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Mounbridge House, Londres

 É chegada a hora de uma das cerimônias de casamento mais esperadas de Londres, queridos leitores. E esta autora aqui recebeu um convite de honra da noiva.
 Desejo felicidades ao jovem casal, e que tenham um belo matrimônio. 

Crônicas da Sociedade Britânica 
26 de maio de 1811

Era a noite do dia 25. Catarina havia vestido sua camisola e agora encontrava-se em sua cama, preparando-se para ter uma bela noite de sono.

Ela nem conseguia acreditar em como o tempo passou rápido. No dia seguinte, ela casaria-se.

Esperara anos por este momento, e agora estava deveras ansiosa, afinal, faltavam poucas horas para a grande cerimônia que seria realizada na igreja de St. George. E a festa aconteceria na Mounbridge House. Ela mal podia esperar...

Mesmo que seus planos houvessem se modificado, principalmente com relação ao futuro marido e a relação entre ambos, ela estava feliz em finalmente poder casar-se e construir seu futuro ao lado de alguém. Além do mais, ela se tornaria uma condessa. E se esforçaria para ser uma tão boa quanto sua mãe.

Por Deus, ela havia esquecido completamente da mãe...

Era comum que as matriarcas tivessem uma conversa com as filhas noivas uma noite antes do casamento, para explicar os fenômenos da tão reconhecida noite de núpcias, e preparar a futura esposa para o dia seguinte. 

Mas onde estaria sua mãe, afinal? 

A condessa raramente atrasava-se. Não havia um horário determinado para este tipo de conversa, mas já estava tarde, e Diana sabia que a filha costumava deitar-se cedo para dormir.

Catarina detinha de rasos conhecimentos sobre os acontecimentos no leito nupcial. Ela sabia, é claro, que haveria um ato específico, e que a partir dali, a semente do esposo seria plantada na esposa, e consequentemente, nove meses depois nasceria o herdeiro do casal.

Todavia, as jovens damas não tinham acesso a mais informações, pois era errado. Somente as mulheres casadas, viúvas e os homens conheciam as nuances do ato conjugal.

Catarina suspeitava que havia algo relacionado ao prazer intenso que ela sentira naquele dia, no quintal de Lady Devonledge, quando James a tocara... Bom, quando os lábios dele tocaram seu pescoço, e seu seio, sendo mais franca consigo mesma.

Ela sentia o calor espalhar-se por seu corpo novamente, indo até as pontas dos dedos dos pés, ao recordar-se da cena e das sensações, e por um instante, chegou a arfar. Suas bochechas se aqueceram, e ela poderia jurar que havia ruborizado.

Ahh... ela realmente esperava sentir todas aquelas sensações novamente. Foram entorpecentes, extasiantes. Ela sentira até mesmo o calor abrasar lugares onde sequer deveria pensar.

Catarina sentira-se ousada, como nunca fora em 18 anos de vida. James a fazia se sentir assim, e ela gostava disso... Era muito novo e intenso para ela, mas gostava.

Ela foi tirada bruscamente de seus depravados pensamentos quando bateram suavemente em sua porta, e ela sentou-se ereta na cama, ofegando. 

Não havia como ser engano. Tinha que ser sua mãe do outro lado....

— Entre — ordenou a eufórica Catarina, depositando as mãos no colo coberto pelo tecido da camisola. 

Seu ar esvaiu-se quando a condessa adentrara o quarto silenciosamente, mesmo tendo pleno conhecimento de que a filha ainda encontrava-se desperta.

O Lorde Mountobbani - Mounbridge 01Onde histórias criam vida. Descubra agora