14. Sensações...

457 36 52
                                    

Clarisse tinha acordado de bom humor, por algum milagre.

Tinha percebido que Chris não apareceu no café da manhã, então preparou uma bandeja com tudo que ele mais gostava e foi até o chalé onze.

Enquanto andava, analisava o café e pensava se era bom o bastante. Ele já tinha feito um piquenique inteiro, e até tinha cozinhado para ela. Um café da manhã parecia muito simples perto daquilo.

Subiu os degraus com cuidado para não tropeçar e derrubar tudo, e abriu a porta com cuidado.

Aquele chalé era uma bagunça. Tinham roupas por todo lado, as camas todas bagunçadas e objetos (alguns furtados) fora do lugar.

No final do chalé, tinha uma cama ocupada. Foi andando em direção a ela e quando chegou deixou a bandeja na escrivaninha e observou o garoto.

Acariciou seus cabelos levemente ondulados e quando desceu sua mão para seu rosto, viu que ele a olhava com um leve sorriso e uma carinha de sono.

-Se você continuar me acordando todo dia vou ficar mal acostumado. -os dois riram.

-Trouxe café. -colocou a bandeja no colo do namorado assim que ele se sentou.

Chris olhava para a bandeja maravilhado. Era simples mas eram todas as suas comidas favoritas. Tinha pão com pasta de amendoim, pão de queijo, bolo de cenoura com cobertura de brigadeiro, e o chocolate quente que ele tanto amava.

-Gostou? -disse nervosa.

-Você é incrível. -se inclinou para lhe dar um selinho mas ela desviou.

-Não antes de você escovar os dentes.

Tirou suas botas e se sentou ao seu lado na cama, percebeu que estava do mesmo jeito desde que dormiu lá.

Enquanto Chris comia, ficaram conversando banalidades e trocando leves carícias. Contaram sobre acontecimentos constrangedores da infância, e sobre as coisas que mais gostavam de fazer.

-Minha vó ficava doida quando eu brincava de lutinha com meu primo. -disse entre risadas. -Ela tinha medo de eu machucar ele, ao invés dele me machucar.

-Entendo ela, você já é muito forte agora imagina quando era criança. -colocou o último pão de queijo na boca.

-Vou ir ficar de vigia, vem comigo?

-Uhum, só não vamos encontrar nenhum dos seus irmãos. Eles encheriam a gente com isso.

Enquanto o garoto se arrumava, Clarisse observava algumas coisas caídas em baixo da cama. Eram caixas velhas e pareciam lotadas.

Ao pegar uma, viu que várias armas de seu chalé estavam lá. Incluindo uma adaga sua.

Numa segunda caixa, viu uma pequena caixinha prateada com um bilhete em cima escrito em grego:

"Filho,

sei que não sou muito presente mas quero que saiba que apoio o namoro de vocês e quero que você seja feliz.

Hermes.

Ps: não quero ter netos tão cedo."

Arregalou levemente os olhos ao abrir a caixa após ler, e ver seu conteúdo.

Ouviu o chuveiro sendo desligado e imediatamente guardou tudo no lugar e ficou exatamente como estava.

Algum tempo depois seu namorado saiu do banheiro com os cabelos molhados e exalando cheiro de perfume.

-Gastou o frasco todo né?

-Não posso mais ficar cheiroso pra minha namorada? -chegou mais perto e a abraçou pela cintura.

Se beijaram suavemente. Sem o fogo e a pressa de sempre. Esse beijo era mais suave e calmo, provando todas as sensações que podiam.

Clarisse passou seus braços por seu pescoço o puxando mais pra perto, o que foi respondido com um aperto em sua cintura que a deu arrepios.

Odiava se sentir frágil, e com Chris era sempre assim. Conseguia quebrar o bloqueio que tinha e a deixava completamente desarmada.

Sabia que gostava dele desde a primeira vez que sentiu as famosas borboletas passeando por sua barriga. E nesse momento percebeu que estava fodida.

As chances daquele romance dar errado eram enormes, ela era uma filha de Ares agressiva e uma guerreira. Ele era um filho de Hermes, ex-traidor que retornou ao acampamento enlouquecido.

E no momento que ele apertou sua cintura as malditas borboletas voltaram, com mais força ainda.

O garoto pediu passagem com a língua que rapidamente foi cedida, arrancando suspiros cortados de ambos com o choque.

Ficaram assim até que escutaram um som de espadas caindo e se separaram bruscamente. Procurando o ar que faltava.

-Vamos? -disse com seu sorriso típico de filho de Hermes.

-Vamos logo antes que eu me arrependa. -disse com um sorriso bobo em seu rosto.

Chris adorava ver as reações que conseguia tirar da garota. Principalmente sabendo que era um dos únicos que conseguia.

***

-O que foi? -ouviu Afrodite se aproximar.

-Ares o que você ta aprontando?

Olhou-a com uma expressão confusa e se perdeu em sua beleza. Era sempre assim.

Seu corpo perfeitamente delineado, a armadura feita exatamente do seu tamanho caía como uma luva.

Odiava a visão que alguns mortais tinham sobre sua namorada. Era era a deusa do amor e da beleza sim, mas não era uma deusa fútil e superficial.

Não era uma donzela indefesa e isso o encantava mais ainda, amava mulheres fortes.

Ao olhar para sua expressão raivosa voltou a realidade.

-Vai me explicar o porquê de você não estar lutando e ao invés disso estar num canto olhando para sua espada? -cruzou os braços irritada.

-Resolvendo umas coisas, já estou voltando. -colocou seu elmo e foi andando em direção a batalha.

Revirou os olhos ao ver que ele não admitiria, mas estava espionando Clarisse.

Fazia isso algumas vezes desde que a garota começara a namorar, achava isso um exagero de sua parte. Mas como ela controlaria um pai super protetor e ciumento?

Colocou seu elmo e andou na mesma direção que o deus da guerra foi.

Vim avisar que não vou postar tanto entre essas duas semanas pq vou estar em semana de prova, mas se vcs quiserem podem entrar no meu perfil e darem uma olhada na minha outra fanfic? É sobre Hades e Perséfone, e eu gostaria muito de ver mais pessoas lá.

Obrigada por lerem e não esqueçam de votar. 🖤🖤

Já perceberam que sou rainha de postar o capítulo sem o título completo? Sempre que eu posto eu lembro que não coloquei kkkkk.

"She fell for the traitor..."Onde histórias criam vida. Descubra agora