Epilogue

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— Vejo que está bem concentrado em seu trabalho. — Hongjoong invadiu a sala sorrindo.

— Estou fazendo o possível para administrar bem esse lugar. — largou a caneta para observá-lo.

Seonghwa havia se tornando diretor de jornal, fundando a sua própria empresa com a ajuda de seu irmão. Ele transformou o pequeno comitê secreto do Kim em uma grande agência.

— O Yeosang sente sua falta, está passando mais tempo nessa sala do que em casa. — cruzou os braços, se encostando no batente da porta.

— Estou ocupado lendo essa matéria de um empregado. Boa construção, fontes confiáveis, uma bomba! — comemorou, colocando-a em cima de um pequeno monte.

Um suspiro alto tomou o ambiente que se aquietou e o barulho dos passos de Hongjoong se aproximando foi a única coisa ouvida.

— Nem o Jongho que está tentando se adaptar a empresa passa tanto tempo longe de mim. — se debruçou na mesa, apoiando-se nas mãos.

— Eu tenho que esperar os funcionários saírem para fechar o lugar e fazer as cópias necessárias para amanhã. — explicou sem o olhar.

— Eu cuido disso! — o moreno garantiu.

— Tem certeza? — levantou o olhar para o mais novo, que afirmou com um balançar de cabeça. — Desligue todas as luzes, cheque as tintas a quantidade de papel, conto com você. — levantou apressadamente, saindo sem nem mesmo se despedir de seu irmão.

Fazia algum tempo que quando chegava em casa ia reto para a cama onde o marido já dormia e pela manhã quando acordava o Kang já tinha ido para o trabalho ou saído para comprar algo.

Se despediu dos empregados, passando a andar de forma rápida. Sem tempo para esperar seu motorista, passou para uma área mais isolada, assim chegara ao gramado da mansão cedida para si pelo irmão, que logo virou sua propriedade assim que a comprou.

Ao alcançar as grades, atravessou o portão e viu o loiro logo na porta conversando com um moreno virado de costas.

— Te espero outro dia, toma cuidado! — viu ele acariciar seu ombro.

— Me trocando dessa forma, seu pilantra? — brincou, vendo o garoto se virar para si sorrindo de orelha a orelha.

— Não seja assim, Seong! Eu vim atrás de você, mas o Yeosang disse que não estava. — reclamou.

— Senti saudades de você, pirralho. — o abraçou. — Ainda trabalha naquele lugar, Changmin?

— É o meu sustento, mas vou sair em breve, assim que arrumar outro emprego para me tornar bem sucedido. — sorriu fechado.

— Eu posso te areumar um cargo na minha empresa — sugeriu. — Agora que estou aqui, vamos entrar. — ofereceu estendendo a mão mostrando a porta.

— Fica para a próxima, daqui a pouco começa meu turno.

Com uma breve despedida, Changmin tomou seu rumo e assim que sumiu pela estrada, Seonghwa virou-se para encarar seu amado.

— Parece que alguém se lembrou de mim. — iniciou como quem não queria nada.

— Até parece... penso em você a todo momento.

— Menos quando está na frente de papéis e com uma caneta nas mãos, ou seja, nunca. — riu, entrando e sendo acompanhado pelo Park.

— Você tem razão. Eu tenho estado um pouco distante, sinto muito por isso. — envolveu os braços ao redor da cintura do loiro, aconchegando seu rosto no pescoço alheio.

Um silêncio confortável instalou-se no ambiente, fazia tempo que não ficavam daquela forma, apenas curtindo a presença um do outro.

— É horrível estar de férias se nem posso passar um tempo com você, viajando de trem, indo para outras cidades, gastando dinheiro... — listou com uma expressão exageradamente triste.

— O meu cargo é importante, tenho muito o que fazer, sem mim aquele lugar fica perdido. — acariciou o rosto do Kang, tratando de se explicar.

— E o Hong?

— Ele nem é um jornalista de verdade, duvido que dê conta.

— Ele era chefe daquele comitê e se virava muito bem. — bufou, se desgrudando do maior ao cruzar os braços.

— Está bem, eu dou um jeito. — se rendeu, juntando os corpos novamente. — Mas quero algo em troca.

O olhar sugestivo já dizia tudo. Aquela seria uma noite longa e como Yeosang não era bobo, ele se aproveitaria da situação para arrancar o que queria.

Assim viviam todos após o episódio de traição e farsa de Sungmin, que nunca mais ousou pisar naquela cidade e se o fizesse sairia com alguns membrod de seu corpo faltando. O povo podia ser burro, mas também era agressivo e Seonghwa, a cabeça deles, estava lá para abrir seus olhos para aquele mundo podre.

Industry of Secrets (SeongSang)Onde histórias criam vida. Descubra agora