito alta.-Disse com meus olhos arregalados de surpresa com a situação.
-Sim! E da onde veio essa tem muito mais. Deseja me acompanhar, boneca? – O homem a hora estava um olhar perverso analisando todo meu colo paralisando seu olhar sobre meus seios um pouco espostos pela blusa apertada e curta.
-Caí fora o velhote! – Disse tacando o restante do dinheiro em sua cara quando ele vacilou em tentar beijar meu pescoço.
(...)
-Hey que cara é essa?
Suly me surpreende ficando com seu braço encostado na bancada enquanto assistia o que eu fazia com cuidado.
-Nada Suly...Só cansada! – respondi terminando de fazer um wiski duplo.- Aqui está senhor!
- Você está diferente hoje...Parece...
- -Heeey a psicóloga aqui sou eu – ela riu e me deu um copo com Gin- Vou beber isso pra me animar. – Peguei o copo da mão dela e virei de uma vez.- Só estou com um pressentimento ruim. – Sorrir amarelo.
- Seu irmão está bem?- Suly era minha melhor amiga a pessoa que sabe mais de mim do que eu mesma. A pessoa que consolava as minhas dores e me ajudava a não transparecer para o meu irmão.
Abaixei a cabeça tentando esconder minha tristeza mas antes que eu pudesse a responder sinto uma presença a minha frente me fazendo olhar pra cima de tão alto que esse rapaz era.
-Boa noite! – Me engasguei com o resto da bebida na minha garganta quando notei o homem da porra que estava na minha frente.
- B-boa N-noite! Seja muito bem vindo... Em que posso te ajudar? – Perguntei gentilmente após fazer uma breve reverencia e o homem me olhou de baixo pra cima lambeu seu lábio inferior e sorriu de canto.
Outro tarado não é possível...
-Podemos deixar as formalidades pra depois? – Respondeu se encostando na bancada.- Pode me acompanhar? Adoraria saber o que essa boquinha faz.
Após ouvir da sua boca tais frases ainda com meus olhos estáticos dei um breve sorriso de lado olhei pra baixo respirei fundo e falei.
-Se você não percebeu aqui – Acenei para a placa logo atrás de mim.- É um bar e eu – Apontei o mesmo dedo pra mim.- Sou uma bartennder e não uma puta então por favor você quer alguma bebida? Caso a resposta for não, faz o favor de “ralar peito”.
-Ralar peito? Que diabos de expressão é essa?
- Não entendeu ainda o ameba coreana? – Disse batendo minha mão na testa junto com um murmúrio “Deer".- Vou traduzir! Vaza, sai fora, caia fora, bye bye, Saionara, so long, até nunca mais.
- Olha aqui sua insolente...
-O que está acontecendo aqui? – Um outro homem pouco mais sério e misterio em seu olhar aparece e o canalha parece ficar desconfortável. – Taehyung me trouxe nessa espelunca pra me deixar sozinho e transar com qualquer puta desse lugar? – Meu sangue subiu quandoo vi apontando seu dedo pra mim.
Qual o problema desses homens hoje? Até quando terei que aguentar esse tipo de coisas? A verdade é que estou cansada de ser tratada como uma vagabunda sendo que estou apenas fazendo meu trabalho. Já basta!
-Heeey qual o problema de vocês? – Gritei e os dois me olharam surpresos. – Os dois vão se fuder... Exijo respeito e eu não sou nenhuma puta. Apenas estou fazendo o meu trabalho e não tolero ninguém me desrespeitar desse jeito.
-Minha jovem como você quer ser respeitada trabalhando em um puteiro? Quer ser respeitada? Mude de emprego e...
Antes que o misterioso continuasse seus insultos o outro segurava em seu braço o puxando pra trás enquanto ele mantinha seu dedo apontado pra mim. Claro que não perdi minha postura que continuei o olhando com deboche enquanto ele me metralhava com suas palavras.
-Kookie deixa a garota e vamos embora daqui e com certeza não coloco mais meus pés nesse muquifo.- Os dois saíram friamente de perto do bar mais pra minha surpresa não foram embora da boate... Confesso que foi um alívio!
Se o Mark descobre que acabei de maltratar dois clientes estou perdida. Virei me após os dois embustes saíram e peguei dois copos em cima da bancada os joguei na pia liguei a torneira e comecei a lava—los.
