— Eu cheguei onde cheguei aproveitando todas as oportunidades que surgiram, sem nunca me questionar.
— Nunca, nunca? — Incrédula, o olho com um pouco de choque. — O que quero dizer é que, você não pode ser rápido em tudo. Algumas situações requerem algum tempo para planejamento. — Gesticulo com as mãos, explicando.
Ele não responde, focado demais em ultrapassar os carros à nossa frente, um por um.
— Ora, ora...
Eu paro de encará-lo e sigo seus olhos, é então que eu vejo uma grande moto preta indo em alta velocidade na estrada. E não menos importante, é uma Suzuki GSX Hayabusa, a mesma que a do Matt.
Jura, destino?
Engulo em seco e tento esconder qualquer reação que seja para não causar estranhamento. Isso não pode se tratar de nada além de um sinal. A hora da verdade está chegando, e ter certeza disso me causa um reboliço desconfortável no estômago.
Tenho certeza de que é o Matt nessa moto, e vou ter que me preparar para abrir o jogo em breve.
— Você sabe quem é? — A pergunta sai antes que eu possa me impedir, pensando em fingir que não o conheço para não dar na cara.
— É meu irmão.
— Seu irmão?! — Eu pagaria qualquer coisa para ver minha expressão e ver como me saí na atuação.
Eu me inclino um pouco mais para trás no meu assento quando o Daryl muda de marcha, o motor do carro dando um rugido. Afundo minhas unhas no couro quando passamos pela moto a uma velocidade louca.
Eles não vão fazer o que estou pensando, certo?
Eu amo a velocidade, mas está ficando um pouco perigoso, afinal, não estamos sozinhos na estrada. Um lembrete disso vem quando, em resposta à provocação, vejo a moto pelo espelho do retrovisor ganhar aceleração e emparelhar à direita do carro.
Ok, não entre em pânico.
Afundo no assento o máximo que posso para não ser vista.
Como um salvador, sem ter a menor intenção de sê-lo, Daryl continua a acelerar e nós rasgamos o asfalto, como um foguete. Mas isso não tem a menor importância, já que Matt não fica para trás por muito tempo, sua moto nos seguindo de perto. Meu coração dispara como louco quando saímos da via expressa e voltamos para a casa do Daryl.
— Parece que seus olhos estão brilhando — comenta do nada, comigo ainda absorvendo o que acabou de acontecer.
Ergo a sobrancelha, desdenhosa.
— Você é quem tem estrelas nos olhos de tanto olhar para mim — ele se vira, irritado.
— Está vivendo no mundo da lua, querida? — Seu tom frio e afrontoso me faz questionar qual é o problema com ele. — Vamos, eu não tenho o dia todo. — Só isso serve para me acordar de vez.
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Is It Love? Daryl
FanfictionMonique vivia uma vida pacata e comum em Nova Iorque com seu cachorrinho Luke, até ser quase atropelada por um certo marmanjo com um carro ridiculamente lindo. Mesmo sendo arrogante, conversar com ele pode até ser legal. No que será que isso vai dar...