08: Olhe para o céu, essa é a resposta

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Carta: Dois de pentáculos: adaptação, equilíbrio, altos e baixos

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Carta: Dois de pentáculos: adaptação, equilíbrio, altos e baixos

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Achar que o dia de Áster começava às nove era uma enganação.

Seu relógio biológico já estava terrivelmente treinado para acordar às seis e trinta. Sem atrasos, sem adiantamentos. Não que rotinas fossem sua coisa favorita, apenas era o caminho mais fácil.

Naquela manhã em específico, quando abriu os olhos se encontrava no chão.

Enquanto dormia, não tinha como controlar se aquela falsa aparência se manteria ou não, então não era raro acordar vendo cabelos sem cor ao invés de castanhos ao redor de si mesmo, uma vez que os fios eram tão longos. Esse era um dos motivos de sempre dormir sozinho, não importa o que.

Dormir ainda com toda aquela maquiagem não era algo que fazia por escolha, e limpar o rosto apenas não era uma opção. A mistura do cheiro dele mesmo e do de Jade não era nada de mais, mas unidos ao de Brutus era uma sensação infernal indescritível. Então continuou a rotina se despindo, separando a roupa de Jade do resto que juntou numa pilha, jogando no cesto de lixo e ateando fogo, abrindo minimamente a janela para que a fumaça saísse.

Ninguém do trem estava acordado, e se estivesse seria Dálio, comendo ou dormindo em pé.

Do lado de fora o dirigível estava igualmente silencioso, mas não era novidade, Áster conhecia bem a rotina de cada um ali, no entanto olhar para aquela coisa enorme ainda lhe causou irritação, então puxou as persianas de volta, indo para a parte do vagão que tinha sua banheira e já despejando nela os produtos que sempre usava para se lavar. Como sempre, até nisso as influências de Celeste eram grandes, afinal ele ficou um bom tempo na casa dela.

As embalagens tinham detalhes bonitos então eram guardadas numa coleção. Absolutamente todas.

A princípio aquela harpia que Celeste tinha como animal de estimação era assustadora, não tanto quanto os duendes de garrafa, mas o pior de tudo era a quantidade insana de produtos naturais para todo tipo de banho e trabalho, e é claro que ela lhe ensinou a fazer todos eles, era como um mercado secreto que Celeste mantinha além da alfaiataria. Geralmente os banhos eram usados para que ele se lavasse e pensasse apenas, mas naquele dia tudo que queria era lavar e esfregar para bem longe qualquer vestígio daquele cara, sem ter tempo ou disposição de refletir sobre coisa alguma.

A Queda de ÁsterOnde histórias criam vida. Descubra agora