dourado.

"Entre as coisas mais lindas que eu conheci

Só reconheci suas cores belas quando eu te vi

Entre as coisas bem-vindas que já recebi

Eu reconheci minhas cores nela e então eu me vi"

Dourado.

Essa é a cor que me vem à mente quando penso em você. Desde as pontas de seus cabelos tingidos de loiro, até o reluzente universo dourado que habita em suas íris.

Dourado.

A cor daquela folha de papel, ela era só uma. Tão única.

E mesmo assim, você preferiu dá-la a alguém como eu, a ter a oportunidade de tê-la para si.

Dourado.

Uma cor que sempre trouxe-me felicidade. Mas que com o tempo, também acabou me trazendo dor.

A dor de não poder ter-te, de não poder tocá-lo ou, sequer, alcançá-lo. A dor de imaginar a ti, com outro a tocar esse tão maravilhoso e esplendoroso universo dourado.

O medo, de que esse alguém não fosse capaz de compreender a magnitude de possuir algo tão importante em mãos.

Pois, dourado, é a cor que preenche meu universo. A única que ocupa meu campo de visão, e faz com que o meu mundo se encha de alegria.

Pois você, Hiiragi, minha Estrela. Meu Sol. Meu.

Você, que permite a alguém como eu, amá-lo, servi-lo, adorá-lo. Todos os dias. Que permite com que eu seja seu, e que você, seja meu.

Que permitiu que eu me libertasse da dor que me assolava noite em dia. Tal dor que fazia com que o meu tão perfeito universo reluzido em dourado, se tornasse escuro e sombrio.

Você, que fez com que a luz retornasse a ele. Fez com que as cores se tornassem vivas outra vez. Pois com você, as coisas sempre se tornam mais lindas.

Tu, que libertou-me das correntes e amarras do medo, das quais prendiam com tamanha força meu espírito, que jazia em desespero.

Tu, meu amado Hiiragi, que permitiu a um ser como eu, que tinha sede como um homem que passara dias no deserto, provasse da água, e finalmente pudesse se sentir em paz.

A ti, Kashima Hiiragi, é que eu dedico este texto, uma mínima prova de minha devoção.

- Com amor, Shizusumi.