Deixei cair um dos copos no chão após ouvir gritos vindo da sala do Mark.
-Você está louca? – Mark desceu as escadas aos gritos.- S/n por acaso você perdeu o juízo? Esta bêbada? – Mark cheirou minha boca após vhegaf perto de mim.- Aquele homem é o CEO Jeon Jungkook e seu sócio Kim Taehyung. Os homens mais poderosos da Coreia e como você ousa os tratalos daquela maneira?
- Mark eu posso explicar!
- Cala a boca!!! – Gritou e me prenssou na parede olhei em volta e vi que quase todos estavam nos olhando.- É bom que você vá pedir desculpas ou está demitida!
Ele estava me prensando na parede com muita força. Conseguia sentir seu alito de Wyski no meu rosto. Meu coração parecia estar querendo pular pra fora de tanto medo. Mark era rude e muito agressivo, ele nunca tinha me tratado daquela forma pois eu só via ele tratando as outras empregadas dessa maneira e agora estava sendo comigo.
Seus braços apertavam meu braço enquanto seus dentes de seguravam enquanto ele me insultava com tantas palavras baixas e eu apenas abaixei a cabeça sentindo a dor que corria pelo meu braço enquanto ele praguejava e me apertava.
-Mark eles faltaram com respeito por mim. – Tentei explicar criando uma grande coragem de o responder.
-FODASSE! Eu te pago pra isso e independente do que eles quiserem você terá que fazer.
-Mark eu...
Com sua destra ele puxa meus cabelos pela nuca me fazendo olhar em seus olhos.
-Pesça desculpas ou estara demitida.-Disse quase sussurrando em meu ouvido.
(...)
Com certeza aquela estava sendo a minha pior noite meu peito estava doendo e minha garganta tinha um nó imenso. Minha vontade era de chorar e quebrar tudo o que estava ali dentro, porém o balde da realidade caia sempre na minha cabeça de que eu precisava daquele emprego. Preciso trabalhar pra pagar os remédios do meu irmão e as contas de casa, eu teria que ser forte pois tudo aquilo um dia irá passar.
Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo respirei ajeitei minha roupa respirei fundo varias vezes e fui até a mesa onde estavam os filhos da puta.
Sim! Bando de filhos da Puta.
-Boa noite...Bom Eu queria...- Tentei falar olhando para as minhas mãos.
Merda! Estou tremendo e meus olhos estão queimando.
-Caí fora! – Disse o misterioso sem ao menos me olhar.
-Se perdeu o emprego o problema é seu!- Disse o outro safado apontando seu copo após falar.
Por um momento os olhei com tanto ódio que minha vontade de quebrar aquele copo na cabeça dele.
Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa uma outra voz surge.
-Hey pessoal? Que falta de educação é essa? Taaehyung? – Um homem loiro que estava com eles parecia ter ficado indignado com a situação. Ele era o mais simpático e parecia ser uma pessoa legal. Ele se levantou me cumprimentou gentilmente. – Meu nome é Park Jimin.
Ele se levantou fez uma breve revencia e de sentou. -Sorri após ouvir seu nome e correspondi com a revencia e continuei
-O-oi então eu vim me desculpar pelo o ocorrido mais cedo. Não fui nem um pouco profissional e ofendi vocês- Nesse momento minha garganta fechou e meus olhos arderam “Que humilhação”.-Desculpa!
-Esta tudo bem! Não se preocupe vou ensinar esses dois a terem mais modos.- Falou Jimin e os dois o olharam perplexos.
-Ji-jimim!?
-Tae cala a sua boca. Você sabe que eu odeio quando fala desse jeito com as pessoas. -Jimkm realmente parecia bravo e envergonhado pela ação dos amigos pois sempre os olhavam com reprovação. – E Kokkie eu sabia que você estava estressado mas não precisava agir dessa maneira cima jovem ela está apenas fazendo o trabalho dela. Por acaso os dois pararam pra pensar no que ela deve ouvir nesse lugar?
-Se ela não gostasse Jimim ela não estaria trabalhando aqui e...
-Cala a boca Tae! Se ela trabalha aqui é porque ela precisa e...
- Vai começar os sermões.-Disse o tal “Kookie” desanimado jogando seu corpo pra trás enquanto passava as mãos no rosto e então sei olhar fulminando caiu em cima de mim.- Olha garota já falou tudo que tinha pra falar?
