Red Flower Lips

O amor que não ousa dizer seu nome

Baseado em uma história real.
Caso queiram saber mais sobre, podem me perguntar no perfil @/lrryverse no twitter.

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"Vossa alteza, por aqui".

Harry era guiado em direção ao camarote do teatro, ciente de que o espetáculo estava perto de começar, infelizmente uma Duquesa mal vestida o enrolou por tempo suficiente para que ele se atrasasse ao ficar preso em uma conversa sobre casamentos e filhos. A verdade é que ele passou a maior parte do tempo se perguntando o quanto aquele vestido horrendo pesava.

De qualquer forma, lá estava ele, sorrindo malicioso enquanto observava a figura de Louis em pé no canto do palco, esperando o momento em que estivesse autorizado a cruzar as grandes cortinas vermelhas pesadas para se apresentar ao público.

Styles subia a gigantesca escada, seu terno brilhava em contraste com a luz fraca da parede interna, fazia pouco tempo desde que chegara, mas já sentia calor devido à lâmpada incandescente posicionada logo atrás de sua cabeça. Pelo menos ele estava sozinho, assim, não precisaria forçar reações falsas durante o desenrolar da trama.

Por fim, quando todo o público estava acomodado, Louis atravessou o tecido pesado e se posicionou no centro do palco branco. Ele sorriu travesso e Harry pôde escutar pelo menos três Condessas suspirando, ele sabia que era delicioso e avassalava corações de jovens que sonhavam em namorar um homem tão lindo.

Pena que Harry era o dono daquele belo senhor. Sorriu satisfeito, ajeitando o colete cinza por baixo do blaser.

"Senhoras, senhores. Bem-vindos ao Lyceum Theatre, é uma honra recebê-los aqui esta noite", ele sorriu novamente. O terno de Louis era uma combinação inovadora, com cortes modernos nunca antes vistos. Era justo na cintura, a calça valorizava seu quadril avantajado e as mangas do blaser pegavam em seus bíceps de maneira deliciosa. "Quando eu era apenas um garotinho, o sonho de escrever para um dos maiores teatros de Londres era apenas uma visão turva em meio aos obstáculos da vida. Mas, embora tenha sido uma longa caminhada, aqui estou eu. Esta noite vocês prestigiarão meu maior trabalho, minha grande obra, algo nunca visto antes. Senhoras e senhores, fiquem com, O Renascimento de Espártaco".

Edward observou o momento exato em que Louis cruzava a multidão e se colocava ereto sobre o canto do teatro. Ele apertava as mãos em sinal de nervosismo e Harry entendia bem o motivo para tanto alarde.

Alguns dias atrás, quando Harry estava ocupado demais chupando Louis, Tomlinson soltou aleatoriamente o fato de que havia redigido uma peça inspirada no relacionamento dos dois. Não que ele fosse apresentar atores homoafetivos praticando obscenidades em um palco, mas haviam subtextos claros no motivo da bravura de Espártaco, e a própria interpretação do dramaturgo dos fatos apresentados sobre a tendência homossexual antes da Era Medieval.

Edward apreciava o fato de que Louis era inteligente o suficiente para agradá-lo com diálogos conteudistas e sexo fervoroso, quente, devagar. Por vezes brutal, calculado perfeitamente de modo que Tomlinson estivesse socando incansavelmente o ponto sensível de Harry, fazendo-o segurar os lábios cheinhos para que seus gemidos manhosos não atravessassem as paredes finas do apartamento.

De longe ele pôde flagrar o momento em que Katherine se inclinou para sussurrar algo no ouvido do mais velho entre eles. O decote de seu vestido fazia com seus seios praticamente pulassem para fora devido a amarração apertada do espartilho. Harry teve vontade de descer até lá e afrouxar aquela droga. Aquilo sim deveria ser crime, uma jovem recém apresentada a sociedade esfregando seus seios no rosto de um homem compromissado, maduro e muito, mas muito afeiçoado a homens.