Prólogo...

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"Admita, nem sempre a vida faz sentido, mas se o fizesse, não seria de fato a vida!" (ANNA SOUSA)

Não era como se quisesse sofrer, a felicidade apenas parecia sempre fugir de Teresa, desde a infância tudo o que mais experimentou foi decepções, momentos de alegria? De fato houve, sua querida mãezinha havia sido todos eles...

Desde o nascimento sempre foram as duas, um pouco solitário, é fato, mas era um mundo onde uma tinha a outra. Franco, o pai.... As abandonou ainda na gestação. um homem sem caráter, mentiroso, sonso, fingido e enganador. Após alguns anos do nascimento vez ou outra resolvia aparecer transbordante de promessas, na qual, certamente não cumpria, nem uma sequer e ia embora silencioso, sem deixar rastros.

Dificil de suportar? As vezes o era e muito. Humilhações familiares, vizinhas, escola então! Era a treva... Dor, atrás de dor, mas essa nem foi a pior parte... A grande interrogação é... Por que pessoas vivem história mais interessantes do que outras? Teresa nunca compreendeu sua vida, sua dor, a si mesma, como esperar que um dia seria feliz consigo, com a vida e com o mundo? Estava cansada, com raiva e muita tristeza, a ponto de desejar nunca ter nascido. Pois bem caro leitor esta sou eu, alguém incompreendida por todos e por si, alguém que se culpa mesmo sem estar errada. Alguém que muitas vezes deseja jamais ter nascido. Este alguém sou eu Teresa Sousa de Andrade.....Numa vida sem graça... O que de bom afinal poderia acontecer? Se tiver a resposta, adoraria ouvi-la. Chato, chato, chato, nesse momento, se acaso não desistir da leitura por esse prólogo... convenhamos, um tanto patético. Conhecerá uma história, a minha história, talvez se identifique, se questione ou simplesmente deteste, mas é particular de cada um. Todavia não posso ser egoísta ao ponto de não compartilhar com o mundo as dores de uma mulher solitária, não tão solitária assim.

A mulher para de escrever por um instante relendo o texto a sua frente, ainda insegura se de fato compartilharia com as pessoas a história de sua vida, quando de repente...

— Amor, Vamos para a cama. — Uma voz rouca e sonolenta lhe chama a atenção.

Ela observa a linda figura máscula de pé em frente a porta de seu escritório.

— Só um instante e já vou.

O homem entra e segura a mão dela, enquanto a mesma percebe que já era madrugada.

— Ah por favor, amanhã você escreve mais, eu amo suas histórias sabe disso, mas não consigo dormir bem sem o seu calor ao meu lado, sem sentir o seu cheiro, sem você... — Ele a levantou e a abraçou cheirando o seu pescoço na tentativa de a convencer.

— Ta certo! O que não faço por você! Só vou salvar o arquivo e desligar o Pc.

Assim que o fez ele a carregou até a cama e a abraçou apertado até cair no sono.

A mulher porém não conseguia dormir, não por conta do frio congelante, mas porque sua mente não parava de trabalhar... Ideias e mais ideias, Não é todo dia que se escreve uma narrativa baseada na sua própria vida, afinal.

O relógio  na cômoda ao lado da cama marca 4:15hrs da manhã, olhou atentamente seu marido que dormia linda e profundamente.

O acordo para fazermos amor ou vou para o escritório escrever?

Sexo ou escrever? Ah que dificil!

Após um conflito interno chegou a conclusão.

Amo fazer amor, mas, minha mente está me enlouquecendo...

Beijou levemente o marido e se retirou da cama de fininho para não o despertar, ao chegar no corredor correu depressa, entrou em seu escritório biblioteca, cantinho mágico como costuma chamar liga o computador e procura o arquivo " Dores de uma mulher solitária, Nem tanto assim" E pôs-se a escrever.

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⏰ Última atualização: Feb 19, 2023 ⏰

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Dores de uma Mulher solitária, Nem tanto assimOnde histórias criam vida. Descubra agora