FOUR.

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NOAH: MAS O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? –Ele me pergunta pela décima vez enquanto eu ainda estava parada olhando para ele na porta de casa.

SABINA: Des..desculpa, entra. –Consigo falar alguma coisa finalmente e dou espaço para o mesmo entrar.

Noah entra e eu me viro trancando a porta de casa e quando me virei de frente para ele, lá estava ele encostado na parede com as mãos no bolso me encarado.

NOAH: Você não vai me explicar o que aconteceu? –Ele pergunta de novo meio impaciente.

SABINA: Vou te pedir desculpas de novo pelas mensagens, é que eu fui para uma festa estava bêbeda e daí lembrei de quando você me beijou na frente de todo mundo. –Ele arqueia as sobrancelhas e olha para baixo. –Eu não faço isso que eu fiz hoje, eu sempre tento ser o máximo profissional que eu consigo. Então me desculpa, eu só estava bêbada e de cabeça cheia.

Ele não responde, apenas volta a olhar para mim com os olhos semicerrados e dava a sensação que ele estava olhando dentro da minha alma. Junto as minhas mãos e começo a brincar com meus dedos e mantendo a visão para o chão, eu estava com tanta vergonha que queria me enfiar em um buraco e nunca mais sair de lá.

Quando do nada o Noah se aproxima de mim e estende as mãos dele para mim e instantaneamente seguro mãos do mesmo. Eu achei que ele ia me fazer olhar para ele e me dizer coisas bonitas, mas eu só sinto ele erguendo meus braços a cima da minha cabeça e me empurrando devagar até eu encostar na porta de entrada da casa que estava atrás de mim.

Nossas testas estavam grudadas e tinha milímetros de distância entre nossos lábios, as nossas respirações estavam rápidas e cada vez mais eu tinha vontade de pular em cima dele, mas eu não podia, ele é meu colega de trabalho e só.

NOAH: Me diz que você não sente isso? –Ele pergunta ainda grudado comigo.

Claro que eu sinto toda essa tensão e desejo que fica quando estamos juntos, mas não podemos e é errado. Engulo seco e respondo.

SABINA: Não Noah. –Era mentira claro, mas a razão falava mais alto que eu.

Em um movimento rápido Noah me solta e eu me distancio da porta, ele me olha com magoa nos olhos e vai em direção a porta de entrada e abre ela, querendo ir embora.

SABINA: NOAH ESPERA POR FAVOR! –Digo fazendo o menino de olhos verdes parar e me encarar. Dou uma olhada no relógio e vejo que já são três e quarenta e cinco da manhã, está muito tarde para ele voltar sozinho para casa. –Dorme aqui hoje, está muito tarde para você voltar para casa. Não quero que nada de ruim te aconteça.

NOAH: Mas você não quer nada comigo. –Ele diz bem grosso.

SABINA: Tá, mas isso não quer dizer que não possamos ser amigos. – Ele revira os olhos e fecha a porta de entrada e vem até mim. –Amigos?

Falo esticando minha mão para ele e nesse momento ele me olha de baixo a cima e aperta a minha mão.

NOAH: Amigos! –Nós dois sabíamos que era mentira, mas para não sermos machucados teríamos que esconder esses sentimentos.

Ficamos nos olhando e apenas balançando as nossas mãos que estavam juntas e em nenhum momento quebrar o contato visual e tinha um silencio, mas não o do tipo constrangedor e sim o do tipo: Estamos mentindo na cara de pau, porque ninguém quer se machucar. Então eu volto a realidade e solto a mão dele.

Saímos de perto da porta e fomos para a cozinha.

SABINA: Então você quer tomar um vinho? –Mesmo sabendo que estava tarde, depois de tudo o que aconteceu eu só queria beber e chorar.

NOAH: Meio tarde, mas eu aceito. –Ele diz se sentando no banquinho da bancada da cozinha que era de mármore branco.

Pego um vinho branco que estava no fundo da geladeira e eu sabia que estava lá a muito tempo, mas mesmo assim eu peguei ele e duas taças de vinho e servi, logo estendendo uma taça para Noah.

