TUDO ESTÁ ACABADO.

... acabou.

AVISO:

Cenas de angústia psicológica, violência, sexo explícito e suicídio.

Há diagnósticos psiquiátricos nesta história. Não a leve como um guia, pois não sou um estudioso da área e, apesar de ter feito uma boa pesquisa sobre o assunto, eu estou fadado a erros. Consulte seu psicólogo caso apresente qualquer sintoma mencionado.

Psicólogos, psiquiatras e terapeutas são bem vindos a corrigir quaisquer erros, através dos comentários.

Obrigado, tenham uma boa leitura.

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Eu vou contar uma história agora. Uma história meio ruim, meio esquisita, acho que meio chata também. Você talvez se entedie, então te dou toda a liberdade para me interromper e mandar parar de contar essa porcaria se quiser.

Ela vai te deixar confuso também. Assim como me deixou. É meio complexa. Não, não, complexa não... só é confusa mesmo.

Eu odeio essa história. Tenho um ódio profundo por ela. Ardente. A cada segundo, minha aversão aumenta. Pelos personagens, protagonista, ambiente, motivos, morais, e seja lá qual for qualquer outra porra que essa merda de história signifique.

Mas eu a contarei, pelo motivo simples e único de que eu tenho de contá-la. Pelo simples motivo de... bem, eu não tenho muito mais para onde ir aqui, né? E você não vai para lugar nenhum também, não vai simplesmente me deixar ir sozinho, então você só pode ouvir o que eu quiser te falar.

Eu espero que você, assim como eu, odeie essa história. Mas não tanto quanto eu, porque isso é impossível.

Essa história me dá angústia até agora, por isso a odeio. Só de ouvir qualquer palavra com "G", já sinto como se uma corrente puxasse minha medula óssea para baixo, e todos os músculos do meu corpo se contraíssem juntos. É um ódio coberto por angústia, por rancor.

Acho que é um ódio bem racional.

Que dia é hoje? Ah, 6 de setembro. Certo, duas semanas antes então... 22 de agosto.

Até o dia 22 de agosto de 2014, eu era uma pessoa calma. Centrada, equilibrada, dificilmente estressava-me. No dia 22 de agosto de 2014, aquele maldito ser entrou na minha vida.

Outra coisa que mudou em mim desde que aquele galinha se meteu no meu caminho, foi um pequeno gosto. Pequeno, insignificante, mas ainda assim existente. Até o dia 22 de agosto de 2014, eu gostava de comer ovos.

A porra da história, começa no consultório do Dr. Limeiras.

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— Boa tarde, Arthur.

— Boa tarde, doutor. Obrigado pelo encaixe.

— Ora essa Arthur, não se preocupe. É sempre um prazer te atender, rapaz. — o doutor sorriu. Aquele bigodão dele sempre fazia os sorrisos parecerem mais amigáveis, é um senhor muito simpático. Pude sentir meus ombros relaxarem logo que sua voz começou a caminhar para os meus ouvidos. — Me diga, o que te traz aqui? O senhor disse ao telefone que estava se tento algumas experiências estranhas, é isso mesmo?

— Sim, doutor... sim...

— Que tipo de experiências, Arthur? Me diga como está se sentindo, me fale dos últimos dias, o senhor não veio nas últimas duas sessões marcadas...