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Nossa, que cara mais irritante, pensava Mondo enquanto via o baixinho gritando com alguém no meio do corredor extenso perto da sala de música, passou ao seu lado com as mãos no bolso da calça e ele o cumprimentou com um revirar de olhos enquanto e...

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Nossa, que cara mais irritante, pensava Mondo enquanto via o baixinho gritando com alguém no meio do corredor extenso perto da sala de música, passou ao seu lado com as mãos no bolso da calça e ele o cumprimentou com um revirar de olhos enquanto escrevia profundamente em um papel amarelado, claramente uma "multa" para o outro rapaz parado com quem gritava anteriormente.

Kiyotaka, 18 anos, espetor de corredor(se isso conta como um título) aluno exemplar, campeão de diversos títulos escolares ao longo de seus anos letivos, sabe tocar cinco instrumentos diferentes, consegue se comunicar em possíveis quatro línguas além de língua de sinais, ele e a melhor amiga sempre fazem passeios perto do abrigo de gatos todo sábado e ajudam no possível por lá.

Mondo, 19 anos, não fazia nada dessa merda.

Ele preferia saber se seu topete estava bonito pela manhã ou se iam servir empanados no almoço, ele também tinha seus princípios.

Parado na laje, ele olhava toda a extensão de terra civilizada, suspirou vendo prédios e pessoas na rua, imaginando como seria se cada uma levasse uma pedrada, riu do próprio pensamento e se deitou, agora olhando o céu pôde perceber o quanto as coisas eram monótonas para ele e sua vida chata. E como ele era rotineiro em sempre acordar, tomar banho, comer, ir para a escola, xingar Kiyotaka pelos corredores e depois voltar para casa e rever alguma série, ou até mesmo filmes com temática um pouco mais... diga-se de passagem que ele tinha 19 então tudo bem. Abriu os olhos assustado, uma gota de chuva havia caído em seu nariz, suspirou e se levantou, logo as gotas ficaram mais densas e começou a chover, ele riu das pessoas desesperadas correrem na rua.

O quanto Mondo achava Kiyotaka impressionante não podia ser descrito com palavras ditas. Ele podia ver uma imensidade reluzir em seus olhos rubros toda vez que mantinha um contato visual, podia visualizar cada marca ser deixada em sua pele pálida, sorria ao lembrar do apelido idiota que ele lhe deu, enfim, Mondo se via atraído por ele, porque na sua percepção Kiyotaka era como o inverno.

Frigido. Denso. Caótico. Insensível.

E é claro que ele se sentia imensamente rebaixado, ele era o total oposto de Ishimaru, Kiyo era mil vezes melhor, por pesquisas feitas por ele e por palavras super incentivadoras de seu pai. Se pegava pensando o quão longe Ishimaru se esforçou para chegar onde esta, na verdade ele não sabia, não entendia o esforço individual do baixinho pela sua reputação incrivelmente limpa e seus anos de sucesso, ele riu, alto, Kiyotaka era realmente seu inverno.

Mondo amava balinhas de limão, era algo totalmente irrelevante mas ele as amava, sentia por horas o sabor cítrico em seu paladar, imaginava se Kiyotaka gostaria de sentir seus lábios cítricos, a pele amorenada parecia gotejar, parou debaixo de uma tenda de uma conveniência, a chuva estava começando a piorar, droga sua moto havia ficado frente à secretaria, resmungou um palavrão e se cobriu com o casaco, logo voltando para as rendondezas da escola.

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