SABINA: A qualidade desse vinho é duvidável. Deve estar aqui dentro desde que nós nos mudamos para cá. –Eu dou uma risada e Noah também.

NOAH: A quanto tempo vocês moram aqui?

SABINA: A uns dois anos. –Começo a rir e tomo toda a taça de champanhe em um gole só, o mais rápido o possível, que gosto horrível.

NOAH: Você é doida, sério. –Ele diz rindo e depois faz o mesmo. –Nossa isso está horrível.

SABINA: Pois é. –Rimos um pouco da situação e recolho as taças e coloco na pia. –Então eu estou muito cansada, vou dormir. Você pode ficar no quarto de hóspedes.

Noah apenas concorda com a cabeça e me segue para o segundo andar da casa, o levo em direção para o quarto aonde ele iria ficar.

SABINA: Então aqui tem tudo, tem banheiro nesse quarto também e se você quiser tomar um banho, tem toalha dentro do armário.

NOAH: Ok, muito obrigada prince.. Saby. –Ele diz coçando a nuca.

SABINA: Boa noite Noah. E qualquer coisa, meu quarto é aquele ali. –Digo apontando para a porta do meu quarto.

NOAH: Tudo bem, boa noite. –Ele diz e fecha a porta.

Fico ainda um tempinho parada na porta dele, pensando o que CARALHOS ele está fazendo aqui. Quando volto a realidade vou para o meu quarto, batendo a porta do mesmo.

Vou para o banheiro e já que eu não estava com sono, por estar muito agitada por tudo o que o Noah me falou, eu faço um skincare e tento digerir tudo o que ele me disse e o que eu estou sentindo.

Não estava a fim de pensar mais sobre o assunto, acho que vai ser melhor eu me acalmar e depois pensar com calma. Termino meu skincare e vou para o meu quarto e ainda como não estava com sono coloco uma série qualquer da Netflix para ver se o sono vem.

Estou quase pegando no sono e alguém bate na minha porta, tenho certeza que é o Noah, porque a Joalin nunca bate ela só entra. Eu apenas digo entra e quando vejo era mesmo a Joalin e eu a olho meio confusa.

JOALIN: Achou que era o Noah né idiota. –Ela diz fechando a porta do quarto e rindo da minha cara.

SABINA: A vai toma no meio do seu cu, arrombada.

JOALIN: Grossa, eu só vim te pedir uma coisa, o que o Noah está fazendo aqui? –Ela diz sentando do meu lado na cama.

Eu explico toda situação para a Joalin e ela me olha chocada, por tudo o que aconteceu enquanto ela estava dormindo.

JOALIN: Eu dormi por quanto tempo? Mas assim, você tem certeza que não sente nada por ele? –Ela me pergunta e eu penso por um tempo.

SABINA: Não sei, mas eu quero deixar profissional por enquanto, não quero me envolver em sentimento agora e você sabe o porquê. –Memórias com o meu ex namorado voltam na minha cabeça e me fazem arrepiar.

JOALIN: Vai ficar tudo bem amiga, mas agora eu vou dormir. –Ela me abraça e me dá um beijo na bochecha e sai do meu quarto.

Deito de novo e começo a ver a série que passava na Tv, esperando o sono vim de novo. Mas a Joalin bate na minha porta novamente.

SABINA: Você não ia dormir diabo? –Grito de dentro do quarto e ela abre a porta.

NOAH: Saby?

SABINA: Aí meu Deus eu achei que era a Joalin, me desculpa. –Me sento na cama e coloco a mão na cara de tanta vergonha.

NOAH: Não tem problema, eu posso entrar? –Eu apenas faço uma afirmação com a cabeça e ele entra no quarto fechando a porta do mesmo.

Ele vem até a minha cama e senta na mesma e ele não disse nada, apenas ficamos nos encarando até que ele decide quebrar o silêncio.

NOAH: Desculpa. –Ele diz e chega perto de mim.

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ENTÃO FOI ISSO POR HOJE GENTE LINDAA, vou tentar postar mais amanhã!!!
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Vcs estão gostando da fic? (por favor respondam)
BEIJOS DE LUZ NO CORAÇÃO DE VCS!!!!

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