Capítulo 7

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Pela lógica, não seria um problema entrar assim, sem tocar a campainha, visto que a porta literalmente se abriu sozinha

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Pela lógica, não seria um problema entrar assim, sem tocar a campainha, visto que a porta literalmente se abriu sozinha. Imaginei que estaria rolando uma festa, mas não vejo ninguém por perto. 

Subindo a calçada, meus olhos passam lentamente pelo ambiente, recaindo na grande piscina e no espaço generoso para um bom churrasco. Finalmente paro para pensar se não peguei o endereço errado, com uma feição de estranheza estampada em minha face.

Abanando os pensamentos e retomando meus passos, meus olhos são rapidamente atraídos para algo do lado da entrada da garagem. Sem vergonha na cara, eu me aproximo, impressionada com o carro sob meu campo de visão. 

— Posso ajudar? — Uma voz desconhecida questiona atrás de mim, causando um reboliço em meu interior.

Pega no pulo!

Me viro de repente para ver com quem estou lidando. O que eu deveria dizer para disfarçar o meu interesse súbito no carro? Tensa com a possibilidade enorme de soltar respostas incompreensíveis, me vejo presa por dois olhos azul-acinzentados absolutamente lindos.

Com a minha evidente surpresa, o cara de porte alto pergunta novamente.

— Posso ajudar? 

Eu pisco de novo, meus olhos agraciados pela visão bonita estranho em minha frente, incapacitando-me de desviar o olhar.

— Eu... sim. Quero dizer, não! — Me abobalho, censurando-me mentalmente por falhar miseravelmente em ter um diálogo normal.

O estranho de olhos azuis me olha de cima a baixo antes de sorrir divertido. Eu recuo envergonhada, sem deixar de encará-lo.

Eu tenho um pedaço de mal caminho na minha frente e não sei como agir sem transparecer uma boba, que maravilha! Ele mais parece um cara que se vê em clipes de rap, um ser quase intocável e inexistente. 

Será que ele reclamaria se eu testasse a autenticidade da sua presença tocando seus braços claramente fortes por baixo do casaco marcante? Ok, eu precisava de um chá de vergonha na cara imediatamente, mal havia percebido o mico que passei agora há pouco.

Analiso cada pequeno detalhe sem me deter, um cavanhaque circunda sua boca sensual que sorri mais ao perceber meu ato desenvergonhado.

— Acho que o gato comeu a sua língua. — Comenta brincalhão.

Já eu, que planejava transparecer educada e cortês, percebo que posso me adaptar.

— E que gato, diga-se de passagem! — Ofereço-lhe meu melhor sorriso, ganhando de brinde a bela visão dos seus dentes branquíssimos.

Não dura muito, já que ele torna a ficar sério.

— Ok, vamos conversar seriamente. Quem é você, e o que diabos você está fazendo aqui? — Sua feição se fecha, possibilitando-me a perceber a cicatriz discreta na sobrancelha.

Is It Love? DarylOnde histórias criam vida. Descubra agora