O nó na garganta me dói muito
Eu sei que não posso chorar
A única coisa que me passa na cabeça
É que eu preciso ser forte.Talvez eu tenha desaprendido a ser forte
Ou talvez eu não reconheça minha força
Eu gostaria de não me julgar como julgo
E nem me cobrar como me cobroAo final de tanta cobrança, eu me encontro totalmente quebrada, sem rumo, perdida e sem a mínima vontade de enfrentar meus problemas reais. A pior parte é às vezes criar problemas que talvez não existam... Mas o talvez é o que me perturba.
Dói não poder ser eu mesma na frente das pessoas, dói ter que inventar um personagem, dói aguentar tudo sozinha, a sensação de solidão tem me mantido tão devastada, e eu não sei como concertar isso.
Eu não sei me concertar, eu não sei pedir ajuda pura e simplesmente, eu não sei mais correr atrás, eu não sei mais recuperar algo que eu perdi... Eu queria respostas para as minhas milhares de perguntas, queria tanto a resposta para todas elas.
Talvez eu ainda não tenha crescido o suficiente para lidar com isso, talvez eu não esteja bem como penso, talvez todo esse tempo eu tenha enganado a todos e enganado a mim mesma.
No final, eu só queria não ter que manter esse personagem, eu queria poder ser meu verdadeiro eu, queria poder contar com as pessoas, queria amigos que me ouçam sem achar que estou fazendo drama, ou que não tratem como se eu fosse infantil por não saber reagir em algumas situações... Talvez esse "amigo" que eu preciso seja eu, mas eu ainda não me encontrei, eu quero me achar, eu preciso me achar.

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VERSOS DE PRIMAVERA
ПоэзияUma primavera não tão diferenciada, descrita por versos em um caderno ao qual não tem a finalidade esperada (escola). Uma visão de outro ângulo de coisas decorrentes do dia-a-dia. Os capítulos não tem ligação uns com os outros.