-S-sim... – Respondi olhando para as minhas mãos.
- Agora vai embora! – Ele Disse fazendo gestos com as mãos.
-Muito obrigada por vim aqui isso foi muito gentil da sua parte. Eu te desejo um bom trabalho! – Jimin era tão doce e suas palavras eram sinceras dava pra sentir. A vontade que tinha era de falar” Você é raro demais pra andar com esses cretinos”.
-Obrigada! -Fiz uma longa reverência ganhando em troca um sorriso de sua parte.
-Te perdoo e meu nome é Kim Taehyung – Eu queria ter falado “FODASSE” mas apenas sorri e sai indo em direção ao meu posto.
(...) Horas depois(...)
-S/n Você está bem? -Suly correu até mim.
-Para de perguntar toda hora se estou bem. – Respondi colocando minha roupa de guerra na mochila. Posicionei nas minhas costas respirei fundo abracei forte Suly. -Estou ótima!
Claro! Que eu não estava bem me sentia tão humilhada.
Antes dela responder sai correndo pra conseguir pegar o ônibus de volta pra casa já passava das três da manhã e eu precisava estar no meu outro emprego as 12 hrs.
Por sorte consegui pegar meu salário inteiro , Mark esqueceu totalmente do ocorrido depois da gorjeta gorda que os rapazes deixaram e pra ajudar Park Jimin deixou um elogio pra mim. “Que fofo".
-Heeey moço! – Gritei quando vi meu ônibus passando e eu ainda não tinha atravessado a rua.- Espera! -Sai correndo porém parei rapidamente com um susto.
#Buzina de carro#
-Quer me matar seu filho da puta? – Gritei quando o carro parou em cima de mim.- A não! Perdi meu ônibus. Culpa sua seu babaca!- Gritei e chutei a roda do carro várias vezes o gaguejando derramando todo.meu estresse naquela roda inútil.
-Me desculpa moça mas você atravessou a rua sem olhar...Oxe Você não é a...
-Park Jimin? – Respondi quando reconheci o loiro gentil e parei imediatamente de chutar seu carro o olhando sem graça.
-Você está bem?- Perguntou preocupado e olhei rapidamente pra o banco de trás do carro onde estavam os dois babaca bêbados com cara de cu.
- Sim só perdi meu ônibus- respirei desanimada.- Desculpa pelos insultos e...
-Não teve um dia bom né? – Perguntou encostando no parachoque do carro com as mãos no bolso.
-É acho que estou de tpm- Disse coçando minha nuca.
Ele sorriu leve jogando seu corpo pra baixo e voltou seu olhar pra mim.
-Onde você mora? Eu te levo em casa!- Jimin se direcionou até o lado do passageiro e abriu a porta do carro.
- Nem me pegando eu entro nesse carro, muito obrigada!
-Mas apenas estou querendo te ajudar.
- Olha eu sei mas não te conheço o suficiente pra entrar no seu carro. Me desculpa mas no mundo que vivemos hoje em dia não se pode confiar tão rápido em alguém assim.
-Compreendo muito bem. – Ele fechou os olhos colocou sua destra no peito.- Me perdoe pela indelicadeza.
-Senhor Park preciso ir. - Me despedi e continuei andando até chegar no ponto de ônibus.
Jimin deu tchau com a mão -correspondi ageitando minha mochila nas costas e fiquei olhando ele voltar pra o carro e deu partida. Ele fez a manobra passando ao lado do ponto Onde eu estava e pude ver os dois babacas discutindo algo dentro do carro. O tal do “Kookie” ao passar por mim me lançou um olhar frio antes de subir o vidro do carro.
“Canalha”
Esperei por mais de uma hora pra pegar outro ônibus.
Cheguei em casa era quase cinco horas da manhã Yoongi estava dormindo no sofá com a televisão ligada. Olhei na geladeira pra me certificar de que ele tinha comido e sorrir satisfeita quando vi os potes vazios.
- Eu te amo! – Beijei sua testa e o cobri com a cobertor. Corri até o banheiro liguei o chuveiro no máximo me ajoelhei na porta e tentei abafar meu choro com minhas mãos.
Isso vai passar...Não estou chorando de tristeza...Eu só preciso chorar é tudo que eu preciso...Chorar alivia a alma e faz bem!
(...)Fim do Capítulo(...)

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⏰ Última atualização: Sep 03, 2021 ⏰

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