Parte V

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A batalha seguia firme e pela primeira vez, equilibrada. Todo tipo de magia era lançada contra as criaturas do caos. As fendas se abriram no chão, permitindo com que mais das criaturas surgissem. Chamas, água e feitiços eram direcionados aos que se criavam, enquanto raios e rochas, fritavam e esmagavam os que resistiam.

Até que num instante, os olhares de todos se voltaram a um rompante no céu. E não era de um dos tantos raios lançados por Kirito. Era energético, selvagem, e de uma magia de além dos tempos. O céu se iluminou, com todas as possíveis cores da existência.

A batalha, que por um instante interrompida pelas luzes do céu, parecia prestes a retornar a sua constância de fúria. Mas uma estranha pausa se fez presente em todas as criaturas. Haviam congelado. Se tornando completamente imóveis. Todos ao redor foram cessando seus golpes, se recolocando ao chão, ajudando os colegas a se pôr de pé. Enquanto outros paravam para analisar seus oponentes petrificados, porém ainda vivos. O olhar de alguns ainda se mantinha no céu, na esperança e também no alerta de que algo aparecesse.

Um par de negras asas, retornou ao chão. O mago observava a tudo ao redor, perdido e confuso, assim como todos, mas algo era compartilhado em todas as mentes. Algo que fez com que direcionasse seu olhar a uma certa mercenária. O olhar dela já era repousado sobre ele. Um arrepio lhe subiu, sabia que no fundo, uma parcela da fúria daquele olhar era destinada a ele. 


Se virou a tempo de bloquear o golpe

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Se virou a tempo de bloquear o golpe. Segurou firme o braço direito da feiticeira, retirando a adaga de sua mão. Ainda bloqueada, ela tentou atacá-la mais uma vez. Ziee largou seu braço, e rápida, lhe deu forte chute no estômago, a jogando um pouco para trás.

A mulher logo se ergueu, mirando um soco no rosto de sua oponente, que desviou rapidamente, sua resposta foi um forte golpe de energia. Uma verde rajada de luz lançou a feiticeira alguns metros para trás, apesar de seu espanto e dúvida, retomou sua posição, pronta para avançar novamente.

A guerreira apenas ergueu o braço direito, mão aberta, com uma energia verde a envolvendo. A velocidade da feiticeira foi reduzida, até não se perceber movimento algum, apesar de ainda, milimetricamente estar se movendo.

– Eu não sei se você prestou atenção no que eu falei – diz a guerreira, permitiu com que um leve sorriso lhe surgisse – Mas este... é o meu mundo.

Finalmente sentia sua força como ela verdadeiramente era, mas havia algo de estranho a preenchendo. Sua cabeça doía, não pelas memórias que lhe vinham, não por todas as pancadas que levara durante a batalha. Ergue sua mão esquerda. Vendo suas faíscas de energia verde tomarem um tom rubro. Sua respiração se tornou falha, suas pernas fraquejaram mas ainda a mantiveram firme, mas seu corpo parecia aos poucos sucumbir. Aquela magia não lhe pertencia.

Se não fosse por sua movimentação quase indistinguível, um rápido sorriso maníaco de satisfação e gosto se formaria no rosto da feiticeira, ainda mais quando a jovem foi ao chão. Não eram todos, nem mesmo os seres mais poderosos, nem ao menos aquele ridículo do Pai Celestial, que suportavam a magia do caos.

WRITINGVERSE : Tempo e CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora