Capítulo 51

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Noah Roberts

Odiava a forma como Maia me fazia sentir.

O amor que sinto por ela torna-me fraco e às vezes irracional.

E como se não bastasse, cada vez que eu fecho meus olhos tudo que eu vejo é ela.

Eu sei que quando souber que na verdade sou um agente da polícia não vai querer me ver nem pintado de ouro.

Levanto minha cabeça do colo da minha mãe e pego meu telemóvel que vibrara.

—  " Sinto a sua falta".

—  Hmmm... _ sento e minha mãe olha para mim.

— É ela?

— É... o quê eu faço?

— Afasta-te dela.

— Não consigo, mãe. Eu amo-o.

— Está bem e agora? O que quer fazer?

— Quero que ela seja minha._ ela suspira. — Eu sei que não aprova isso, mas eu não consigo ignorar o que sinto.

— Eu te entendo, filho. Só me preocupo com você. Vai custar-te caro, o marido dela vai matar-te.

— Estou disposto a tudo para tê-la comigo.

— E quando ela souber que você não é o que diz ser?

— Não vai querer me ver nem pintado de ouro.

—  Por que não lhe conta agora?

—  Ela aceitou colaborar com a Polícia e se eu lhe disser agora, não sei se ainda continuará com a ideia ou se contará ao marido.

—  Com tantas mulheres no mundo foste logo amar a errada...

— É a certa... Só que em momento errado.

Ficámos os dois em silêncio a olhar para a TV.

Será uma catástrofe, uma grande catástrofe.

( ... )

Quando digo que o meu amor pela Maia torna-me cego e irracional é disso que eu falo.

2h da manhã e aqui, parado no corredor do hospital pensando se é uma boa ideia eu estar aqui.

Eu poderia muito bem estar em casa a dormir ou a trabalhar no caso contra o De Luca, mas estou aqui porque ela pediu-me que eu viesse.

Não conseguia dormir e então como um desesperado levantei e vim dirigindo até aqui.

Abro a porta e vejo a mulher deitada na cama que sorri igual uma criança quando vê doces ou sei lá.

Fecho a porta e caminho até ela.

— Você sabe que não podemos nos arriscar dessa forma.

— Não vai me beijar?

Tiro minhas mãos do bolso, seguro seu rosto lentamente e a beijo.

Apeteceu-me avançar mas recuo.

Afasto-me e sento. Seguro a sua mão e vejo o seu anel de casada, era um anel de diamante.

—  É verdadeiro?

— É.

Olho para ela indignado.

— Mas vocês cagam dinheiro ou quê?

Ela ri-se.

— Eu definitivamente não.

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