Seguem todos sentados no fundo de veículos militares, algemadas as mãos, presas aos pés.
— Jow, pra onde estamos indo? Por que Norffi tá preso?
Jow, sentado ao chão, vira lentamente a cabeça para o lado esquerdo e com olhar de ódio olha dentro dos olhos do soldado dos Leviatãs armado e encapuzado que os observa o tempo todo e volta a olhar para baixo:
— Não se preocupe Norffi, vamos ficar bem. Basta você ficar quietinho e só fazer o que eu disser que ninguém vai fazer nada conosco... Ninguém é louco pra tanto.
O comboio segue frenético rumo ao QG dos Leviatãs, será pouco mais de um dia de estrada. Para poder acelerar mais a jornada, eles abandonam os veículos mais lentos, maiores e pesados que forem desnecessários, como o caminhão de combustível, os veículos rebeldes e as motos. Eles continuam escoltados pelos militares do Vale em direção a Cidadela enquanto os Leviatãs, com os prisioneiros, vão na direção oposta.
Ao chegarem no grande complexo de hangares, galpões e escritórios dos Leviatãs, os Rebeldes, algemados e encapuzados, são levados às celas da enxovia, na parte subterrânea, abaixo do prédio administrativo.
— Coronel, eles estão todos contidos e foram colocados em celas separadas. Mas ainda estou preocupado... Durante a missão, o Sr. Jones se mostrou muito estrategista, dando a impressão de ter controle de tudo à sua volta. Ele pode ter contado com essa possibilidade, não acho que estamos seguros aqui.
— Eu assumo daqui, Tenente, você e seus homens pedem descansar e aguardar novas ordens. — Responde o Coronel Bradis.
— Entendido Coronel. Permissão para me retirar.
— Permissão concedida.
O Coronel vai até a sala principal da General se apresentar e passar o relatório do feito. É recebido pelo Coronel Julian Tompz, braço direito de Farhat:
— Venha comigo Coronel, ela já o aguarda.
Tompz o acompanha até a porta, a abre para que o Coronel Bradis entre, em seguida fecha a porta e sai, deixando-o a sós com o ocupante da sala. É uma grande sala que fica na borda do prédio, com toda parede do fundo de vidro, permitindo um belo panorama de toda paisagem à sua volta. Ao centro da sala há uma mesa, e atrás dessa mesa uma cadeira giratória, com um grande encosto virado para a porta, dando a entender que quem a ocupa, está de costas para quem entra, e de frente a parede de vidro.
— Meu velho amigo Bradis... Parece que você realmente conseguiu dar como concluída nossa maior e mais importante missão da Corporação. Minhas reverências ao Senhor e sua equipe.
— Disponha General, é meu dever servir e atender as necessidades da Corporação. O que devemos fazer com os prisioneiros que trouxemos?
— Embora agradecida, tenho que dizer que sua tarefa ainda não acabou, temos ainda mais um trabalho a ser feito. E não tem a ver com os prisioneiros que estão aqui. Enquanto estava a caminho daqui, mandei reunir todos os soldados Leviatãs a nossa disposição e que aguardassem em formação no batalhão, temos quase 3 mil homens no hangar.
— E o que a Senhora deseja que seja feito?
— O Senhor sempre foi muito bom com discursos motivadores, então, irá até lá falar com eles. Vão pegar todos os veículos e todas armas e munições que puderem levar e partirão imediatamente. Deixarei aqui apenas o contingente mínimo para a segurança do quartel, sob as ordens do Coronel Tompz.
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Mundos Entre Luas - A Resistência (CONCLUÍDA)
Science FictionO mundo como conhecera já se foi, uma Terceira Guerra Mundial abalou nosso frágil planeta. Matéria nuclear altamente tóxica, agora contamina nossa terra, nossa água, nosso ar. A raça humana fora condenada. Neste ambiente caótico, eis que s...